Talles Silva salta no Campeonato Mundial de Atletismo de 2015, em Pequim
Talles Silva salta no Campeonato Mundial de Atletismo de 2015, em Pequim

Em março de 2016, Talles Silva cravou a marca que precisava para ir às Olimpíadas no Rio de Janeiro. Com 2,29m no salto em altura, índice exigido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o atleta também bateu o seu recorde pessoal.

Se tivesse repetido o feito no Rio 2016, avançaria às finais. Mas não fez. Ele saltou 2,17m e terminou com a 18ª colocação, no Engenhão, na capital carioca. A frustração do único brasileiro a competir naquele domingo foi consolada pelos gritos da torcida.

Agora, ele luta para conseguir uma vaga em Tóquio 2020, e acredita que tem chance na briga pelo pódio. “Posso sonhar, vou correr atrás do meu sonho e vou conquistar”, ressalta o atleta.

“No ritmo que estou evoluindo, sei que há possibilidade de medalha no Japão. Tenho treinado para chegar em um nível competitivo”, afirmou Talles. No último Mundial de Atletismo, disputado em agosto deste ano, na capital inglesa, ele ficou a dois centímetros da vaga na final. “São os mesmos atletas que competem nas Olimpíadas e no Mundial. No último evento, sei que fui bem. Mas poderia ter ido melhor”.

Ele terminou o Mundial na 13ª posição sem avançar à final, já que apenas 12 atletas se classificavam para a decisão. “Por uma colocação eu não entrei”, lamenta. “A marca que eu fiz na semifinal me deixaria em terceiro no Mundial. Então, tenho condições de lutar”, lembra.

O saltador acredita que, se é capaz de atingir o valor estabelecido para entrar na prova, pode ficar entre os cinco melhores. “Muitas vezes, o índice é maior do que a altura que eu preciso para ir ao pódio”, explica. “Tenho feito saltos melhores. Além de tudo, a motivação eu tenho, só preciso treinar”.

O atleta também afirma que o atletismo é mais fácil de lidar com as frustrações do que outros esportes, pois muitos resultados dependem apenas do esforço do atleta.

“Gosto de trabalhar com metas e marcas. Então é muito melhor, porque não existem desculpas para não ser convocado”, conta. “É uma disputa minha comigo mesmo e não aceito perder para mim, por isso, quando não faço o meu melhor, eu me sinto derrotado”.

Para vencer em Tóquio, ele acredita que precisa estar mais rápido, mais forte e mais técnico. De agosto a janeiro, encara a pré-temporada do atletismo. “O que define meu ano que vem, depende do que vem agora”, encerrou.