19/04/2024

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Por que Giannis, Luka, Zion e outros podem assumir o trono de melhor jogador da NBA; confira.

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Do Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br

Algumas vezes, um nome é o bastante para dizer tudo.

Michael, Shaq, Kobe, LeBron. Estrelas que não precisam de apresentação e que podem carregar todo o peso de um esporte em seus ombros.

Atualmente, a NBA está sob a dinastia LeBron, mas o trono não será para sempre dele.

Então, quem será o próximo?

Reunimos cinco astros, todos com menos de 25 anos, que podem ser a cara da liga na próxima década – quando chegar a hora de LeBron passar o bastão.

Giannis Antetokounmpo, o monstro em evolução

A história já deve ter sido repetida – e ouvida – várias vezes. Depois de uma derrota do Milwaukee Bucks, Antetokounmpo, irritado com uma atuação ruim, senta no vestiário com os pés em um balde de gelo. 40 minutos depois, ele volta à quadra e repete cada um dos lances em que pensa ter cometido um erro. Um depois do outro.

Os treinos pós-jogo, já nas madrugadas, não acontecem mais com tanta frequência. Mas a dedicação e seu biotipo assombroso estão entre as coisas que fizeram Kevin Durant, astro do Golden State Warriors, dizer que Giannis tem o potencial para ser o melhor da história.

“O Greek Freak, ele é uma força”, disse Durant em 2017. “Seu limite é… ele pode se tornar o melhor jogador de todos os tempo se quiser. Isso é assustador.”

O que é ainda mais assustador? Desde que Durant fez este comentário, um ano e meio atrás, Antetokounmpo ganhou quase 10 kg de músculos. Os Bucks se tornaram um dos melhores times da NBA, e com o treinador Mike Budenholzer levando sua tática de espaçar a quadra para arremessadores, Giannis ataca a cesta adversária sem muita dificuldade.

É fácil esquecer que Antetokounmpo tem apenas 24 anos de idade e ainda está melhorando – apesar de já estar entre os candidatos ao prêmio de MVP. Nesta temporada, ele se tornou um passador melhor, o que dificulta ainda mais o trabalho defensivo dos outros times. Com os chutadores espalhados, a eficiência de Antetokounmpo perto da cesta se tornou algo parecido com o que Shaquille O’Neal fazia. E ele lidera a liga arremessos convertidos dentro da área restrita do garrafão – com 422, 110 a mais do que qualquer outro jogador.

As conquistas do grego também estão se acumulando. Ele venceu o prêmio de Most Improved Player, o jogador que mais evoluiu, em 2017, e já levou o troféu de melhor do mês três vezes nesta temporada. Giannis também já foi duas vezes para o All-NBA Second Team, a segunda seleção da liga, e participou de seu terceiro All-Star Game – desta vez, foi capitão. Talvez o prêmio de melhor da liga não esteja tão longe assim.

— Malika Andrews


Luka Doncic, o garoto sensação

Doncic, com 19 anos de idade, já está ao lado de LeBron James entre os adolescentes que mais brilharam na NBA. Ninguém mais se compara a eles.

LeBron era o único jogador com menos de 20 anos de idade a ter médias de 20 pontos, 5 rebotes e 5 assistências… até Luka. Que, por acaso, já é conhecido apenas por seu primeiro nome. O esloveno teve médias de 20.7 pontos, 7.2 rebotes e 5.6 assistências até a pausa para o All-Star Game.

Vamos olhara para todos os calouros da história, e o clube de 20/5/5 ganha outros três membros: Michael Jordan, Oscar Robertson e… bom, Tyreke Evans, que venceu o prêmio de Calouro do Ano, mas não tem média de 20 pontos por partida desde então.

Claro que as estatísticas não bastam para Doncic, mas são um sinal favorável. Tudo indica que ele se tornará uma superestrela.

Doncic chegou na NBA como o prospecto europeu mais valorizado da história, e superou todas as expectativas com o Dallas Mavericks.

“Amo o fato de que ele consegue suportar todo o peso”, disse o treinador Rick Carlisle. “Ele acredita muito em si. É um dos jovens com mais carisma para dar confiança aos colegas de time.”

Luka era um campeão antes mesmo de estrear na NBA – liderou a seleção da Eslovênia e o Real Madrid a títulos na Europa. E ele tem a principal qualidade para o jogador que quer se tornar o próximo grande nome da liga: a habilidade para brilhar sob pressão.

O comprometimento dele à dieta e ao condicionamento físico. Este parece ser o ponto que decidirá o lugar de Doncic entre as lendas do basquete. Ele deve estar na elite nos próximos anos. A questão é por quanto tempo ele seguirá assim.

— Tim MacMahon


Joel Embiid, a versão moderna de Shaq

Quando procuramos um jogador que possa tomar um dos postos mais importantes da história da NBA – substituindo LeBron como a cara do esporte -, por que não escolher a maior estrela do esporte hoje?

Quando pensamos no que um atleta precisa ter para tomar este lugar, é fácil perceber nada falta para Joel Embiid.

