20/04/2024

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NFL NA MIRA DE TRUMP, ACOMPANHE NOTICIÁRIO DA MODALIDADE.

8 min read

Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br

NFL não punirá por protestos, e assessor provoca Trump com polêmica de ‘papo de vestiário’.

Ex-porta-voz de Bill Clinton, Lockhart aproveitou para provocar Trump, fazendo uma alusão a uma das polêmicas que surgiram durante as eleições.
Ex-porta-voz de Bill Clinton, Lockhart aproveitou para provocar Trump, fazendo uma alusão a uma das polêmicas que surgiram durante as eleições.

 

 

 

 

O diretor de comunicação da NFL, Joe Lockhart, confirmou, na manhã desta segunda-feira, que nenhum jogador ou time será punido pelos protestos no final de semana, após as criticas feitas pelo presidente Donald Trump, que chegou a ofender e pedir demissão de quem “desrespeitava a bandeira”.

Ex-porta-voz de Bill Clinton, Lockhart aproveitou para provocar Trump, fazendo uma alusão a uma das polêmicas que surgiram durante as eleições.

“Todo mundo deveria saber, incluindo o presidente, que esta é a verdadeira conversa de vestiário”, disse Lockhart.

Em uma gravação de 2005, o futuro presidente dos EUA dizia que, por ser uma estrela, poderia agarrar as mulheres que quisesse pelo “órgão sexual”. Atacado pela opinião pública, o republicano pediu desculpas e afirmou tratar-se de uma “conversa de vestiário”, provocando a revolta de alguns atletas.

A NFL também criticou os comentários feitos por Trump sobre as preocupações com a segurança dos atletas. Segundo Lockhart, trata-se de algo “fora de contexto”, “desatualizada” e “errada”.

Em entrevista ao repórter Peter King, do The MMQB, o comissário da NFL, Roger Goodell, disse estar orgulhoso do que viu no final de semana.

“A forma que reagimos hoje, neste final de semana, me deixou orgulhoso. Estou orgulhoso da nossa liga. Eles expuseram a frustração, o desapontamento, dos jogadores sobre a retórica desagregadora que ouvimos”, afirmou Goodell.

A liga, inclusive, divulgou um vídeo enaltecendo as diferenças que compõem o jogo. E, ao fim do comunicado desta segunda, Lockhart disse que não existe uma conversa direta entre a NFL e o presidente dos Estados Unidos, mas que estão disponíveis para debates.

“Se o presidente quiser debater algo que seja produtivo, ele tem nosso contato”, afirmou.

Trump abre guerra contra a NFL, que tem donos que o adoram e até fizeram ‘vaquinha’ para festejar sua posse.

SAMUEL CORUM/ANADOLU AGENCY/GETTY IMAGES

Trump ganhou camisa do dono dos Patriots, Robert Kraft (dir), durante visita a Washington
Trump ganhou camisa do dono dos Patriots, Robert Kraft (dir), durante visita a Washington

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comprou uma enorme briga com a NFL.

Na última sexta-feira, o político criticou os jogadores que vêm fazendo protestos enquanto o hino norte-americano é tocado antes dos jogos, e inclusive defendeu que os torcedores abandonem os estádios caso os atletas sigam “desrespeitando a bandeira”.

“Vocês não adorariam ver um dono de time da NFL dizer, no momento em que alguém desrespeita nossa bandeira: ‘Saia do campo agora, seu filho da p…! Fora daqui! Você está demitido! Demitido!”, bradou Trump, durante comício na cidade de Huntsville, no Alabama, na última sexta-feira.

O presidente dos EUA ainda disse que os protestos estão “ferindo o jogo”.

“Se vocês (torcedores) verem esse desrespeito à bandeira, mesmo que seja só um jogador, abandone o estádio. Eu garanto que assim isso vai parar. Essas coisas vão parar. Só peguem suas coisas e vão embora”, disparou Trump.

O megaempresário ainda comprou briga com árbitros e jogadores ao criticar as atuais regras de proteção aos atletas, que visam diminuir os impactos cerebrais causados pelos vários choques de cabeça.

