29/03/2024

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Grupo avalia nome para a presidência que acredita poder unir oposição no São Paulo novamente.

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Diego Garcia e Rafael Valente, do ESPN.com.br

São Paulo vive momento político conturbado
São Paulo vive momento político conturbado

Apesar de ainda não ser oficial, a candidatura de José Eduardo Mesquita Pimenta à eleição do São Paulo, em abril, é celebrada por membros da oposição. As lideranças entendem que o ex-presidente pode unir alas no Morumbi e minar o favoritismo do atual mandatário, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O grupo entende que hoje Pimenta conseguiria pelo menos cem votos, com potencial de crescer, em um universo de 240 conselheiros.

A quantidade corresponde a exatos 41% do conselho, mas, como nem todos os conselheiros costumam ir ao pleito, a margem se torna significativa e é vista com bons olhos.

Nas últimas eleições, os pleitos foram desequilibrados. Em 2015, Leco derrotou o candidato Newton Ferreira, o Newton do Chapéu, por 193 votos a 36. Antes, em 2014, Carlos Miguel Aidar (de quem Leco herdou o mandato) venceu como candidato único, uma vez que Kalil Rocha Abdalla desistiu. Foram 133 votos para o vencedor e sete em branco.

Em ambos os casos não estiveram presentes todos os conselheiros. Foram apenas 140, em 2014, e 229, em 2015.

A última vez que ambos os adversários tiveram mais de cem votos foi em 2006, quando Juvenal Juvêncio derrotou Marcelo Martines por 127 a 101 (228 conselheiros). Em 2008, ele derrotou o ex-judoca Aurélio Miguel por 147 a 64 (foram dois votos nulos) – 213 conselheiros. Já em 2011, foi reeleito para o polêmico terceiro mandato consecutivo com 163 votos, contra sete para o candidato derrotado, além de cinco nulos. Foram 178 conselheiros presentes.

Um fator que é visto como essencial para Pimenta ter mais votos é apoio de José Roberto Opice Blum, presidente da comissão de ética do São Paulo.

Blum não pretendia se candidatar, conforme apurou a reportagem, mas confessou a pessoas próximas que está refletindo após receber pedido de vários conselheiros.

Quem acompanha os bastidores do clube afirma que Blum teria hoje cerca de 40 votos, pois o nome dele tem dividido a oposição – alguns tendem a optar por Roberto Natel, sobrinho de Laudo Natel, e que deixou o cargo na atual diretoria em setembro do ano passado.

Uma união entre Blum e Pimenta, este como candidato, é vista como o ideal pelas lideranças. Tanto que o grupo de Pimenta tem prestigiado o presidente da comissão de ética tricolor, apoiado suas ações e pretende selar o apoio em um encontro nesta quinta.

Pimenta foi presidente do São Paulo entre 1990 e 1994, anos em que o clube ganhou o bicampeonato da Libertadores e do Mundial Interclubes. Em novembro de 1994, ele foi expulso do conselho por supostamente ter negociado uma comissão na venda do atacante Mario Tilico, em 1991. Acabou reaceito depois.

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