Antes de tudo, ele é um tremendo jogador. Apesar de ter perdido suas duas primeiras temporadas com lesões, o pivô de 24 anos é uma das estrelas mais talentosas da NBA. Ele é parte importante do ataque do Philadelphia 76ers e o pilar da defesa, o que faz com que seja um dos jogadores mais valiosos da liga. Sem falar que sua ascensão ajudou a transformar o Processo em um time de elite.

Além disso, Embiid é uma personalidade feita para o mundo de hoje. A forma como trata as redes sociais – seja em Instagram ou Twitter – ajuda a entreter os fãs, e ele chama a atenção sempre que está em frente a uma câmera. Ele é, de todas as formas possíveis, uma nova versão de Shaquille O’Neal – outro cara que, por um tempo, foi o grande nome da liga.

Outro fator contrário a Embiid é o caminho que o esporte está seguindo. Com ênfase no espaçamento de quadra e arremessos de longa distância – o que torna extremamente difícil o trabalho de um pivô na defesa. Os maiores, Embiid e Rudy Gobert, por exemplo, sofrem contra times que tentam afastá-los da cesta.

Mas a NBA sempre foi uma liga ditada por seus ‘homens grandes’. De George Mikan a Bill Russell, Wilt Chamberlain, Kareem Abdul-Jabbar, Hakeem Olajuwon, O’Neal e Tim Duncan. Embiid é o herdeiro da rica tradição.

E quando o esporte sair da era LeBron James, o camaronês é um dos grandes candidatos a tomar o trono.

— Tim Bontemps


Anthony Davis, o próximo doutrinador

Anthony Davis já tem uma questão resolvida: o apelido. The Brow, a sobrancelha – ou, no caso dele, a monocelha. E sendo um dos jogadores mais habilidosos de toda a liga, Davis pode alterar o equilíbrio da NBA de acordo com suas ações.

Seja em um mercado grande ou pequeno, não importa. Se Davis mudar de franquia, seu novo CEP não irá definir a grandeza que pode ter no esporte. Mas a grande questão é: ele só chegou aos playoffs duas vezes, à segunda rodada, só uma. Para ser a nova cara da liga, Davis precisa dominar os maiores palcos.

Ele é um pouco mais velho do que os outros candidatos da lista – completará 26 anos em março -, mas isso também significa que ele já é uma estrela mais consolidada. Bom o bastante para brigar pelo MVP todas as temporadas, nome certo no All-Star Game e no All-NBA team.

A porta estará aberta para algum jogador entrar, mas o que irá separar os candidatos ao trono de LeBron é a habilidade de mudar toda a estrutura de forças da NBA. James redefiniu o conceito de poder dos jogadores, e a primeira tentativa de Davis fazer o mesmo ainda não funcionou.

Talvez ele seja o melhor jogador a entrar de verdade no mercado de trocas nas últimas duas décadas, e se acabar ao lado de outra estrela, receberá ainda mais atenção. Não que ele esteja esquecido no New Orleans Pelicans – Davis tem seus fãs lá -, mas não está no maior dos centros do país. Isso não é um requisito para se tornar a cara da liga, mas vencer é, e Davis precisa focar neste quesito nos próximos meses.

— Royce Young


Zion Williamson, o sonho

Impecável.

Até agora, não conseguimos achar algo de errado com Zion Williamson. Seus colegas de time amam jogar com ele, os treinadores amam treiná-lo. Ele é uma superestrela que trabalha duro. E faz algumas coisas interessantes.

Ele voa para dar tocos e recuperar bolas perdidas na quadra. Melhora os jogadores que estão ao seu lado e é um exemplo de companheiro de equipe no basquete universitário. Nem todos os atletas que sonham com a NBA podem sonhar com os atributos físicos de Zion, mas ele também ajuda a dar mais valor à competição e ao esporte disputado da forma certa – exatamente o que a NBA precisa de uma superestrela futura.

Mesmo que tenha fãs desde que se tornou uma sensação nas redes sociais por suas enterradas no Ensino Médio, Williamson ainda é um garoto de uma cidade pequena na Carolina do Sul. Ele é confiante, mas tem os pés no chão. É fácil ver que está se divertindo enquanto joga.

Quanto ao jogo, ele é perfeito para a NBA moderna. Força, competitividade e habilidade para defender todas as posições – além de criar jogadas no ataque e ter potencial para ser um armador/pivô, algo que astros como LeBron, Antetokounmpo e Ben Simmons fazem tão bem.

Zion não jogou em torneios de alto nível antes de chegar em Duke. Nem no Ensino Médio, nem com a seleção dos EUA em competições da FIBA. É um talento natural, o que faz com que seu potencial seja assombroso. Pensar que ele está aprendendo a arremessar bolas de três seria impensável um ano atrás. Ele ainda está começando a descobrir o que pode fazer.

Grandes promessas costumam pensar que precisam jogar em grandes cidades. Mas Zion não. Ele está acostumado com a vida no interior. Seus melhores momentos são espetaculares o bastante para que os olhos estejam sempre voltados para ele, principalmente com todas as redes sociais de hoje. Se ele viralizou com enterradas em Spartanburg, na Carolina do Sul, não terá problemas em Phoenix ou Cleveland.

Além de tudo, sua mentalidade faz com que ele ainda esteja longe de atingir um “produto final”. E isso faz com que Zion seja um candidato claro a se tornar o grande nome da NBA um dia.

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