Musa? ‘Não quero ter peitos grandes, quero ser a melhor’, diz campeã do UFC. Entenda o fato.
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Igor Resende, especial para o espnW
O esporte feminino já se acostumou: vira e mexe, o termo musa aparece por aí, e a atleta deixa de ser avaliada por suas habilidades esportivas para ter sua análise baseada apenas em tributos físicos. Aos poucos, porém, algumas vozes se levantam contra isso.
Uma delas surgiu no UFC. Joanna Jedrzejczyk aproveitou os holofotes da luta que fará no primeiro evento da organização em Nova York para deixar bem claro que não está nem aí para o que pensam dela. Não fisicamente.
“Eu sei que eu não sou a mais bonita, que eu não tenho peitos grandes e que não sou norte-americana. Mas eu não quero isso. Quero que as pessoas se lembrem de mim como a melhor lutadora do mundo, invicta no MMA e campeã no UFC. Quero me aposentar invicta. Esse é o meu objetivo”, disse a polonesa.
A declaração é para lá de importante em um meio ainda um tanto quanto masculinizado.
Bem verdade que Ronda Rousey já disse algo parecido algumas vezes. Mas as próprias atitudes dela, sempre se preocupando com as aparições em filmes ou programas de televisão, não foram tão condizentes assim.
Joanna não está nem aí. Aos 12 anos, decidiu escolher um esporte que não tinha nada de feminino na visão da sociedade. Ganhou o que podia no taekwondo e agora domina o mundo também no MMA.
No dia 12 de novembro, ela defende o cinturão dela contra a compatriota Karolina Kowalkiewicz. Depois, só pensa na própria carreira. E em um pouco de descanso, é verdade.
“Depois da luta eu vou gravar algumas coisas na Argentina e aí voltar para casa para passar o Natal com a minha família, é uma data muito importante para nós. E depois estou pensando em lutar em março. Quero fazer duas ou três lutas no ano que vem. Quero mais uma duas lutas defendendo o cinturão dos palhas e depois quero ‘inaugurar’ e ser campeã dos moscas”, diz, já buscando o crescimento do MMA feminino dentro do UFC.