Carlos Arthur Nuzman na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro
Carlos Arthur Nuzman na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Nesta semana, os principais dirigentes do esporte olímpico mundial estão reunidos em Lima, capital do Peru, para uma série de reuniões do comitê executivo do COI, e o assunto mais quente do momento não poderia ficar de fora: a investigação no Brasil de Carlos Arthur Nuzman.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê Rio 2016 foi alvo de busca e apreensão na última semana pela acusação de ter participado do pagamento de propina a membros do COI na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos no ano passado.

Nuzman está com os passaportes retidos e, com isso, ficou fora das reuniões em Lima, palco dos Jogos Pan-Americanos de 2019.

O presidente do COI, Thomas Bach, afirmou em entrevista coletiva estar ciente de todo o processo e garante que haverá punição caso fique comprovado o envolvimento do principal dirigente olímpico brasileiro no escândalo de corrupção.

“São atos cometidos por pessoas que vão contra o interesse e as regras do COI. Aqueles que infringiram-nas, serão punidos quando se tenham provas”, afirmou o cartola alemão.

No Peru, o COI ratificou Paris e Los Angeles como sedes das próximas Olimpíadas em 2024 e 2028, respectivamente, e fez questão de ressaltar o “jogo limpo” na escolha: “Não há nem uma pista de que tenha havido infração alguma das regras”.

Thomas Bach também apontou que o Comitê Olímpico Internacional mudou as regras para prevenir qualquer possibilidade de compra de votos em 2026, ano em que deve ser escolhida a sede dos Jogos de 2032.

“Agilizamos o sistema. Vamos ser mais proativos e técnicos. É um sistema que permite maior colaboração com as cidades candidatas, sem necessidade de fazer tanta campanha. Confiamos que desta maneira vai ser um passo na prevenção de qualquer tipo de manipulação do sistema de eleição”, declarou. “Ninguém está imune a ter problemas de credibilidade, e não podemos ignorar o passado. O que aconteceu antes das reformas será abordado com esses novos instrumentos”.