Ex-bandeirinha da CBF é preso na Operação Lava Jato. Entenda o fato.
2 min readFrancisco De Laurentiis e Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br.
Nesta sexta-feira, em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal prendeu os presidentes de duas das maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, além de vários executivos das duas empresas. Entre eles, há até um ex-bandeirinha.
Trata-se de Flávio Lúcio Magalhães, que trabalhou como auxiliar de arbitragem do quadro da CBF, chegando até a atuar nas finais dos Campeonatos Paulistas de 2000 e 2001, além de muitos jogos do Campeonato Brasileiro.
Empregado da Andrade Gutierrez, ele é um dos executivos que está em prisão temporária após a Operação Erga Omnes, realizada na manhã desta sexta, na 14ª fase da Lava Jato.
A operação da PF investiga suspeitas de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. A nova fase cumpre 59 mandados judiciais em quatro Estados – 38 mandados de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.
“Como bandeirinha, ele era meio enrolado, sempre diferente dos demais árbitros. Não era um bom bandeira, mas dava sorte de acertar em lances difíceis”, lembrou o ex-árbitro Salvio Spinola, hoje comentarista dos canais ESPN, que trabalhou muitas vezes ao lado de Flávio Lúcio.
Durante sua carreira, Magalhães ficou famoso por algumas polêmicas. Em 2006, por exemplo, ele foi o responsável por anular um gol de mão de Edmundo, marcado na vitória por 2 a 1 sobre o Mogi Mirim, mesmo após árbitro Anselmo da Costa validar o lance. Os alviverdes acusaram o bandeirinha de ter visto o lance na televisão e depois ter passado a informação ao juiz.
Já em 1999, Flávio Lúcio estava no trio de arbitragem que relatou uma tentativa de suborno do presidente do Comercial-SP, Luiz Joaquim Oliveira Antunes, em uma clássico contra o rival Botafogo-SP. Na ocasião, Antunes disse que um intermediário havia lhe telefonado pedindo R$ 10 mil para garantir a vitória comercialina.