29/03/2024

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Brasil sente falta de Sasaki, sofre quedas e se complica por vaga olímpica.

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Paula Almeida Do UOL, em Glasgow (ESC).

Melhor generalista do país, o paulista ficou fora da competição devido a uma cirurgia e suas notas, sobretudo no salto, no cavalo com alças e nas paralelas, seriam importantes para uma soma melhor do grupo, que sofreu com quedas em quatro dos seis aparelhos.
Melhor generalista do país, o paulista ficou fora da competição devido a uma cirurgia e suas notas, sobretudo no salto, no cavalo com alças e nas paralelas, seriam importantes para uma soma melhor do grupo, que sofreu com quedas em quatro dos seis aparelhos.

Como já era esperado, Sergio Sasaki fez falta ao Brasil nas estreia da equipe masculina no Mundial de ginástica artística de Glasgow neste domingo. Melhor generalista do país, o paulista ficou fora da competição devido a uma cirurgia e suas notas, sobretudo no salto, no cavalo com alças e nas paralelas, seriam importantes para uma soma melhor do grupo, que sofreu com quedas em quatro dos seis aparelhos. Ainda assim, com boas apresentações na barra fixa e nas argolas, os brasileiros saíram do tablado da Hydro Arena com 349,057 pontos.

A estreia dos brasileiros justamente abriu a fase de qualificação masculina no Mundial, mas o público presente no ginásio queria mesmo era ver uma outra equipe que também estava se apresentando na primeira subdivisão, os donos da casa, Reino Unido. Medalhistas de bronze no ano passado, os britânicos confirmaram as expectativas e alcançaram uma soma alta, 354,417 pontos, assumindo a liderança provisória à frente do Brasil. Porto Rico ficou logo atrás.

Em Glasgow, o objetivo do Brasil é bem claro: ficar entre os oito primeiros colocados, avançar para a final por equipes e, assim, assegurar vaga direto nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Técnicos e ginastas estavam otimistas antes da competição, mas as quedas de hoje podem complicar. Caso não consiga a meta inicial, a seleção brasileira precisa ficar entre o 9º e o 16º lugar para se classificar para o evento-teste em abril do ano que vem, o último qualificatório olímpico.

Estreante em Mundiais, Caio Souza era o principal generalista do Brasil na ausência de Sasaki, mas teve quedas no cavalo com alças e nas paralelas. O grande destaque da equipe foi Arthur Nory, que passou bem por todos os aparelhos, brilhou na barra fixa e no solo e se credenciou para uma vaga na final individual geral. Arthur Zanetti, como esperado, fez grande apresentação nas argolas (veja o vídeo acima), mas caiu no solo. Lucas Bittencourt, que também tem chances de ser finalista do geral, Francisco Barreto, que se destacou nas paralelas e caiu na fixa, e Péricles Silva completaram o time. Diego Hypolito ficou na reserva.

Na expectativa para saber se ficará com a vaga olímpica direta, a seleção brasileira precisará ter paciência para esperar as sete subdivisões que ainda estão por vir neste domingo e na segunda-feira. Todas as próximas sessões contam com adversários diretos como Alemanha, Rússia, Ucrânia, Holanda e Coreia do Sul. Japão, China e Estados Unidos, ao lado do Reino Unido, são os principais favoritos a medalhas e parecem ter vagas praticamente asseguradas na Rio-2016.

CAVALO COM ALÇAS (56,965)

Principal generalista do país na ausência de Sergio Sasaki, Caio Souza abriu as apresentações do Brasil com um desequilíbrio e queda no cavalo com alças (12,633). O erro, porém, não desanimou os colegas, que vieram com séries bem limpas na sequência e garantiram ao país uma boa soma no primeiro aparelho: (13,800 para Lucas Bitencourt, 14,533 para Arthur Nory, 14,366 para Francisco Barreto e 14,266 para Péricles Silva).

ARGOLAS (58,165)

Emendando os dois aparelhos de maior exigência física, o Brasil partiu para as argolas e diminuiu suas médias com apresentações apenas corretas de Lucas (14,366), Caio (14,333), Nory (14,033) e Francisco (13,200). Campeão olímpico do aparelho, Arthur Zanetti elevou a soma da equipe e foi o único a passar dos 15 pontos, mas não conseguiu obter nota tão alta quando nas últimas competições (15,4333).

SALTO (59,448)

No salto, apesar das acrobacias bem executadas, com algumas aterrisagens cravadas, os brasileiros diminuíram suas notas em relação ao Mundial do ano passado e nenhum deles conseguiu passar dos 15 pontos (14,016 descartados para Francisco, 14,966 para Caio, 14,766 para Lucas, 14,900 para Nory e 14,816 para Zanetti).

BARRAS PARALELAS (58,165)

Péricles Silva abriu o quarto aparelho do Brasil com uma boa nota (14,400), e foi seguido por Nory, que trouxe uma série mais complexa, mas cometeu pequenos erros de execução, obtendo ainda assim uma boa soma (14,533). Lucas fez uma apresentação de poucos riscos (14,266), e Francisco fez a melhor série da equipe no aparelho, chegando perto dos 15 (14,966). Na hora de fechar, porém, Caio novamente teve uma queda, como no cavalo com alças, e viu sua nota ser descartada (14,200).

BARRA FIXA (58,465)

Os brasileiros fizeram na barra fixa sua principal apresentação. Nory, com ótimos 15,300, e Lucas, com 14,866, foram os melhores da equipe. Caio Souza (14,233) e Péricles Silva (14,066) passaram bem pelo aparelho, mas Francisco Barreto, que tinha uma das séries mais difíceis, sofreu uma queda e também teve uma grande falha na aterrissagem que comprometeram sua nota final (12,975, descartada).

SOLO (57,849)

Com o especialista Diego Hypolito na reserva, o Brasil partiu para o solo em busca de séries limpas. Lucas abriu com bons 14,500 pontos, mas Zanetti sofreu uma queda e ficou abaixo dos 14 (13,666, descartada). Caio e Francisco fizeram apresentações seguras (14,466 e 14,000), e Nory teve a melhor nota do time (14,883).

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