15/12/2025

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Fenômeno paraolímpico: ela é cega, ganhou 55 medalhas e hoje ajuda crianças; confira.

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Do Zigzagdoesporte.com.br por UOL, em São Paulo.

Scott Barbour/Allsport

Trischa Zorn disputa a Paraolimpíada de 2000, em Sydney

imagem: Scott Barbour/Allsport.

Se Michael Phelps, Usain Bolt e outros tantos multicampeões olímpicos são chamados de fenômenos, ela merece uma alcunha até mais forte. Cega desde o nascimento, Trischa Zorn era uma máquina de nadar e subir ao pódio. Até hoje, é a maior medalhista da história das Paraolimpíadas. São 55 medalhas no total, e a primeira prata só veio depois de 25 ouros.

Trischa teve aniridia, uma doença rara que consiste na falta congênita da íris do olho. A natação entrou em sua vida só aos 10 anos, quando se aventurou num clube na Califórnia. Seis anos depois, ela já era campeã paraolímpica: sete medalhas de ouro e três recordes mundiais nos Jogos de Arnhem, na Holanda.

Desde então, subir ao pódio virou uma rotina. Foram sete participações em Paraolimpíadas, com um total de 55 medalhas: 41 de ouro, nove de prata e cinco de bronze. Um bronze marcou sua despedida dos Jogos. Em 2004, em Atenas, ficou em terceiro lugar nos 100m costas em sua última prova. Ela tinha 40 anos.

Naquele ano, Trischa recebeu uma homenagem. Foi escolhida como porta-bandeira da delegação norte-americana na cerimônia de encerramento. Acabava sua trajetória na Paraolimpíada, mas sua dedicação continuava em outras áreas.

Ela virou professora de crianças com necessidades especiais e, como advogada, ajudou homens feridos em guerras e mulheres a conhecerem o paradesporto. Queria que o esporte ajudasse aquelas vítimas com graves lesões.

“Eu vejo pessoas que voltam de missões militares com lesões e isso realmente me inspira a fazer com que vejam o que eles têm e entendam que qualquer objetivo que tiverem em mente podem ser atingidos”, resumiu a ex-nadadora.

Trischa hoje dá nome a um prêmio para paratletas de destaque nos Estados Unidos, está no Hall da Fama da Paraolimpíada e ainda possui dois recordes que ninguém conseguiu quebrar, nos 200m costas e nos 400m medley. E tem também 55 medalhas que fazem dela um fenômeno.

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