16/12/2024

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Mundial tem abertura no ‘Maracanã polonês’ e Brasil novato em busca de tetra inédito; confira.

5 min read

Antônio Strini, do ESPN.com.br.

Neste sábado começa o Mundial masculino de vôlei. A Polônia recebe pela primeira vez o evento, tendo como cidades-sede Breslávia, Bydgoszcz, Cracóvia, Gdansk, Sopot, Katowice, Lodz e Varsóvia. E 23 seleções terão pela frente o desafio de encerrar a hegemonia no campeonato do Brasil, atual tricampeão.

Para isso, porém, a equipe comandada por Bernardinho traz uma forte renovação comparando-se a anos anteriores. Desta vez, Giba, Serginho, Ricardinho e companhia estão inscritos apenas na história do voleibol mundial.

E para jovens como Wallace, Lucarelli e Renan, a competição promete duelos duros contra algozes recentes do Brasil como Rússia (campeã olímpica em 2012) e Estados Unidos (vencedor da Liga Mundial neste ano), além de Itália e Polônia.

Veja abaixo curiosidades do Mundial da Polônia

Os grupos

A – Polônia, Argentina, Sérvia, Austrália, Camarões e Venezuela (Breslávia)
B – Brasil, Cuba, Alemanha, Tunísia, Coreia do Sul e Finlândia (Katowice)
C – Rússia, Bulgária, Canadá, Egito, China, México (Gdansk)
D – Itália, Estados Unidos, Irã, França, Porto Rico e Bélgica (Cracóvia)

“O” estádio

DIVULGAÇÃO

Panorâmica do estádio que receberá jogos do Mundial de vôlei, na Polônia
Panorâmica do Estádio Nacional de Varsóvia, palco da abertura do Mundial de vôlei

26 de julho de 1983.

Um Maracanã com quase cem mil pessoas (95.887 pagantes) assiste à vitória do Brasil sobre a União Soviética… no vôlei! Uma estrutura foi montada no centro do “Maior do Mundo” para receber a partida, dona do maior público a céu aberto desse esporte.

30 de agosto de 2014.

A 18ª edição do Mundial, pela primeira vez na Polônia, terá o seu Maracanã para receber o jogo de abertura, neste sábado: o Estádio Nacional de Varsóvia. A seleção da casa enfrenta a Sérvia em duelo válido pelo grupo A com provavelmente 62 mil pessoas assistindo das arquibancadas. A arena construída para receber a Eurocopa de 2012, porém, terá apenas esse confronto. Mas o espetáculo, porém, já está garantido.

Brasil novato e o tetra

Nos Jogos Olímpicos de 2012, Giba, Ricardinho, Rodrigão e Serginho eram o elo entre a nova geração brasileira com aquela multicampeã (ouro olímpico em Atenas-2004 e tricampeã mundial). Quase 14 anos depois do início da era Bernardinho, os jogadores de hoje tentam se firmar e carregar ao vôlei nacional aquilo que muitos esperam: títulos.

Com relação à equipe medalha de prata em Londres há dois anos, seis são jogadores remanescentes (Bruno, Wallace, Lucão, Sidão, Leandro Vissotto e Murilo) e os outros seis, distintos (Lucarelli, Éder, Lipe, Raphael, Renan e Mário Júnior).

Caso a conquista venha, o Brasil se tornará o primeiro país tetracampeão consecutivo do Mundial, algo que nunca aconteceu – hoje a seleção canarinho se iguala à Itália com três títulos seguidos. Além disso, pode se aproximar da extinta União Soviética, maior ganhadora da história do campeonato, seis taças.

FIVB

Brasil derrotou a Rússia na sua estreia na fase final da Liga Mundial
Provável time titular brasileiro no Mundial: sem medalhões históricos de uma geração

Sem marmelada?

Há quatro anos, na campanha vitoriosa na Itália, a seleção brasileira viveu seu pior período eticamente falando: um jogo para perder e ter uma chave mais fácil na fase seguinte. Diante da Bulgária, Bernardinho mandou à quadra um time sem levantador e não fez questão nenhuma de buscar a vitória. Resultad: derrota por 3 a 0, vaias dos torcedores e um título manchado.

Após várias negativas, o líbero Mário Júnior admitiu a entregada: “O momento mais difícil foi entregar o jogo contra a Bulgária. No começo, eu não consegui. Não sabia como fazer, nunca tinha feito isso na minha vida antes. A gente tinha esse objetivo mesmo e foi superado. Antes de dormir, à noite, esquecemos e superamos. Jogamos de acordo com as regras do campeonato. No fim, deu Brasil por merecimento.”

Rivais

Estados Unidos, Itália, Polônia e Rússia. Quatro potências do vôlei aparecem como principais candidatos a destronar o Brasil do Mundial. Quem consegue?

Começando pelos EUA: a forte equipe já dá trabalho à seleção brasileira desde 2008, quando alcançou o ouro olímpico e deixou a favorita equipe de Bernardinho para trás. Agora, conquistou a Liga Mundial também em cima do rival sul-americano. Talvez chegue à Polônia como a mais bem preparada.

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Brasil não conseguiu compensar no vôlei o vexame do futebol
Brasil perdeu para os Estados Unidos na decisão da Liga Mundial deste ano

Enquanto isso, a Itália sonha com dias melhores para seu vôlei dominante nos anos 1990. Uma fornada nova de jogadores dá esperança, e vitórias sobre o Brasil na Liga Mundial lhes credenciam. Ainda que tenha perdido os três últimos jogos – dois na fase de grupos e a semifinal como anfitriã.

Os poloneses, campeões mundiais em 1974, tentam ser a primeira nação anfitriã a conquistar o Mundial desde a extinta União Soviética há 52 anos. Além do apoio da torcida, a seleção da casa conta com o jovem Stéphane Antiga como técnico e a experiência de Michal Winiarski e Lukasz Zygadlo para ajudar o time.

Já a Rússia tem um histórico recheado com o Brasil, com a vitória histórica de virada na final de Londres-2012 ainda na cabeça de todos os jogadores. Alexander Butko, Sergey Grankin, Alexey Spiridonov e Dmitriy Muserskiy estão entre os melhores jogadores do planeta, e a surpreendente eliminação na última fase de grupos da Liga Mundial para Brasil e Irã deve ter chacoalhado a equipe de Andrey Voronkov

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