16/04/2024

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Antes de despedida no UFC 224, Belfort diz: ‘Não vou ser lembrado da forma como gostaria de ser’.

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Brett Okamoto, do ESPN.com

“Eu fui o campeão mais jovem da história do UFC”, relembra Belfort.

Quando o estado de Nova York bania lutadores de MMA em 1997, Vitor Belfort estava lá. Isso mostra há quanto tempo “O Fenômeno” está nisso.

Esse capítulo inteiro na história do MMA – a punição de Nova York e o esforço do UFC de 19 anos para acabar com isso – parece que passou uma vida inteira. E a história de como isso começou, o UFC forçado a mudar um evento de Nova York para o Alabama de um dia para o outro, é algo de um período obscuro.

Belfort testemunhou em primeira mão. Não só ele lutou no famoso card do UFC 12, ele ganhou o título dos pesos pesados. Ele era apenas um adolescente à época.

“Eu fui o campeão mais jovem da história do UFC”, relembra Belfort. “Nós deveríamos lutar em Nova York, mas o dono teve que alugar um avião e levar todo mundo para o Alabama menos de 24 horas antes da luta. Foi uma loucura. Foi algo atípico”.

“Eu tinha 19 anos na época. E eu ainda sou relevante hoje”.

Belfort (26-13) encara Lyoto Machida no UFC 224 no sábado, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. O veterano de 41 anos disse que será sua última luta, apesar de descrever o potencial de uma “Liga de Lendas” do UFC.

Se sua última for mesmo no sábado, seria uma despedida digna para Belfort. Ele nasceu no Rio de Janeiro, e Machida (23-8) é um compatriota lendário. Os dois expressaram extremo respeito entre eles antes da luta.

“Lyoto é um dos grandes atletas da história e nós nunca lutamos antes”, disse Belfort. “É melhor deixar o esporte com uma grande pessoa e grande atleta”.

Considerando o tempo em que Belfort estava neste esporte, não é surpreendente que seu legado seja complicado. Ele é tido como um dos maiores talentos do esporte e deixou sua marca no Brasil, Las Vegas, Flórida, Montreal e tantos outros lugares.

Ele lutou contra as maiores figuras do esporte, mas também estou positivo em um exame antidoping em 2006 e se tornou beneficiário da terapia de reposição de testosterona (TRT), uma prática controversa que foi banida em 2014.

De sua parte, Belfort parece contente com seu legado.

“Não vou ser lembrado da forma como gostaria de ser. E estou bem com isso”, disse Belfort. “Algumas pessoas vão ter boas memórias, outras não. Eu acho que quando você está feliz consigo mesmo, é isso que importa

“É isso que é bom na América, a liberdade. As pessoas vão decidir como se sentirão. Legado é algo que você deixa para a próxima geração e depende do seu ponto de vista. Todos têm ‘haters’ e pessoas que gostam de você. A vida é assim”.

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