19/09/2024

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Torcedor que comoveu o Santos morre aos 15 anos de doença rara. LEIA E ENTENDA O FATO.

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Por Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br

Vitor Santos recebeu vídeo de Dorival enquanto estava internado com disganglionose intestinal, doença rara, não-hereditária e sem cura.

O adolescente Vitor Santos, de 15 anos, morreu nesta segunda-feira(02/09), em São José do Rio Preto (SP). O jovem estava internado desde 20 de junho com disganglionose intestinal, doença rara, não-hereditária e sem cura que compromete o funcionamento do intestino e impede a absorção adequada de nutrientes pelos órgãos. Desde a internação, o mundo do futebol havia se mobilizado em favor de Vitor, torcedor fanático do Santos.

O santista, que passou a sofrer com a doença aos 13 anos, media apenas 1,30m e chegou ao hospital com um peso de apenas 19kg. Por isso, foi internado direto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Base, algo raro para alguém com tão pouca idade.

Apesar da tristeza, foi em um ambiente tão solitário que ele conheceu a auxiliar administrativa Camila Aparecida Rodrigues Magalhães, que o ajudou a realizar desejos que pareciam distantes a um jovem de família humilde da cidade de Nova Granada, a 472 km de distância de São Paulo.

Camila, de 33 anos, se identificou de imediato com o paciente pelo fato de ela ter passado por 11 cirurgias quando era criança.

“Ele tocou meu coração logo de cara. Sempre dou ‘bom dia’ aos pacientes que estão nos leitos da UTI e, quando conheci o Vitor, ele havia chegado de uma cirurgia no intestino. Ele estava chorando e dizia que não aguentava mais viver, não aguentava mais as dores. Pedi que ele tivesse calma e perguntei como eu poderia ajudá-lo”.

Eles rezaram juntos. Durante a oração, a funcionária teve a ideia de se passar por uma ‘gênia da lâmpada’ e dizer que o adolescente teria direito a três desejos.

O primeiro, segundo ela, foi reunir toda a família (pais, irmãos, avós, tios e primos) de Vitor para visitá-lo no jardim do Hospital da Base, em São José do Rio Preto (SP). Depois, ele quis tomar suco de laranja, o que foi possível por meio de uma gaze molhada com o líquido, pois no início do tratamento, não era possível se alimentar a não ser por uma sonda no nariz.

Quando a médica responsável pelo tratamento liberou, ele pôde tomar o suco no copo. Os dois primeiros desejos, no entanto, não foram tão desafiantes quanto o último: o adolescente queria uma camisa do Santos.

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