19/04/2024

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Como o Golden State Warriors se reconstruiu para manter viva a dinastia de Curry, Thompson e Green. Entenda o fato.

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Por Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br

Após a saída de Durant e as lesões de Curry e Thompson, o Golden State Warriors teve que se reinventar para voltar às Finais .

Sair da pior campanha da NBA para uma vaga nas Finais em apenas duas temporadas não é um das coisas mais comuns. O Golden State Warriors, porém, passa longe de ser uma franquia comum. A equipe que se estabeleceu no topo remando contra a maré remou ainda mais forte para voltar até ele.

Após a derrota nas Finais de 2019 para o Toronto Raptorsa saída de Kevin Durant e as lesões graves de Stephen Curry e Klay Thompson, tudo parecia terra arrasada em San Francisco.

Quando a equipe teve que se esforçar para terminar a temporada 2019/2020 com apenas 15 vitórias após Steph quebrar a mão e completar a série de ausências, muitas franquias poderiam ter apertado o botão de pânico e começado a reconstruir do zero, como é o comum. Até possíveis especulações de uma troca envolvendo Curry começaram a aparecer na Califórnia.

Mas, novamente, os Warriors fugiram do comum. Confiaram no que já tinham estabelecido como fundação, na recuperação de suas estrelas e em jovens talentos que já chegassem prontos para contribuir.

“Quando os tempos eram ruins, que estávamos perdendo, acho que ainda tivemos um grupo de ótimas pessoas. Conseguimos manter a cultura no vestiário, mesmo que estivessemos perdendo”, disse o pivô Kevon Looney em entrevista coletiva. “É difícil de conseguir, mas acho que fomos muito bem. Mantivemos nosso estilo e cobramos o mais alto nível de todos”.

Antes da temporada de apenas 15 vitórias, os Warriors usaram a 28ª escolha do Draft de 2019 para selecionar Jordan Poole. À época, muitos chegaram a chamar de “pior escolha do draft”. Hoje, o camisa 3 é peça fundamental na equipe finalista.

Ainda naquela temporada, Golden State fez mais dois movimentos fundamentais.

Em julho de 2019, Steve Kerr fez algo raro e se envolveu nas decisões da diretoria, quase que obrigando que a franquia renovasse o contrato de Kevon Looney.

O pivô de números “fracos”, apenas 4,7 pontos e 4,8 rebotes por jogos até ali, parecia ser uma peça de reposição fácil, mas Kerr sabia que ele seria fundamental por entender o “estilo Warriors de jogar”.

Em fevereiro de 2020, Golden State trocou D’Angelo Russell por Andrew Wiggins. A escolha número 1 do draft de 2014 estava tendo um desempenho abaixo do esperado no Minnesota Timberwolves, mas, novamente, os Warriors confiaram em uma mudança. Em 2022, Wiggins foi selecionado para ser titular no All-Star Game.

Nem mesmo a segunda lesão gravíssima de Klay Thompson, que o tirou de mais uma temporada, fez os Warriors desistirem. Enquanto o camisa 11 se recuperava, Curry retornava e a franquia seguia desenvolvendo seus jovens. A pior campanha da temporada 2019/2020 virou a 2ª escolha do Draft de 2020.

Com ela, os Warriors selecionaram James Wiseman. O pivô, porém, também sofreu com muitas lesões e não conseguiu ainda se desenvolver na liga.

Em 2020/2021, os Warriors contaram com uma temporada absurda de Stephen Curry para terminar a fase de classificação na 7ª colocação da Conferência Oeste. No play-in, porém, a equipe perdeu para Los Angeles Lakers e Memphis Grizzlies e sequer foi aos playoffs.

Novamente, Steve Kerr e seus comandados sabiam que o principal tinha sido feito: nomes como Jordan Poole haviam começado a se desenvolver e a equipe tinha uma boa base para o retorno de Klay Thompson.

E foi o que aconteceu. Após adicionar mais nomes menos populares, mas que encaixaram perfeitamente no sistema, como Otto Porter Jr e Gary Payton II, os Warriors tinham a base perfeita para que Klay pudesse voltar com tranquilidade.

Quando o camisa 11 voltou a pisar em quadra, encontrou um time bem montado, com seus velhos parceiros sendo as estrelas, mas com um novo núcleo jovem.

Assim, os Warriors voltaram às Finais apenas dois anos depois de terem a pior campanha da liga e retomaram a Dinastia: são 6 finais nos últimos 8 anos. Dessa vez, com a promessa de que ela pode durar ainda mais.

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