Como a Leoa Amanda Nunes criou o próprio ‘retiro espiritual’ para reconquistar o cinturão no UFC 277. VEJA!
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Por Carlos Fiúza de Salvdor para o zigzagdoesporte.com.br
Pela primeira vez em 7 anos, Amanda Nunes entrará no octógono vindo de uma derrota. A brasileira de 34 anos desafia o cinturão da agora campeã Julianna Peña no UFC 277, neste sábado, em Dallas.
Peña surpreendeu o mundo em dezembro, quando acabou com o reinado de Amanda no peso galo em uma noite onde a brasileira não parecia a força dominante que a consagrou como a maior lutadora de todos os tempos.
Uma derrota um tanto quanto estranha, o fim de um reinado e dúvidas sobre se gostaria de continuar lutando. Ingredientes perfeitos para provocarem uma mudança em Amanda Nunes, que optou por deixar a renomada American Top Team, referência no setor, após 7 anos e abrir a sua própria academia na Flórida.
“A gente conseguiu montar tudo. Se vira nos 30, sabe? Logo depois do TUF eu voltei pra casa e consegui montar tudo, cage, tatame, tatame de parede, equipamentos de musculação. Com a ajuda do pai de Nina, de alguns profissionais que sabem montar o cage, a gente conseguiu deixar a academia top. É só pra mim, fechada, não vai abrir pra ninguém, quero me sentir em paz, salva. É uma academia que realmente trouxe minha paz de volta“, disse Amanda, à ESPN.
“É um santuário onde você se sente salvo. Onde você vai para o seu trabalho e tem que estar feliz. Se você ama aquilo que você faz, você vai ter o resultado. Chegou um momento que eu precisava do meu espaço”.
Batizada de “Lioness Studio”, ou Estúdio da Leoa em português, a academia foi construída em sua parte interna quase que inteiramente por Amanda e sua esposa, Nina Ansaroff. Como toda mudança, alguns perrengues aconteceram.
“No início foi bem corrido porque como ainda tem coisa que não chega a tempo, só daqui 3, 4 meses…o tatame tava pra chegar em 2 meses. Eu falei ‘não, eu não tenho 2 meses, não posso ir pra outra academia’. Foi corrido, foi um pouco estressante no início até porque eu não tinha certeza de nada. Mas quando as coisas tem que ser, Deus sabe. As coisas foram clareando e não tinha como eu não fazer aquela academia. Consegui o cage pra buscar a hora que quisesse, achei um num armazém, não estava achando de maneira nenhuma, nem usado. Do nada eu sentei e falei ‘vou achar esse cage agora’. Pesquisei na internet e achei o cage”, contou Amanda.
“Falei ‘rapaz, vamos ver a p*** do tatame’. Eu encontrei o cage, imagina o resto, comecei a pesquisar. Nina de um lado, eu de outro. O tatame, que era pra demorar 3 meses, o cara me deu em uma semana. Isso eu já tava no camp, treinando no espaço e fazendo tudo que tinha que fazer. O mais gostoso de tudo é que as coisas começaram a se desenrolar, a gente botava as coisas no chão. A gente planejou tudo, fez o design, colou, botou o tatame juntos, amigos vieram pra ajudar. E a gente treinando e montando academia. Montou tão rápido que a gente olhou e não acreditou. Falei ‘vou montar essa academia, esse camp vai ser na minha academia’. E consegui fazer um camp perfeito”, completou.
Agora, após um camp em um espaço próprio, Amanda Nunes busca retomar um de seus cinturões no UFC.
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