‘Pior time’ da Libertadores, Nacional (PAR) visita Defensor por história e final inédita.
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Parece incrível, mas o modesto Nacional (PAR) vai ao Uruguai nesta terça-feira para enfrentar o Defensor e também para escrever mais algumas linhas da história do futebol. A equipe luta para chegar à sua primeira decisão e, mais do que isso, para se tornar e primeira a chegar à final da Libertadores mesmo após ter a pior campanha da primeira fase entre todos os classificados.
O Nacional paraguaio dividiu grupo com Atlético-MG, Zamora (VEM) e Independiente Santa Fé (COL). Ganhou duas, empatou duas, perdeu outras duas e só se classificou com uma suadíssima vitória com um gol aos 38 do segundo tempo diante dos colombianos. Foram apenas 8 pontos ganhos, com um saldo negativo de 2 gols.
Desde 1999, quando o emparelhamento da fase decisiva da Libertadores passou a levar em conta a campanha dos times – melhor primeiro colocado enfrenta o pior segundo, segundo melhor primeiro colocado enfrenta o segundo pior segundo, e assim por diante -, nunca a equipe que somou menos pontos foi à decisão.
O Nacional tem tudo para ser o primeiro a conseguir isso. O time paraguaio ganhou o duelo de ida por 2 a 0 e pode perder por um gol de diferença ou até por dois, desde que balance as redes ao menos uma vez. O clima, porém, segue sendo bastante contido na equipe. “Os 2 a 0 não nos garantem nada. Será complicado”, avisou o treinador Gustavo Morinigo.
Para se ter uma noção maior do feito que o Nacional pode alcançar, a equipe seria apenas a segunda da história do Paraguai a ir a uma decisão. Nem mesmo o Cerro Porteño, segundo maior campeão do país, conseguiu ir à final. Só o Olimpia, tricampeão continental, teve a honra de decidir – e ganhar – a Libertadores. O Nacional, que está em sua sétima participação no torneio, jamais havia passado da fase de grupos.
E o mais curioso é que a final pode ser disputada justamente entre as duas piores equipes da primeira fase, já que o San Lorenzo também somou apenas 8 pontos, mas teve um saldo positivo de um gol – os argentinos estão com um pé e meio na decisão depois de golearem o Bolívar no duelo de ida da outra semifinal.
Do outro lado do campo, porém, estará um time que também luta para fazer história. O Defensor já igualou o Danubio como único time do Uruguai com exceção dos gigantes Peñarol e Nacional a chegar a uma semifinal de Libertadores. E, claro, quer ir além.
“Em Assunção, a equipe jogou mal, e o resultado foi justo. Em casa, porém, temos que ser protagonistas, jogar com inteligência e com paciência, mas buscando o gol desde o início”, comentou o volante Andrés Fleurquin, capitão do time. “Estamos muito bem. Temos confiança que podemos reverter o placar. Temos consciência de que, no Paraguai, não fomos a equipe que mostramos ser antes do recesso para a Copa do Mundo”, completou o técnico Fernando Curutchet.
FICHA TÉCNICA
DEFENSOR-URU X NACIONAL-PAR
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai
Data: 29 de julho de 2014, terça-feira
Horário: 21h15 (de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques, do Brasil
Assistentes: Marcio Santiago e Cléber Lucio Gil, ambos do Brasil
DEFENSOR: Campaña; Ramón Arías (Etcheverry), Malvino, Nicolás Correa e Robert Herrera; Amado, Pais, Cardaccio e De Arrascaeta; Felipe Gedoz e Boghossian (Matías Alonso). Técnico: Fernando Curutchet
NACIONAL: Ignacio Don; Ramón Coronel, Raúl Piris, Leonardo Cáceres e David Mendoza; Marcos Melgarejo, Marcos Riveros, Silvio Torales e Derlis Orué; Julián Benítez e Brian Montenegro. Técnico: Gustavo Morinigo.
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