19/04/2024

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Após 21 meses, conselho do São Paulo conclui que ‘Jack’, da comissão de R$ 18 mi, existe.

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Diego Garcia e Rafael Valente, para o ESPN.com.br

GAZETA PRESS

Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo de 2014 a 2015
Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo de 2014 a 2015

Mesmo com o contrato com a empresa Fair East Trading rescindido, o conselho de ética do São Paulo apresentou na noite de segunda-feira o parecer final sobre o caso, numa decisão que poderia levar o ex-presidente Carlos Miguel Aidar à Justiça.  A decisão do órgão foi de que o contrato não causou danos ao clube nem representou infração ao seu código de ética e disciplina, absolvendo assim a gestão passada. Além disso, afirmou que Jack Banafsheha, o misterioso dono da empresa, existe e se encontra em Los Angeles, nos Estados Unidos.

“Examinei os fatos e atos praticados pela diretoria executiva anterior. Em primeiro lugar, não há qualquer dúvida quanto da real e efetiva e existência da empresa Fair East, legalmente constituída e de propriedade do senhor Jack Banafsheha, com reconhecimento de firma na cidade de Los Angeles”, disse José Roberto Opice Blum, presidente do conselho de ética.

Havia suspeita de muitos conselheiros de corrupção neste caso devido ao acerto de uma comissão de R$ 18 milhões com a Fair East pelo fato de a empresa ter intermediado a negociação com a Under Armour, em dezembro de 2014.

Referente a 15% do montante de toda a negociação, o valor não chegou a ser pago porque o contrato não foi aprovado pelos conselheiros tricolores. Para se assegurar e evitar cobranças na Justiça, o departamento jurídico do São Paulo assinou um distrato em abril deste ano.

A decisão da comissão de ética do São Paulo deve enterrar de vez o assunto no clube. O presidente do órgã foi quem leu o relatório, durante a reunião, no estádio do Morumbi.

“Fazemos menção então a todos os documentos que nos chegaram as mãos e concluímos que de todos os textos que foram apresentados e, em especial o parecer da comissão especial constituída para análise desse contrato, inexistiu qualquer dano monetário ao São Paulo Futebol Clube. Fato que por si só seria suficiente para afastar qualquer possibilidade de infração ao código de ética e disciplina do São Paulo”, disse Blum.

“Não existe qualquer dúvida quanto a existência desse documento, sua validade contratual, com direto e obrigações, resultado dessa quitação o reconhecimento de inexistÊncia de qualquer prejuízo financeiro ao São Paulo. O contato firmado obedeceu todas as regras mandamentais, tanto do estatuto do São Paulo quanto das regras comerciais”, afirmou.

O presidente do conselho de ética ainda comparou o contrato com a Far East com o acordo fechado com Penalty pela gestão de Juvenal Juvêncio, e que também gerou suspeitas.

“O objeto do acordo havia sido assinado na gestão de Carlos Miguel Aidar, eleito em abril de 2014 e que renunciou em 13 de outubro do ano passado. Pelo que foi assinado, o São Paulo teria de pagar uma comissão de R$ 18 milhões a empresa, cuja sede fica em Hong Kong. O valor era equivalente a 15% de todo o montante que a fornecedora pagará ao clube.

REPRODUÇÃO TV

Blum foi convidado do Bate Bola dos canais ESPN nesta sexta-feira
Blum é o presidente do conselho de ética

O valor da comissão gerou um atrito no Morumbi. Membros da oposição e alguns conselheiros questionaram a forma como o acordo foi conduzido e acertado. A oposição acusava a namorada do ex-presidente, Cinira Maturana, de ter participado do acordo.

Em maio do ano passado, durante uma reunião do conselho, na qual o contrato foi apresentado, formou-se uma comissão para investigar o acordo com a empresa.

Na época, a diretoria tentou justificar que a comissão estava dentro dos padrões do mercado. Chegou a acusar a gestão anterior de pagar valores maiores para a Penalty, antiga empresa fornecedora de material esportivo do clube.

Em 24 de outubro do ano passado, Aidar disse em entrevista para “O Estado de S. Paulo” que havia encaminhado um email ao intermediário do negócio, Jack Banafsheha, pedindo que a dívida pelo não pagamento da comissão fosse perdoada, tendo em vista que o contrato não tinha sido aprovado pelos conselheiros. O ex-mandatário disse Banafsheha aceitou.

rato [coma  Far East] é lícito. Normalmente como é utilizado pelo São Paulo Futebol Clube como da patrocinadora Penalty em caso já conhecido por esse conselho.”

“A conduta da diretoria obedeceu as regras do código de ética e disciplina, além das estatutárias, morais e comerciais vigentes”, disse em outro momento da explicação.

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ACORDO POLÊMICO

O acordo havia sido assinado na gestão de Carlos Miguel Aidar, eleito em abril de 2014 e que renunciou em 13 de outubro do ano passado. Pelo que foi assinado, o São Paulo teria de pagar uma comissão de R$ 18 milhões a empresa, cuja sede fica em Hong Kong. O valor era equivalente a 15% de todo o montante que a fornecedora pagará ao clube.

O valor da comissão gerou um atrito no Morumbi. Membros da oposição e alguns conselheiros questionaram a forma como o acordo foi conduzido e acertado. A oposição acusava a namorada do ex-presidente, Cinira Maturana, de ter participado do acordo.

Em maio do ano passado, durante uma reunião do conselho, na qual o contrato foi apresentado, formou-se uma comissão para investigar o acordo com a empresa.

Na época, a diretoria tentou justificar que a comissão estava dentro dos padrões do mercado. Chegou a acusar a gestão anterior de pagar valores maiores para a Penalty, antiga empresa fornecedora de material esportivo do clube.

Em 24 de outubro do ano passado, Aidar disse em entrevista para “O Estado de S. Paulo” que havia encaminhado um email ao intermediário do negócio, Jack Banafsheha, pedindo que a dívida pelo não pagamento da comissão fosse perdoada, tendo em vista que o contrato não tinha sido aprovado pelos conselheiros. O ex-mandatário disse Banafsheha aceitou.

A rescisão contratual ocorreu em 6 de abril deste ano, numa iniciativa da nova gestão e da diretoria jurídica do clube, evitando assim a cobrança dos R$ 18 milhões.

 

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