29/03/2024

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Nets e Clippers dominaram as duas principais cidades dos EUA. Entenda o fato.

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Do Zigzagdoesporte.com.br por espn.com.br

Em 2019, pelo quarto ano seguido,os New York Knicks e os Los Angeles Lakers, nesta ordem, seguiram no topo do ranking das franquias mais valiosas da NBA, de acordo com a revista Forbes.

Na mesma lista, os Brooklyn Nets aparecem em sexto lugar, e os LA Clippers, na oitava posição.

Não bastasse a comprovação financeira, a história deixa bem claro quais destas equipes tiveram, ao longo do tempo, também mais peso esportivo. Os Lakers têm 16 títulos da NBA. Os Clippers, zero. Os Knicks somam dois. Os Nets, zero.

Mas foram os “primos pobres” das duas cidades mais importantes da América do Norte – usando “pobres” em uma exageradíssima força de expressão – que venceram os duelos durante a free agency de 2019. E, para usar uma expressão bem comum ao esporte brasileiro, com direito a “chapéu”.

As primeiras horas do sábado deixaram eufóricos os fãs da NBA. Kawhi Leonard, o MVP das últimas Finais e principal personagem da conquista da temporada 2018-19 da liga pelo Toronto Raptors, anunciava, enfim, sua nova casa. Que para espanto geral ficava sim em Los Angeles – mas não exatamente onde todos imaginavam – em especial, a diretoria da franquia.

Os multimilionários Lakers de LeBron James estavam mais do que confiantes na montagem de um supertrio tendo Anthony Davis e Kawhi Leonard como os outros dois vértices. Não apenas foram frustrados pelo fracasso na negociação, como também viram o rival municipal se acertar com Kawhi e ainda rebocar Paul George, de quebra.

Na outra costa, os torcedores também esperavam muito dos New York Knicks nessa free agency. Desde antes, aliás, no draft, quando sonharam com Zion Williamson e acordaram com RJ Barrett.

A equipe de Manhattan, mais uma vez, decepcionou. O brilho entre os times da Big Apple, ao menos nessa etapa de montagem de elenco, estaria do outro lado da Ponte do Brooklyn, com os Nets, agora de Kyrie Irving, Kevin Durant e DeAndre Jordan, só para completar.

MANOBRA

A manobra dos Clippers foi ousada e muito bem desenhada, como explicou o analista da ESPN Adrian Wojnarowski.

Sabendo que Paul George queria jogar em LA com Kawhi, a franquia usou o agora ex-Toronto como isca e argumento. Deu a ele um contrato máximo e trabalhou para trazer George para o time – com o próprio Kawhi atuando como recrutador e garantia. Kawhi, no pico de sua forma, não iria para um projeto esportivo sem força, afinal. .

Não foi barato. Pela partida de sua principal estrela, o Oklahoma City Thunder receberá dos Clippers quatro futuras escolhas sem proteção de primeira rodada no draft, uma escolha protegida, também de primeira rodada, e de duas trocas. Além disso, também enviou ao Thunder os jogadores Shai Gilgeous-Alexander e Danilo Gallinari.

Os Clippers só voltarão a ter uma escolha de primeira rodada em um draft em 2026. Mas se o time performar de acordo com o potencial de seus novos astros, resta pouca dúvida de que toda essa engenharia numérica terá valido a pena.

DINWIDDIE RECRUTADOR

Em Nova York, a chegada da dupla KD-Kyrie tem muito a ver com o armador Spencer Dinwiddie, dos Nets.

No ano passado, Dinwiddie foi colega de classe de Kyrie em um curso de negócios que ambos fizeram em Harvard, segundo contou uma reportagem do jornal New York Times.

Naquela época, já surgiam rumores de que Irving estava frustrado no Boston Celtics e disposto a voltar para perto de Nova Jersey, onde crescera.

Foi em conversas com Dinwiddie que Kyrie começou a vislumbrar a possibilidade de se transferir para Nova York, mas não para o Madison Square Garden. Na época, apenas os Knicks apareciam como hipótese viável. Mas o seu agora colega de equipe começou a lhe abrir os olhos para a outra franquia da área, mais ao sul da cidade.

Quando os Nets asseguraram a chega de Irving – com um contrato máximo de quatro anos -, por tabela também aumentaram o poder de atração para ter Durant. Amigos desde a Olimpíada do Rio, em 2016, os dois falavam constantemente sobre jogarem juntos um dia.

Os dirigente de Brooklyn ofereceram então a Durant, talvez o pontuador mais versátil da liga atualmente, um contrato máximo de cinco anos, ainda que ele provavelmente perca inteiramente o primeiro deles por conta de uma ruptura de tendão de aquiles sofrida nas finais da temporada 2018-2019, pelo Golden State Warriors. E com ele no time, o poder de convencimento da franquia para recrutamento elevava seu tamanho à enésima potência.

“QUASE”

Para os torcedores de Knicks e Lakers, ficaram os amargos gostos do “quase” – ainda que não se possa comparar em pé de igualdade as atuais situações das franquias.

Os Lakers lamentam sim “quase” terem conseguido formar um trio estelar, mas seguem com LeBron James e asseguraram a chegada de Anthony Davis. Não terão o sonhado power trio, mas devem ser muitos competitivos.

O “quase” dos Knicks, por outro lado, é bem menos louvável.

Se concretizada, a ida de Kyrie Irving faria com que eles “quase” pudessem ser levados novamente a sério como competidores na NBA.

Na atual conjuntura, porém, a julgar pelo roster que se desenha para o time em 2019-2020, a camisa azul mais famosa da liga tende mesmo a permanecer à sombra – até mesmo dentro dos limites de sua cidade.

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