Resumo da Eurocopa até aqui e o que esta por vir; confira.
7 min read
Do Zigzagdoesporte.com.br por Carlos Fiúza com ESPN>com.br
Técnico da Inglaterra pede jogadores com ‘instinto assassino’ contra a Islândia.
com agência EFE.
GETTY
O técnico da Inglaterra, Roy Hodgson, pediu a seus jogadores que sejam “mais cruéis” e mostrem mais “instinto assassino” nas oitavas de final da Eurocopa. O adversário dos britânicos será a surpreendente Islândia, que avançou em segundo lugar no grupo F.
“Temos que manter o domínio que tivemos nas partidas até agora, mas talvez ser mais cruéis e ter um pouco mais de instinto assassino na frente o gol”, disse o comandante.
“Nosso aproveitamento na relação entre chances criadas e gols não é nada bom, e precisamos melhorar isso. Todo mundo sabe e todo mundo viu”, acrescentou.
Na fase de grupos, o English Teammarcou três gols: um contra a Rússia, dois contra Gales.
Hodgson também disse conhecer “muito bem” o sueco Lars Lagerback, um dos comandantes da seleção islandesa, e já avisou seus atletas que irão encontrar mais uma retranca pela frente
“Temo que não será uma partida diferente das que tivemos até agora, porque a Islândia não é um time que ataca muito. Não acho que teremos muitos espaços para jogar”, previu.
“A Islândia teve êxito até agora com uma organização defensiva muito forte, além de uma ética de trabalho excelente. Sabemos que eles foram muito bem nas eliminatórias, terminando na frente da Holanda, e desde então se destacaram ainda mais. Não será fácil para nós”, afirmou.
Inglaterra e Islândia se enfrentam segunda-feira, às 16h (horário de Brasília).
Sensação da Eurocopa, Islândia tem só 100 jogadores profissionais.
EFE/EPA/GEORGI LICOVSKI
Grande sensação da Eurocopa, tendo se classificado em segundo lugar no grupo F, deixando Portugal com o terceiro lugar, a Islândia não cansa de alcançar feitos notáveis em sua primeira vez no torneio da Uefa. O que espanta ainda mais na proeza da equipe é que KSI (Federação Islandesa de Futebol) tem um número minúsculo de atletas profissionais registrados – que se torna maiúsculo, porém, na realidade do país.
Segundo dados do Governo islandês, o país de aproximadamente 330 mil habitantes tem 33 mil pessoas que praticam regularmente o futebol. Destes, 23 mil estão registrados em clubes que fazem parte da KSI: são 15 mil homens e 8 mil mulheres.
E aí vem o mais impressionante: dos 15 mil homens, são só 3 mil adultos (acima de 18 anos), e destes, só 100 são registrados como jogadores 100% profissionais – ou seja, que exercem apenas a atividade de atleta, sem ter um segundo emprego para completar a renda.
Logo, a Islândia, com seus 330 mil habitantes, tem só 100 boleiros profissionais registrados no próprio país. Algo ínfimo perto dos números do Brasil, por exemplo.
No último levantamento feito pela CBF, publicado em fevereiro deste ano, foram encontrados 28.203 jogadores sob contrato. Ou seja, 282 vezes mais que na pequena ilha, que é o 10º menor país da Europa, com 103 mil km², e a menor nação em todos os tempos a disputar a competição continental.
Dos estão na Euro, no entanto, nenhum atua no futebol local. Sete jogam na Suécia, três na Noruega, dois na Dinamarca, dois na Itália, dois na Alemanha, dois em Gales, um na Inglaterra, um na Rússia, um na Suíça, um na França e um na Bélgica.
Ao todo, a Islândia tem 75 jogadores registrados em 14 ligas diferentes da Europa.
O sucesso, aliás, se deve em boa parte ao apoio dado pelo governo da pequena nação ao esporte. Crianças são incentivadas a praticarem atividades físicas desde a mais tenra idade, o que vem formando uma geração de esportistas natos, e, principalmente, bons futebolistas.
Além disso, há grande investimento em estrutura física, com a inauguração de estádios e centros de treinamentos, muitos deles indoor, para aguentar as gélidas temperaturas do país.
