Filho de Rickson Gracie aplica 2ª finalização e vence onde pai brilhou; confira.
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Na Grade do MMA por Maurício Dehò.
Em meio a tantos nomes de estrelas (do passado) no Rizin FF, evento que ganhou a alcunha de “novo Pride” por contar com organizadores e regras do famoso evento japonês, um sobrenome de impacto apareceu ali no meio do card, sem tanto alarde. Estamos falando dos Gracie, é claro. Enquanto o mundo espera por mais um integrante do clã se destacando, Kron, filho do lendário Rickson, conseguiu a segunda finalização de sua carreira.
Kron enfrentou Asen Yamamoto, um estreante no MMA, e conseguiu finalizar o rival com um triângulo, no primeiro assalto. Sua vitória anterior tinha sido contra outro estreante, Hyung Soo Kim, com uma chave de braço em um minuto.
O brasileiro, que mora nos Estados Unidos e treina com os irmãos Nick e Nate Diaz, chegou ao Rizin em busca daquela aura o que seu pai e outros integrantes da família ajudaram a construir no Pride.
“Escolhi lutar no Rizin porque amo o Japão. E optei por fazer parte do Rizin, por sua ligação com o Pride, e por meu pai ter feito tanto pelo Pride. Pessoalmente, sempre gostei, sempre fui fã do Pride, por várias razões. As regras, os lutadores, as lutas, para mim são todos melhores. O UFC, nos EUA, não dá valor ao aspecto mais das artes marciais, o público vaia se não entende… Japoneses sempre apreciaram as técnicas de quem aparece para dar sua vida ali”, explicou ele, ao MMA Mania.
Kron admitiu que não tinha certeza sobre a ida ao MMA, mas as peças se encaixaram. “Sempre hesitei em saber o que faria. E de alguma forma as coisas foram se abrindo, portas surgiram e estou aqui”. A família vem sofrendo nos últimos anos, com poucos nomes conseguindo ter sucesso entre os grandes no MMA. A dificuldade em se tornarem mais completos, indo além do forte jiu-jítsu, ainda tem atrapalhado.
“Venho do jiu-jítsu, mas tenho incorporado outras artes com gente de alto nível, então estou confiante. Estou sempre confiante e pronto para me testar. Hoje eu me senti subindo mais um degrau neste sentido. Claro que quero ganhar, mas não sou ligado ao resultado, e sim aos treinos e a viver minha vida e competir”, afirmou ele, após a luta.
Rickson Gracie7 fotos
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Kron tenta tirar dos ombros a pressão de ser um Gracie e diz que não liga para vitórias ou derrotas. Com isso, tenta evitar “decepcionar” os parentes. Ele citou o irmão, Rockson, que morreu em 2000.
“Meu irmão foi uma grande influência, mas tenho muita motivação. Ele me ajudou a chegar a um nível, e hoje não luto por ele. Se eu lutasse por ele, teria que ganhar. Não quero ter que lutar para vencer, quero lutar para provar para mim mesmo que posso conseguir certas coisas e fazer meu trabalho. Meu irmão ficará feliz se eu ganhar ou perder. Tento não usar a família ou meu irmão como motivação, porque não seria legal achar que os decepcionei.
Apesar das duas finalizações no primeiro round, ainda é muito cedo para Kron provar seu talento. Campeão do ADCC em 2013, ele começou a carreira no MMA contra dois estreantes e, só com a evolução de seu próprio jogo e dos rivais é que veremos o que mais este Gracie pode atingir.
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