28/03/2024

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Carlos Fiúza de Salvador direto da redação do Zigzagdoesporte.com.br

Scarpa reencontra o Fluminense, clube que virou inimigo e o deixou 3 meses sem jogar.

Francisco De Laurentiis por espn.com.br

Nesta quarta-feira, o Palmeiras enfrenta o Fluminense, às 19h30 (de Brasília), pela abertura da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A partida marcará também o reencontro do meia Gustavo Scarpa com seu ex-clube, com quem se envolveu em uma longa guerra nos tribunais neste ano.

Após conseguir liberação do time carioca na Justiça no início da temporada por meio de uma liminar, Gustavo Scarpa foi anunciado pelo clube do Palestra Itália em 15 de janeiro, com a equipe pagando 6 milhões de euros (R$ 26,23 milhões, na cotação atual) em luvas.

No processo de então, o atleta cobrava mais de R$ 9 milhões do clube carioca.

O valor se referia a salários, férias e 13º atrasados, além de parcelas não recolhidas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Ele fez oito partidas pelo time paulista até 11 de março, marcando dois gols em vitória sobre o Ituano, pelo Campeonato Paulista.

Em 15 de março, porém, a liminar que o permitir jogar pelo “Verdão” foi derrubada pelo TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro), e o jogador voltou a ser vinculado ao Fluminense.

Seus advogados ainda tentaram um recurso no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília, mas viram o pedido ser negado.

Depois disso, a situação se prolongou por muitos dias na 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, período no qual Scarpa viu sua relação com o ex-clube se deteriorar muito, transformando-se em inimizade.

Prova disso ocorreu quando o Flu foi eliminado da Copa do Brasil pelo Avaí.

Ao postar a notícia em seu Instagram, a equipe carioca viu Scarpa aparecer como um dos primeiros a “curtir” a foto, em uma clara alfinetada.

SENTENÇA E REVIRAVOLTA

Em meio à demora, os representantes do jogador entraram com um Mandado de Segurança no TRT-RJ para tentar liberá-lo novamente, mas viram o pedido ser negado por 8 votos a 3, no dia 7 de junho.

Quatro dias depois, a juíza Dalva Macedo finalmente deu a sentença: ela considerou improcedente a reclamação do meia, mantendo o vínculo com o Flu ativo.

Só que, no dia 25 de junho, veio a reviravolta: Gustavo conseguiu um habeas corpus no TST e rompeu o contrato com a equipe das Laranjeiras, que ainda foi considerava devedora da quantia de R$ 735 mil ao atleta.

No total, por conta da briga jurídica, o atleta ficou 102 dias, ou pouco mais de três meses, sem poder entrar em campo pelo “Verdão”. Isso corresponde a 27,95% do ano de 2018.

Durante este período, ele treinou por conta própria em casa e chegou até a participar de campeonatos amadores de futsal.

Na sequência, Scarpa foi reintegrado ao Palmeiras e participou da excursão do clube à América Central, se destacando nos amistosos contra times do Panamá e da Costa Rica.

No regresso ao Brasil, assumiu uma vaga de titular no ataque alviverde ao lado de Dudu e Willian, passando a atuar na posição de Keno, negociado com o Pyramids FC, do Egito.

Ele jogou 90 minutos no empate por 1 a 1 com o Santos, pela 13ª rodada, e mais 66 minutos no triunfo por 3 a 2 sobre o Atlético-MG, no último domingo, pela 14ª rodada. Nesta quarta, a previsão é que volte a ser titular no Maracanã.

Com a camisa do Fluminense, o armador disputou 151 partidas desde 2014, quando foi contratado do Desportivo Brasil-SP, e anotou 26 gols.

Resta ver agora quem levará a melhor nesta quarta-feira.

São Paulo vende Militão para Porto após pedido do jogador e consciente que fez ‘melhor negócio possível’.

O São Paulo acertou a venda do lateral Éder Militão ao Porto na tarde desta terça-feira por 4 milhões de euros, cerca de 17 milhões de reais, em uma negociação que considerou a melhor possível dentro do que podia fazer.

O estafe de Militão avisou ao clube tricolor que é desejo do jogador defender o clube português já neste semestre. Diante disso o São Paulo tentou assegurar um bom valor de venda e ainda manteve 10% dos direitos do lateral, o que pode assegurar um lucro em uma futura venda do Porto.

A decisão foi colegiada. Reuniram-se no Morumbi nove integrantes do conselho de administração e, de forma unânime, aprovaram a negociação. Como citado acima, a justificativa foi “o melhor negócio possível”.

Militão, que tinha contrato com o São Paulo até 11 de janeiro de 2019, recusou três propostas de renovação feitas pelo clube paulista ao longo do primeiro semestre. Já havia o entendimento de que o jogador desejava sair e a diretoria sabia que o Porto o tinha procurado para fazer sondagens.

Diante desse cenário, o clube do Morumbi tinha duas opções. Segurar Militão agora e não ganhar nada com a transferência dele na janela de janeiro por conta do fim do contrato ou negociar a saída neste momento e obter algum lucro. Como o caixa do clube passa por um momento de recuperação, devido a pagamentos de dívidas, decidiu-se negociar agora.

Revelado no São Paulo, o lateral fez sua estreia no time profissional contra o Cruzeiro pelo Brasileirão do ano passado. Desde então, foram 54 jogos com a camisa do tricolor paulista. Nesta temporada, Militão foi o jogador que mais atuou em 32 das 38 partidas disputadas pelo São Paulo.

 

Richarlison, reforço do Everton, vendia picolé e foi recusado em vários testes antes de valer R$ 222 milhões.

