Presidente do COI pede que cartolas ‘entreguem’ ilegalidades cometidas por Nuzman. Vejam !
2 min readCarlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br por agência EFE.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, pediu aos membros do órgão “ajuda” em forma de informação para que sua Comissão de Ética determine o alcance do caso envolvendo Carlos Arthur Nuzman, ex-chefão do esporte brasileiro e do comitê Rio 2016.
O ex-presidente do COB está preso no Rio de Janeiro acusado de intermediar a compra de votos na eleição que escolheu o Rio como sede dos Jogos.
“A Comissão de Ética se mostrou ativa desde o começo deste caso e se colocou em contato com qualquer um que possa proporcionar informação. Agradece toda ajuda que você queira dar”, afirmou o dirigente alemão em uma carta dirigida aos membros do COI e outros dirigentes esportivos.
Em um convite a seus colegas para que denunciam as irregularidades das quais tenham conhecimento, o presidente do COI explica que “apreciaria” que “em benefício de todos” essa informação se fizesse chegar “diretamente” à Comissão de Ética ou a ele mesmo.
As reuniões que os comitês de trabalho manterão em novembro seriam uma boa ocasião para isso, completa Thomas Bach.
“Como sempre, vossas ideias, comentários e propostas são muito bem-vindas”, apontou.
O pagamento foi feito a Lamine Diack, ex-presidente da federação internacional de atletismo (IAAF), através de seu filho, Papa Massata, e o responsável pela transferência de US$ 2 milhões para uma conta do dirigente é Arthur Soares, o “rei Arthur”, empresário envolvido em corrupção com o ex-governador do Rio Sergio Cabral – o político está preso, enquanto o empresário está foragido.
O COI já suspendeu Nuzman como membro honorário do órgão e também o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), mas sem influência direta nos atletas.
Nuzman, presidente do COB desde 1995, é um dos seis acusados de participar do esquema de pagamento de suborno a membros africanos do COI antes da eleição de 2009 que escolheu o Rio de Janeiro para sediar os Jogos sete anos depois.
Nuzman foi preso em 5 de outubro após a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – com ajuda de investigadores franceses – deflagrarem a segunda parte da Operação Unfair Play, um braço da Lava Jato.