“Nós crescemos brincando fora de casa, fazendo atividade física. Muito disso se perdeu hoje, com as crianças sempre sentadas em frente aos computadores e smartphones. Tivemos que nos ajustar ao que está acontecendo no mundo e mudar essa história”, contou o treinador da Islândia, Heimir Hallgrimsson, em palestra realizada em dezembro do ano passado – ele dirige a equipe ao lado do experiente sueco Lars Lagerback.
EFE/EPA/UEFA
Também há grande investimento na teoria, com a formação de professores para as crianças. Não à toa, a Islândia tem quase 700 técnicos com a licença B da Uefa.
O número de atletas islandeses, aliás, é tão pequeno que os próprios jogadores se consideram melhores amigos, já que se conhecem e atuam juntos há muitos anos.
“Conseguir essa classificação com seus melhores amigos é perfeito, maravilhoso. Acredito que é isso que cada um de nós sente. Somos um grupo unido, e meus companheiros são meus melhores amigos”, disse o zagueiro Kari Arnason, após a vitória por 2 a 1 sobre a Áustria.
O número de torcedores da Islândia que viajou para a Eurocopa também é espantoso. Na últimaa quarta, havia cerca de 10 mil no Stade de France. Portanto, praticamente 3% do país.
“Conheço, ou ao menos reconheço de outras partidas, 50% dos nossos fãs. Isso faz tudo ser mais delicioso”, celebrou Arnason, um dos grandes nomes da geração que fez seu país galgar 100 lugares no ranking da Fifa em cinco anos e o levou pela primeira vez a uma Euro.
Nas oitavas, a Islândia encara a Inglaterra, terça-feira, em Nice.
Para Thiago Motta, reedição da última final não assusta Itália nem Espanha.
Com AgÊncia EFE.
GETTY
Titular na derrota para a Irlanda por 1 a 0 nesta quarta-feira em Lille, pela última rodada do grupo E da Eurocopa, o volante brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta já mudou o foco para o confronto de oitavas de final diante da Espanha, na próxima segunda-feira, e garantiu não temer o adversário.
“Não acredito que este duelo assuste qualquer um dos lados. São duas grandes equipes, com muita história, o que fala por si só. Tomara que seja um grande espetáculo, que as pessoas que vierem ao estádio possam se divertir”, afirmou o volante.
Itália e Espanha reeditarão a final de quatro anos atrás, em que ‘La Roja’ goleou por 4 a 0 em Kiev. Motta foi sucinto ao falar a receita para vencer a atual bicampeã no Stade de France. “A Itália tem de aproveitar suas qualidades”, resumiu.
Motta ainda garantiu que a derrota desta quarta não terá influência na preparação para a partida da próxima segunda-feira.
“Perder nunca é bom, Antes do jogo, sabíamos que seria difícil, eles estão muito bem fisicamente e levaram o jogo aonde queriam. Mas agora temos alguns um dias para nos prepararmos”, encerrou.
Alemanha corre contra o tempo para recuperar Boateng para as oitavas da Euro.
Agência AFP.
EFE
O departamento médico da Alemanha revelou nesta quinta-feira que está correndo contra o tempo para recuperar o zagueiro Jerome Boateng antes da partida contra a Eslováquia, pelas oitavas de final da Eurocopa, neste domingo.
O defensor do Bayern de Munique teve que ser substituído após machucar o tornozelo aos 31 minutos do segundo tempo da vitória por 1 a 0 sobre a Irlanda do Norte, na última terça-feira.
“O inchaço está diminuindo, mas ele e o departamento médico ainda estão trabalhando para melhorar”, disse o assistente-técnico da Alemanha, Marcus Song.
“Tomara que dê tempo dele se recuperar, mas eu não sou um profeta… Ainda temos dois treinamentos antes do jogo, então tudo pode acontecer”, acrescentou, em tom misterioso.
Boateng, por sua vez, se mostrou otimista.
“Estou sentindo dores, mas coloquei curativos para melhorar. Nosso departamento médico faz um excelente trabalho. Definitivamente conseguirei jogar no domingo”, apostou.
O atleta do Bayern vem mostrando excelente desempenho na Euro, especialmente nas partidas contra Ucrânia e Polônia. Contra os ucranianos, foi decisivo ao salvar uma bola em cima da linha, que por muito pouco não entrou.
Ao lado de Hummels, que será seu companheiro de defesa agora também em Munique, Boateng vem em grande fase desde a Copa do Mundo de 2014, quando conquistou o título. Ele tem 62 partidas pela seleção alemã.
About Author
