07/12/2025

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NBA Draft: conheça os seis brasileiros que podem entrar e logo brilhar na liga. Veja.

6 min read

Do Zigzagdoesporte.com.br com espn.com.br por Pedro Suaide.

Quinta-feira, 20 de junho. Barclays Center, Nova York. A cada dia, o draft da NBAestá mais próximo e os jovens que sonham com um futuro no melhor basquete do mundo ficam mais ansiosos.

Das centenas de jogadores que tentam a sorte, dos que sabem que serão selecionado aos que sabem que não, seis brasileiros estão sonhando com a liga, e assim se inscreveram no draft de 2019.

Outra data importante do draft está mais próxima: a loteria. Dia 14 de maio, terça-feira, será sorteada a ordem das escolhas. O New York Knickso Cleveland Cavalierse Phoenix Sunso têm 14% de chances, a maior probabilidade, de ficar com a primeira escolha – e provavelmente Zion Williamson, jovem prodígio que vem da Universidade de Duke.

Assim sendo, vamos conhecer um pouco dos garotos que podem logo logo pegar um avião e pintar no melhor basquete do mundo.


Didi (Marcos Louzada)

Ala – 19 anos – 1,95 metro – SESI/Franca

Médias na temporada: 10,5 pontos / 3,2 rebotes / 1,2 assistência / 45,5% aproveitamento / 20,2 minutos

É o brasileiro com mais chances de ser escolhido. Além de fundamental em Franca, que luta pelo título do NBB, já é olhado há algum tempo pelos olheiros internacionais. Seu nome aparece em projeções de drafts, e Jonathan Givony, especialista em draft da ESPN dos EUA, o vê como um prospecto legítimo de segunda rodada.

Didi tem um arremesso consistente dos três pontos e chama atenção pela intensidade, tanto no ataque como na defesa. Por Franca, já foi campeão do Campeonato Sul-Americano 2019 e do Campeonato Paulista 2018. Em abril, foi convidado e participou do Nike Hoop Summit, um dos mais renomados treinos pré-draft dos EUA. No caso, foi um dos 12 jogadores ‘internacionais’ a jogar – o único sul-americano. Além disso, Didi já é nome constante nas convocações de Aleksandar Petrović, treinador da seleção brasileira, e é provável que esteja na Copa do Mundo da China.


Dikembe da Silva

Pivô – 19 anos – 2,06 metros – Paulistano

Médias na temporada: 2,3 pontos / 1,2 rebotes / 0,3 assistência / 46,9% aproveitamento / 6 minutos

O homônimo da lenda da NBA Dikembe Mutombo, o brasileiro já chama muita atenção por seu nome. Em maio de 2018, o brasileiro foi o segundo jogador mais jovem da história do NBB a pontuar em uma final; de quebra, levou o título com o Paulistano, tendo apenas 18 anos e 9 meses.

O pivô joga no Paulistano desde os 15 anos. Pelo clube, também foi campeão e MVP (jogador mais valioso) da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) – repetindo feito de Cristiano Felício, hoje pivô do Chicago Bulls, em 2013. Dikembe também representou o Brasil e foi MVP do Desafio Interligas – Novas Estrelas (partida com jogadores Sub23 entre o NBB e a Liga Argentina). No caso, outros grandes prospectos, como Didi e Yago, estavam em quadra.


Felipe Dos Anjos

Pivô – 21 anos – 2,21 metros – Melilla (ESP)

Médias na temporada: 8,3 pontos / 5,2 rebotes / 0,7 toco / 65% aproveitamento / 20,4 minutos

O mais experiente internacionalmente, Felipe joga pelo Melilla mas pertence ao Real Madrid. O clube espanhol contratou o pivô do Esporte Clube Pinheiros quando ele tinha 16 anos. Sua altura chama muita atenção, e o garoto tem muita facilidade em pegar rebotes e enterrar. Tem mãos grandes, é bastante rápido para uma atleta com seu tamanho e é reconhecido como um ‘jogador de equipe’.

Na Espanha, o garoto já rodou bastante. Pelo Real Madrid, jogou nas categorias de base e no time B. Pelo sub-18, conquistou o Adidas Next Generation Tournament em 2015. Em 2016, foi o MVP das qualificatórias do mesmo torneio e também participou de treinos promovidos pela FIBA e NBA, o Basketball Without Borders (Basquete Sem Fronteiras). Profissional, segue sendo emprestado, e já jogou pelo Oviedo, Burgos e, enfim, Melilla. Assim como Didi em 2019, Felipe foi chamado para o Nike Hoop Summit, mas em 2017.