“Hoje, se você já acerta o adversário com muita força, o juiz já diz: ’15 jardas e fora do jogo!’. Eles fizeram isso na semana passada, eu assisti por alguns minutos. Dois caras fizeram um tackle lindo. ‘Boom, 15 jardas!’. O árbitro está na televisão, sua esposa está orgulhosa em casa… Eles [árbitros] estão arruinando o jogo!”, opinou o presidente.

As falas de Trump provocou efeitos imediatos.

Primeiro, a NFL respondeu em comunicado assinado pelo comissário Roger Goodell.

“A NFL e nossos jogadores estão fazendo seu melhor para ajudar a criar um sentimento de unidade em nosso país e nossa cultura. Não há melhor exemplo do que a excelente resposta de nossos clubes e atletas aos terríveis desastres naturais que vivemos no último mês. Comentários como esse [de Trump] demonstram uma infeliz falta de respeito pela NFL, por nosso incrível esporte e todos os nossos jogadores. Ao mesmo tempo, mostra total falta de entendimento sobre a grande força que nossos clubes e jogadores têm na representação de nossas comunidades”, escreveu.

Depois, a NFLPA (Associação de Jogadores da NFL) também atacou Trump.

“Nosso sindicato jamais irá desistir de proteger os direitos constitucionais de nossos atletas enquanto cidadãos, ao mesmo tempo em que sempre buscará resguardar sua segurança enquanto eles competem e se expõem a grandes riscos”, salientou a organização.

Já durante a rodada do último final de semana, os jogadores seguiram protestando, com muitos se ajoelhando e dando os braços durante o hino. Donos de muitas equipes também se juntaram aos protestos, como Shad Khan, do Jacksonville Jaguars. Outras equipes, como o Pittsburgh Steelers, viram seus atletas ficarem no vestiário enquanto a canção nacional dos EUA era tocada.

Além disso, praticamente todas as franquias publicaram notas repudiando as declarações de Trump e apoiando a decisão dos jogadores de seguirem protestando.

O mais surpreendente, porém, foi o posicionamento do dono do New England Patriots, Robert Kraft, que é amigo de longa-data e apoiador de Donald Trump. Ao contrário do que todos esperavam, no entanto, Kraft se colocou ao lado dos jogadores e contra o político.

“Eu estou profundamente desapontado com o tom dos comentários feitos pelo presidente. Tenho orgulho de ser associado com tantos jogadores que fazer grandes contribuições e imactam positivamente as nossas comunidades. Seus esforços, tanto dentro de campo quanto fora, faz com que as pessoas se unam e deixem o nosso país cada vez mais forte. Não existe  um jeito maior de unificar este país do que pelo meio do esporte e, infelizmente, nada mais divisor do que a política”, afirmou.

“Eu acredito que os nossos líderes políticos poderiam aprender muito pelas lições de trabalho em grupo e a importância de trabalhar junto em busca de um objetivo em comum. Os nossos jogadores são inteligentes e se preocupam muito com a nossa comunidade e eu apoio o direito deles de, pacificamente, reivindicarem por uma causa social em um jeito que eles sentem que é impactante”, completou Kraft.

  • Donos da NFL doaram milhões a Trump

Apesar de terem ficado contra Trump agora, os donos da NFL podem ser considerados “vira-casacas” na política americana, já que boa parte deles apoiou a eleição do republicano, inclusive com generosas doações de milhões de dólares durante a campanha do empresário contra Hillary Clinton.

Um dos que mais ajudaram o atual presidente foi Woody Johnson, proprietário do New York Jets. Em troca, Trump indicou o magnata, que é herdeiro do conglomerado Johnson & Johnson, para ser embaixador dos Estados Unidos na Inglaterra.

Além dele, Robert Kraft (New England Patriots), Jerry Jonas (Dallas Cowboys), Dan Snyder (Washington Redskins), Shad Khan (Jacksonville Jaguars), Bob McNair (Houston Texans), Stan Kroenke (Los Angeles Rams) e Edward Glazer (Tampa Bay Buccaneers) fizeram parte de um grupo que doou US$ 1 milhão (R$ 3,12 milhões) cada em uma “vaquinha” para a posse do republicano – cada empresário ainda fez outras doações em nome próprio ou de familiares.

