Antigos ‘parças’ explicam Rodrigo Caio na seleção mesmo com má fase do São Paulo: ‘Sempre teve postura de líder’.
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Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br
Convocado para a seleção brasileira na vaga do lesionado Thiago Silva, Rodrigo Caio não vive o melhor momento da carreira. Além de o São Paulo lutar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, parte da torcida vem questionando o rendimento dele dentro de campo.
Apesar disso, o polivalente zagueiro de 24 anos ostenta uma característica que agrada ao técnico Tite: a liderança. Quem conviveu desde as categorias de base no clube do Morumbi com o garoto nascido em Dracena reforça essa imagem.
“O Rodrigo é um mais novo do que eu, mas sempre jogou uma categoria acima. Ele sempre teve esse estilo e postura de líder. É um cara acolhedor e de boas palavras para os mais novos”, disse o atacante Alfredo, hoje no Luverdense, ao ESPN.com.br.
“Ele é muito gente boa e conversava com todos, mas é um cara muito sério e não brinca tanto”, observou o ex-companheiro.
Se nas equipes mais velhas o capitão era Casemiro, quando jogava com os garotos de sua idade era o zagueiro quem usava a faixa.
“Era ele quem comandava a geração 93/94 lá em Cotia”, disse Lucas Piazon, atualmente no Fulham-ING, que conheceu Rodrigo Caio em uma final entre Atlético-PR e São Paulo pelo Sub-15.
“A função dele foi me marcar o jogo todo! Além disso, durante a partida, ele falava: ‘Pô, pega leve aí. Semana que vem você vai estar aqui com a gente já’. Eu não tinha a menor ideia do por que ele estava me dizendo essas coisas. Foi nesse campeonato que o São Paulo me viu jogar e se interessou por mim. Menos de dez dias depois dessa final, eu já estava em Cotia”, contou.
- ‘Ele é polivalente’
Quando estava na categoria Sub-15 do São Paulo, Alfredo atuou com Rodrigo Caio no lendário estádio Old Trafford, na Inglaterra.
“Quando jogamos no infantil fizemos um ano muito bom, fomos campeões do Paulista e Copa Nike e fomos vice no Mundial de Clubes, em Manchester. Perdemos para o Barcelona, mas foi uma experiência bacana”, falou o atacante.
Desde essa época, ele já demonstrava a versatilidade que agrada o técnico Tite.
“Eu conheci o Rodrigo como zagueiro e depois que ele também tinha essa facilidade como volante. Ele é polivalente, sempre nas duas posições desde a base. Dependia do que precisavam e fazias as duas funções muito bem”, analisou Alfredo.
Apesar do sucesso nas categorias de base do São Paulo, Rodrigo Caio superou uma grave fratura da rótula do joelho direito, aos 15 anos. Foi uma situação que fez aparecer mais uma característica dele que Piazon admira e enxerga até hoje.
“Pouca gente sabe o quanto ele sofreu e batalhou pra se recuperar bem da primeira lesão grave que sofreu. Nesse dia eu estava no departamento médico quando recebi a notícia. Ele ficou chateado, mas foi muito esforçado e aplicado na recuperação. A disciplina e a determinação dele era de impressionar e foi um exemplo para todos nós”, relatou Piazon.
Após um longo período de recuperação, o jogador voltou aos gramados. Subiu aos profissionais do São Paulo e se firmou entre os titulares. Também chegou às seleções de base e olímpica, faturando a medalha de ouro nos Jogos Rio 2016.
O zagueiro foi chamado algumas vezes para a seleção principal e deverá ser opção no banco de reservas no jogo contra o Chile pela última rodada das eliminatórias. O duelo será no Allianz Parque, nesta terça-feira (10/10), às 20h30 (de Brasília).
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