Michael Uchendu

Pivô – 21 anos – 2,08 metros – Leyma Coruña (ESP)

Médias na temporada: 7,3 pontos / 6,4 rebotes / 0,9 toco / 54% aproveitamento / 21 minutos

Brasileiro filho de nigeriano, Uchendu já é observado por olheiros da NBA desde 2017. Sempre presente nas seleções de base, foi prata com a sub-17 no Sul-Americano, bronze com a sub-18 na Copa América, e campeão e destaque do Sul-Americano sub-21 – quando somou médias de 11 pontos e 8 rebotes na caminhada para o título.

No Brasil, jogou por Bauru, disputando o NBB e a Liga das Américas, entre 2016 e 2018, até ser contratado pelo Monbus Obradoiro, que o cedeu ao Lemya Basquet Coruña. Em 2018, participou dos treinos globais da NBA em Treviso, na Itália. Ainda foi convidado para o Adidas Nations, outro evento que junta promessas do basquete – e foi um dos destaques. O brasileiro-nigeriano chama atenção principalmente por sua força, tanto no ataque quanto na defesa, que o tornam uma ameaça perto da cesta.


Tulio Da Silva

Ala – 22 anos – 2,03 metros – Missouri State University (EUA)

Médias na temporada: 14,3 pontos / 7,4 rebotes / 1 roubo de bola / 55% aproveitamento / 32 minutos

Já morando nos EUA, desde 2015, Tulio é o único dos brasileiros que vai para o draft a partir de uma universidade. No Brasil, o ala jogou pelo Olímpico, de Minas Gerais e fez parte de seleções de base. Em agosto de 2015, foi para os EUA para fazer o Ensino Médio, mas não conseguiu jogar por conta de questões burocráticas.

Seguiu no país para a faculdade, e entrou na Universidade de South Florida. Apesar de não ter espaço e sequer entrar em quadra no seu primeiro ano, ficou três temporadas por lá, e depois foi para a Universidade de Missouri State. Por seu atual time, teve os melhores números da carreira e foi eleito o novato do ano em sua conferência, a Missouri Valley Conference. Destacado por seu atleticismo, o brasileiro já pode ser chamado para treinos de equipes da NBA.


Yago Mateus

Armador – 20 anos – 1,78 metro – Paulistano

Médias na temporada: 13,2 pontos / 3,6 rebotes / 4,8 assistência / 42% aproveitamento / 27,4 minutos

Apesar de novo, Yago é destaque do basquete brasileiro há muito tempo, e é observado desde sua adolescência. Nas categorias de base do Palmeiras, foi tricampeão estadual, e pela seleção venceu o Sul-Americano sub-15 e o sub-21. Em 2017, foi para o Paulistano, onde já venceu o Campeonato Paulista e o NBB. Também joga pela seleção principal desde 2017, e deve, assim como Didi, ser convocado para a Copa do Mundo.

Muito rápido e ágil, compensa sua baixa estatura com velocidade, dribles e arremessos longos. Em 2018, assim como Felipe em 2017 e Didi em 2019, foi chamado para o Nike Hoop Summit, o que quer dizer que já é observado pelos olheiros dos EUA. Além disso, participou e foi o destaque do Adidas Nations, outro renomado treino global com grandes promessas do basquete.


Vale lembrar que a inscrição no draft ainda pode ser retirada, e os termos variam de jogador para jogador. Uchendu e Yago, por já terem se inscrito no draft em 2018 e terem retirado seus nomes, não podem mais tirar. Se não forem selecionados, se tornam agentes livres na NBA.

Didi, Dikembe e Felipe estão se inscrevendo pela primeira vez, e até 10 de junho podem retirar seus nomes. Se não retirarem e não forem selecionados, também se tornam agentes livres.

O caso mais diferente é o de Tulio, por vir de uma universidade dos EUA. O ala já pode ser chamado para treinos, e tem até 29 de maio para tirar seu nome. Se decidir por tal, pode voltar e jogar a NCAA por Missouri State.

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