Amanda Nunes, com Dana White ao fundo, antes do UFC 215
Amanda Nunes, com Dana White ao fundo, antes do UFC 215

A brasileira Amanda Nunes volta a lutar neste sábado, no UFC 215, no Canadá, dois meses depois de ter a luta contra a mesma rival, Valentina Shevchenko, cancelada por motivos de saúde.

O episódio, porém, deixou marcas: a lutadora, campeã do peso galo feminino, foi duramente criticada pelo cancelamento no dia do combate, com “alfinetada”, inclusive, do presidente do UFC, Dana White, que chegou a dizer que o problema da brasileira foi “90% mental e 10% físico”.

Foi o episódio no UFC 213 também que fez com que Amanda x Shevchenko não fosse programada para ser a luta principal neste sábado – o que só vai acontecer porque a luta entre Demetrious Johnson x Ray Borg, que encabeçaria o card, foi cancelada, com o desafiante também passando mal.

Em entrevista ao ESPN.com.br, Amanda desabafou sobre a situação. Sem “mágoa” de Dana, a atleta se disse surpresa com a postura do dirigente e comparou o ocorrido com o futebol.

“Tem vez que jogador de futebol acorda indisposto, e o que o treinador faz? Coloca no banco. Mas o médico, o presidente do clube não vão na mídia reclamar. Eu não esperava isso do presidente, mas o médico do UFC passou para ele isso, e ele soltou.  Não tenho nenhuma mágoa do Dana, ele teve o aval do médico para falar aquilo. Independentemente do que ele estiver falando, o meu foco é na luta.”

Se garante que a desconfiança de Dana não a atrapalhará na luta, Amanda adota a mesma postura ao comentar as críticas de fãs. Na verdade, nesse caso, ela diz nem ter prestado atenção. “Na verdade, todo mundo me pergunta isso, mas eu nem li. Eu não fico na internet procurando, não li mesmo.”

Amanda é campeã das galos do UFC desde julho de 2016, quando finalizou Miesha Tate. Em sua primeira defesa de cinturão, nocauteou Ronda Rousey e chegava em alta para a luta contra Shevchenko – rival que a brasileira já venceu, em março de 2016, e que vem de duas vitórias seguidas.

Dias após o UFC 213, Amanda justificou o cancelamento da luta por sua “sinusite crônica”, que dificultou sua respiração e causou tontura, principalmente, durante o processo de corte de peso. Agora, porém, ela garante estar “100%, preparada para tudo”, inclusive, “para manter o cinturão em casa”.

“Quando eu retornei de Las Vegas (palco do UFC 213), eu tirei duas semanas para procurar especialistas e melhorar minha sinusite, e logo depois, eu já voltei 100% para o camp, treinando, com a mesma estratégia para a luta e agora estou pronta para a guerra”, garantiu a campeã.

ESPN.com.br acompanha, em tempo real, o UFC 215, neste sábado, a partir de 19h. Além de Amanda, também lutam os brasileiros Rafael dos Anjos (contra Neil Magny), Ketlen Vieira (Sara McMann), Wilson Reis (Henry Cejudo), Luis Henrique KLB (Arjan Bhullar) e Adriano Martins (Kajan Johnson).