Felippe Scozzafave e Vladimir Bianchini por espn.com.br

A trajetória de Richarlison no futebol parece meteórica. O atacante, que se destacou no Fluminense e foi negociado com o Watford, menos de um ano depois já está de casa nova. Isso porque ele foi anunciado pelo Everton, também da Inglaterra, por aproximadamente R$ 222 milhões (44 milhões de libras).

reprodução twitter@everton.

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Tudo parece acontecer rápido para o garoto de 21 anos e considerado um futuro jogador da seleção brasileira, mas não foi bem assim. Antes de conseguir seu primeiro teste em um grande clube, Richarlison passou por momentos bastante complicados e foi na insistência e superação que ele chegou até onde está.

“Eu sou de Nova Venécia, interior do Espírito Santo. Eu trabalhava vendendo picolé e bombom na rua. Também já trabalhei por um dia em lava-jato, limpando carros. Fiquei pouco, porque era pesado demais, não aguentei (risos). Mas eu tinha que ajudar em casa. Eu estudava de tarde e de manhã trabalhava. De vez em quando ia com meu avô para a roça”, disse ele, em entrevista à ESPN. “Eu aprendi muita coisa nessa época. A dar valor para a vida. Tudo se conquista trabalhando na dedicação e na humildade. É preciso dar o melhor de si”.

E eram nos horários em que ele tinha livre em que podia se dedicar ao futebol. “Comecei com 10 anos na escolinha do Régis, na minha cidade. Era difícil ir até lá. O treino mais pesado era de segunda, em que tínhamos que correr 9 km em uma avenida e sempre ia feliz com meus companheiros”, contou.

“Joguei a Copa Espírito Santo sub-17 e sub-20. Fui artilheiro com 16 anos e surpreendi muita gente. Muitos ficaram de olho em mim e o clube queria assinar contrato. Fui para casa para depois assinar contrato, mas no dia que fui voltar, estava na rodoviária e o ônibus atrasou uns 20 minutos”, disse Richarlison, que explicou o porque de não ter ficado na equipe do Espírito Santo.

 

Malcom, vendido por quase R$ 180 milhões na Europa, rendeu só R$ 25 milhões ao Corinthians.

Thiago Cara por espn.com.br

Malcom trocou o Bordeaux pelo Barcelona, após ter tudo acertado com a Roma, por 41 milhões de euros (mais de R$ 179 milhões na cotação atual). Clube que o revelou, o Corinthians tem direito a pequena parte da cifra, em mais uma vez que o atacante coloca dinheiro nos cofres alvinegros.

A equipe que contou com o jovem dos 11 aos 18 anos de idade, no entanto, fez apenas pouco mais de R$ 25 milhões com a revelação. Equivalente a apenas 14% de seu valor no futebol europeu.

Tudo começou em 2014, quando o Corinthians abriu mão de 40% dos direitos econômicos que tinha do atleta para pagar dívida envolvendo o volante Ralf. Já em 2017, o clube vendeu 15% de Malcom que ainda mantinha, em percentual que renderia bem mais agora, menos de um ano depois.

Malcom assinou seu primeiro contrato profissional em 2013, aos 16 anos. Na ocasião, os direitos econômicos da promessa foram divididos da seguinte forma: 70% para o Corinthians, 10% para a Luís Fernando Assessoria Esportiva (do empresário Fernando Garcia), 10% para a GT Sports Assessoria (de Guilherme Miranda e Thiago Ferro); 10% para a ART Sports (de Nilson Moura).

Essa configuração mudou em abril de 2014. Garcia, até hoje principal representante de Malcom, cobrava uma dívida de pouco mais de R$ 2 milhões do Corinthians, em virtude de uma quantia não recebida em 2012, quando o clube rejeitou proposta por Ralf – de quem o empresário tinha 15%.

Segundo Garcia, na época, o Corinthians cobriu uma oferta da Fiorentina pelo volante, em meio à disputa da Copa Libertadores, e remunerou os demais agentes com percentual do atleta, mas não ele. O imbróglio só foi resolvido dois anos mais tarde, durante a gestão de Roberto de Andrade.

Para quitar a dívida, o clube paulista cedeu 40% de Malcom a Garcia, além de percentuais do lateral Guilherme Arana e do meia Matheus Pereira. Mais tarde, o agente repassaria parte dos direitos que recebeu também à GT Sports e à ART Sports, enquanto o Corinthians ficou com 30%.

Quando o Bordeaux contratou Malcom, em janeiro de 2016, pagou 5 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões na época) por 50% dos direitos. Segundo Garcia, todas as partes envolvidas venderam metade do que tinham e mantiveram o restante. O Corinthians, então, negociou 15%, recebendo R$ 3,3 milhões, e seguiu com 15% – em valores corrigidos pelo IGP-M, a cifra equivale a R$ 3,7 milhões.

Se, naquela ocasião, a equipe ainda detivesse 70% dos direitos econômicos do primeiro contrato de Malcom e negociasse metade, teria direito a R$ 7,7 milhões (R$ 8,6 milhões corrigidos).

Caso não tivesse feito esse negócio e seguisse dono de 15% de Malcom, o clube teria direito a R$ 26,8 milhões dos R$ 179 milhões pagos pelo Barcelona. Quase R$ 10 milhões a mais do que recebeu.

Agora, do dinheiro pago pelos catalães ao Bordeaux, o Corinthians só tem direito à parte referente ao mecanismo de solidariedade da Fifa. Pelo tempo que teve Malcom, 2,5%, ou R$ 4,5 milhões.

No Corinthians, Malcom passou por quase todas as categorias na base, incluindo futsal, até ser promovido ao profissional por Mano Menezes, em 2014. Com Tite, em 2015, foi campeão brasileiro.

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