28/03/2024

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Brasil sofre, vira contra Turquia e mantém invencibilidade no Mundial.

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Leandro Carneiro Do UOL, em Trieste (Itália).

Brasil enfrenta Turquia pelo Mundial feminino de vôle

7 / 11

Jogadoras do Brasil comemoram ponto contra a Turquia no Mundial de vôlei Leia maisDivulgação / FIVB

O técnico José Roberto Guimarães avisou que a partida seria tensa, mas, talvez nem ele esperasse tanta emoção. Contra seu último algoz, a Turquia, o Brasil conquistou uma virada impressionante e chegou a sua quarta vitória neste sábado em Trieste, pelo Mundial de vôlei. A vitória só veio no tie-break, parciais de 16-25, 22-25, 25-19, 25-21 e 15-10.

Um dia antes da partida, o treinador brasileiro havia avisado que o principal problema de enfrentar a Turquia era que o jogo de sua adversária encaixava. Só que desta vez, diferente do que aconteceu há um mês no Grand Prix, na única derrota do Brasil no ano (3-2), as brasileiras ganharam.

Agora, o Brasil volta à quadra no próximo domingo contra a Sérvia. Quem vencer a partida terminará a primeira fase na liderança da chave.

Fases do jogo: A partida começou exatamente como Zé Roberto não queria. A Turquia acertava o saque e complicava a recepção brasileira, enquanto o Brasil desperdiçava saques. Na primeira parada técnica, a diferença estava em seis pontos. A partida só melhorou para as brasileiras quando Fernanda Garay foi para o saque.

Mas, os problemas voltaram na sequência e as turcas acertavam tudo. A bola do 17-11 mostrou isso, quando o Brasil sofreu um ponto em uma jogada de toque de Akman, que  encobriu todas as brasileiras. Assim, a Turquia impôs o primeiro set perdido pela seleção na competição.

Antes que as turcas pudessem abrir uma grande vantagem no set seguinte, o técnico José Roberto Guimarães trocou Fernanda Garay por Gabi quando a diferença era de três pontos. A mesma alteração havia sido feita na reação brasileira contra as turcas há um mês.

E a substituição, combinado com uma boa sequência de saques de Jaqueline, fez com que o Brasil liderasse o placar pela primeira vez abrindo 10-8. A vantagem foi passageira e as turcas viraram o duelo. Na sequência outras duas reviravoltas aconteceram, uma inclusive quando a equipe brasileira tinha três pontos de frente. Melhor para a Turquia que abriu 2 a 0 no duelo.

O que dava certo para as turcas até então no jogo mudou completamente no terceiro set. As brasileiras acertaram os saques e complicaram o duelo. Quando tinha nove pontos de vantagem, o Brasil voltou a cometer erros na recepção e quase comprometeu a parcial. Apesar do susto, a equipe de Zé Roberto conseguiu vencer.

O quarto set foi o que começou mais equilibrado, com o placar apertado até o fim da parcial. Mas, na reta final, as brasileiras conseguiram vencer graças a pontos de bloqueios.

Assim como a parcial anterior, o tie-break começou equilibrado, mas os erros na recepção brasileira voltaram a aparecer e as turcas abriram vantagem. Mas, com mudanças de Zé Roberto, Fabiola e Tandara deram um novo ânimo para equipe que conquistou a virada e a vitória.

Toque dos técnicos: O técnico Massimo Barbolini quis repetir a mesma tática do jogo do Grand Prix e forçar o saque na Jaqueline. Só nos quatro primeiros sets, a atleta recebeu 50 das 86 bolas turcas. Do outro lado, José Roberto Guimarães orientava seu time a todo instante para tirar a força do saque. Fernanda Garay pediu para mandar bola forte e o técnico reforçou que o melhor não era esse caminho.

Melhor: Jaqueline – A jogadora pareceu crescer em quadra pelo excesso de bolas que as turcas mandavam em sua direção. Em seu saque, ela dava o troco e era quando a Turquia mais sofria no jogo. Na defesa e no ataque, a jogadora sempre apareceu com muita eficiência.

Pior: Recepção brasileira – Independentemente de quem tentava receber o saque turco, o Brasil errava o primeiro passe. Camila Brait e Jaqueline foram as que mais sofreram em quadra.

Para lembrar

Acidente. No fim do primeiro set, Akyol saiu correndo para buscar uma bola e acabou atropelando a mesa de pontuação. A menina que fica no local chegou a cair no chão.

Torcida. O ginásio cheio teve “disputa” entre as torcidas. Com um bom público. A quadra contou tanto com gritos de Turquia como de Brasil.

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