Se as ondas não chegarem no Havaí, Gabriel Medina será o campeão mundial. Entenda o fato.
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Gabriel Medina estreou, na última sexta-feira (12/12), com vitória no Pipe Masters. O brasileiro triunfou na sua bateria e garantiu vaga direto no Round 3.
Aguinaldo Melo por espn.com.br.
Os últimos dias no WCT Pipe Masters foram de espera por ondas. Dos oito dias de janela de espera para a competição, apenas em três os surfistas da elite profissional foram para a água. Já foram, ao todo, 5 dias de paralisação, de 13 da janela de espera do evento.

Se ocorresse uma condição extrema e as ondas não mostrassem a cara em Pipeline, Gabriel Medina já poderia se considerar campeão mundial.
Extrema, pois nos últimos anos, somente um evento da ASP foi cancelado por falta de ondas: o Roxy Biarritz Pro, em 2013, um evento feminino da World Tour.
Caso isso acontecesse em Pipeline, a premiação seria dividida, assim como os pontos. Como Gabriel Medina está na liderança do circuito, o brasileiro seria o grande campeão mundial.
Improvável
Apesar da ansiedade do desfecho da corrida para o titulo mundial de surf da temporada 2014, a possibilidade da competição ser cancelada é extremamente remota. Cada etapa da ASP é escolhida levando em conta a qualidade das ondas nos últimos anos. O Pipe Masters não é diferente. A temporada na clássica onda havaiana só começa em novembro, começo de dezembro.
Estreia com vitória
Gabriel Medina estreou, na última sexta-feira (12/12), com vitória no Pipe Masters. O brasileiro triunfou na sua bateria e garantiu vaga direto no Round 3.
Gabriel surfou contra Dion Atkison e Reef McIntosh e pegou a primeira onda da bateria, que lhe rendeu 3.33. Chegou a ser ultrapassado por McIntosh, mas um tubo nota 5.50 devolveu a liderança ao brasileiro. Com a vitória, Medina se garantiu na terceira fase da competição, dando mais um passo rumo ao título mundial.
No Round 1, não há eliminação. O vencedor da bateria, com três atletas, avança para o Round 3 e os outros dois surfistas disputam uma repescagem. Mick Fanning, rival mais próximo de Medina na briga pelo título, também ficou em primeiro em sua bateria. Kelly Slater, por outro lado, liderou a disputa até os segundos finais, mas foi ultrapassado por Adam Melling. Kelly se recuperou no round 2 e agora terá que vencer e torcer para Medina ser eliminado no round 3 para continuar a ter chances de título.
Na próxima terça-feira (16/12) uma nova chamada será realizada, às 15h30. O Pipe Masters tem até o dia 20 de dezembro para ser finalizado. Medina está na sexta bateria da terceira fase, contra o havaiano e campeão do Prime em Haleiwa Dusty Payne. O ESPN.com.br e o WatchESPN transmitem os passos de Medina AO VIVO e na íntegra.
BATERIAS DO ROUND 3
1: John John Florence vs Adam Melling
2: Owen Wright vs. Fred Patacchia
3: Michel Bourez vs. Matt Wilkinson
4: Josh Kerr vs. Jadson Andre
5: Miguel Pupo vs. Filipe Toledo
6: Gabriel Medina vs. Dusty Payne
7: Kolohe Andino vs. Julian Wilson
8: Bede Durbidge vs. Ace Buchan
9: Mick Fanning vs. Jeremy Flores
10: Joel Parkinson vs. Sebastian Zietz
11: Nat Young vs. Kai Otton
12: Kelly Slater vs. Alejo Muniz
Medina a poucas baterias do título
Gabriel é quem tem mais chances de conquistar o título no Havaí. Ele depende apenas de si mesmo para vencer e tem a matemática extremamente ao seu favor. Mesmo assim, terá uma longa jornada no Pipe Masters, já que seus rivais são, nada mais, nada menos, que Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, e Mick Fanning, dono de três campeonatos mundiais e atual campeão mundial da ASP.
São muitos números, possibilidades e variáveis, de forma que é complexo pensar rapidamente no cenário da corrida pelo título. Por isso, montamos uma tabela com os resultados que o brasileiro precisa ter no Havaí para levantar o caneco.
A tabela mostra as possibilidades de resultados de Medina e o que seus rivais precisariam fazer para impedir o título dele em cada caso.