15/03/2025

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Fluminense renasce no vôlei com torcida de futebol e pupilo que já desbancou Bernardinho.

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Igor Resende, do ESPN.com.br

DIVULGAÇÃO / FLUMINENSE

Fluminense conquistou o Carioca de vôlei feminino
Fluminense conquistou o Carioca de vôlei feminino

Depois de 12 anos, o vôlei feminino do Rio de Janeiro tem um ‘novo velho’ dono. O Fluminense ressurgiu das cinzas para chocar todo mundo, desbancar o Rexona-Sesc e conquistar o campeonato estadual feminino. O título veio com um suadíssimo triunfo por 3 sets a 2 para cima do time de Bernardinho na última quinta-feira.

Mas engana-se profundamente quem pensa que a aventura é nova para o Flu. O clube tricolor é agora 25 vezes campeão carioca. E chegou até a ser bicampeão nacional. Só que essa história estava muito mais para o passado do que para o presente. Até agora!

O time renasceu na temporada passada, com uma continuidade quase que por acaso. A ideia era disputar apenas o Carioca com uma mescla de meninas jovens e algumas veteranas. As partidas, porém, empolgaram o público e o clube, que resolveu se ‘arriscar’ a disputar a Superliga B, a segunda divisão nacional.

O título não veio, mas o vice-campeonato garantiu o acesso à divisão principal do vôlei brasileiro. E, pouco depois, vem agora a consagração no Campeonato Carioca.

Um dos grandes destaques da equipe está fora de quadra. A ‘migração’ do futebol trouxe também uma torcida diferente para as arquibancadas do vôlei. Sempre com fãs e com cantos dos gramados, é como se a equipe jogasse com uma sétima jogadora em quadra – algo muito parecido com o que acontece com o Sada Cruzeiro no vôlei masculino.

Ainda fora das quatro linhas, outro grande destaque: o técnico Hylmer Dias. O nome pode não ser conhecido, mas ele é o homem por trás do projeto tricolor.

E ele já conhecia bem o rival Rexona. Afinal de contas, trabalhou muito tempo por lá como assistente de Bernardinho. Só que agora o pupilo desbancou o ‘professor’.

“É uma emoção muito grande. O Rexona era o melhor time do Brasil, tem o melhor técnico do mundo. Trabalhei lá, tenho uma gratidão enorme e eterna por eles. Abriram muitas portas para mim. Estou na seleção brasileira de infanto. O projeto no Flu também tem muito a ver com eles”, diz.

O curioso é que o reencontro com Bernardinho não teve aquele carinho após o fim da partida. “Ele não falou nada, só deu um aperto de mão. Sabe como ele é, né? Não gosta de perder”, disse, brincando, o comandante.

O desafio tricolor agora será bem maior. A partir de outubro, o time entra na disputa da Superliga. E, apesar do título carioca, os pés seguem fincados no chão. A ideia é se manter na elite e depois pensar em se classificar para os playoffs.

E tudo isso sempre com um verdadeiro tricolor no banco.

“Sou torcedor de verdade, de arquibancada. Vou a todos os jogos que posso. Fui campeão do mirim ao adulo pelo Fluminense. É especial, dá uma alegria diferente”, diz Hylmer.

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