Isso representou 1 de cada US$ 15 doados no geral para a posse do atual mandatário.

Segundo levantamento do jornal The Guardian, os donos de times da NFL doaram um total de US$ 8.052.410,00 (R$ 25,16 milhões) diretamente para o Partido Republicano, de Donald Trump, enquanto só US$ 189.610,72 (R$ 592,5 mil) foram para o Partido Democrata, de Hillary Clinton.

O maior contribuinte foi McNair, dos Texans, que deu cerca de US$ 7 milhões (R$ 21,9 milhões) em 61 doações para grupos conservadores durante o processo eleitoral.

Entre todas as ligas dos grandes esportes americanos, a NFL foi quem mais teve donos doando para Trump. Na MLB e na NHL, a maioria também apoiou o atual presidente, mas a diferença na proporção das doações não foi tão grande como no campeonato de futebol americano.

A única que teve mais contribuições para Hillary foi a NBA, com US$ 6.125.198,71 (pouco mais de R$ 19 milhões) indo para os democratas.

Com Cairo Santos perfeito e calouro infernal, Chiefs mantêm 100%; Titans furam defesa dos Seahawks.

Cairo Santos até deu um susto neste domingo. Ele foi para campo tentar um field goal de 51 jardas e errou. A jogada, porém, acabou sendo anulada porque o defensor Rayshawn Jenkins o acertou na hora do chute.
Cairo Santos até deu um susto neste domingo. Ele foi para campo tentar um field goal de 51 jardas e errou. A jogada, porém, acabou sendo anulada porque o defensor Rayshawn Jenkins o acertou na hora do chute.

O Kansas City Chiefs segue perfeito na temporada da NFL. E Cairo Santos também! Com mais um jogo sem erros do kicker brasileiro, a equipe do Missouri venceu mais um, mesmo jogando fora de casa: 24 a 10 no Los Angeles Chargers.

Cairo Santos até deu um susto neste domingo. Ele foi para campo tentar um field goal de 51 jardas e errou. A jogada, porém, acabou sendo anulada porque o defensor Rayshawn Jenkins o acertou na hora do chute.

O brasileiro até saiu sentindo dores, mas voltou pouco depois para converter um field goal de 34 jardas. Com isso, ele segue perfeito na temporada: três field goals convertidos em três tentados e 12 extra points certos em 12 tentativas.

Ufanismo a parte, o grande destaque dos Chiefs – e da NFL – segue sendo o calouro Kareem Hunt. Neste domingo, ele correu para incríveis 172 jardas, recebeu mais 11 e anotou um touchdown terrestre.

Foi o terceiro jogo consecutivo dele com um TD de pelo menos 50 jardas e o terceiro com mais de 100 jardas totais. Isso tudo, claro, em apenas três jogos na temporada. Uma bela maneira de começar a carreira.

Ao lado dos Falcons, os Chiefs são os únicos a começarem a temporada com três vitórias e nenhuma derrota. O Oakland Raiders, que visita o Washington Redskins ainda neste domingo, também pode se juntar ao grupo.

Pouco depois, foi a vez de DeMarco Murray. O running back pegou a bola ainda no campo de defesa, teve paciência para esperar os bloqueis e correu para anotar um TD de 75 jardas.

Foi também a corrida mais longa sofrida por Seattle desde 2009. Até hoje, a corrida mais longa para TD na era Pete Carroll era de ‘apenas’ 48 jardas.

O curioso é que a derrota veio mesmo com o melhor jogo de Russell Wilson na temporada. O QB dos Seahawks fechou o jogo com 373 jardas aéreas, quatro touchdowns e nenhuma interceptação, além de ter corrido outras 26 jardas.

E a torcida tem que agradecer Jordy Nelson. Ele anotou dois touchdowns, sendo o segundo o que empatou a partida. Assim, chegou a 66 TDs com a camisa dos Packers, ultrapassou Sterling Sharpe e se tornou o segundo com mais touchdowns na história da franquia, atrás apenas de Don Hutson (99).

Os Bengals ao menos comemoram não terem ido tão mal. O time sequer tinha anotado um touchdown até este domingo.

 

 

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