29/03/2024

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Em casa, Brasil terá equipe com menor participação feminina em cinco Olimpíadas; confira.

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Em casa, Brasil terá equipe com menor participação feminina em cinco Olimpíadas

 

Bianca Daga

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) inscreveu oficialmente, nessa segunda-feira, os 462 atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a partir do dia 5 de agosto. E em casa, o Time Brasil terá um contradição em relação a um momento em que tanto se fala em igualdade dos gêneros: em vez de aumentar o número de mulheres participantes na delegação, o país terá a menor porcentagem de atletas no feminino em cinco edições de Olimpíada.

Na primeira Olimpíada a ser disputada na América Latina, a delegação brasileira terá 253 homens e 209 mulheres, ou seja, elas corresponderão a 45% dos esportistas do país-sede. Contraditoriamente, em vez de aumentar, o número vem caindo desde Pequim-2008 e agora chega ao menor em 16 anos.

Em Atlanta-1996, nos Estados Unidos, a participação feminina do Brasil foi de apenas 29%, por conta das 66 mulheres que integraram a delegação com 223 atletas. Quatro anos depois, em Sidney-2000, na Austrália, a porcentagem subiu para 46%: 94 mulheres, entre 205 esportistas. Em Atenas-2004, ‘elas’ estiveram ainda mais presentes: 122 entre 247 atletas, ou 49%.

Depois, começou a derrocada. Em Pequim-2008, na China, o grupo feminino da delegação brasileira correspondeu a 48%, 132 de 277. Em Londres-2012, na Inglaterra, a porcentagem caiu para 47%, sendo 123 mulheres entre 259 esportistas do país.

Agora no Rio de Janeiro, 2% a menos Se para o Brasil, a marca é negativa, internacionalmente pode ser considerada positiva. A expectativa do COI (Comitê Olímpico Internacional) é, justamente, que as mulheres correspondam a 45% dos atletas de todos os países que disputarem os Jogos Olímpicos de 2016, número nunca alcançado antes.

Muito se deve a não classificação da seleção feminina de hóquei, situação que gerou muita polêmica. Para disputar a Olimpíada, a equipe precisaria estar entre as 40 melhores do mundo. No entanto, alegando falta de potencial, o COB sequer repassou o dinheiro para as atletas disputarem a Liga Mundial de 2014, que era a grande chance de elas subirem no ranking. Seriam 16 mulheres a mais.

Em outras modalidades, a diferença entre os gêneros também é grande. Atletismo: 31 mulheres e 36 homens. Boxe: duas no feminino e sete no masculino. Natação: 11, contra 22. Tênis: dois, contra cinco. Canoagem velocidade e slalom: um atleta mulher e quatro homens.

Mulheres brasileiras nas últimas cinco OlimpíadasRio-2016: 45%
Londres-2012: 47%
Pequim-2008: 48%
Atenas-2004: 49%
Sidney-2000:  46%
Atlanta-1996:  29%

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