26/07/2024

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Epidemia de dengue em São Paulo faz estragos em times do NBB. Entenda o fato.

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Fábio Aleixo Do UOL, em São Paulo.

  • JB Anthero/Divulgação

    Nezinho, ao centro, pegou dengue em LimeiraNezinho, ao centro, pegou dengue em Limeira

Repelentes, pulseiras de citronela, dedetização, limpeza de água parada e campanhas de conscientização. As armas são várias para tentar prevenir a dengue, mas o surto da doença em diversas cidades do interior paulista já afeta equipes que disputam o NBB, o campeonato brasileiro de basquete.

Limeira, Rio Claro e Liga Sorocabana – times localizados em municípios com alta incidência da doença – já tiveram ou ainda têm integrantes acometidos pela enfermidade.

Vice-líderes da competição, os limeirenses não poderão contar nos próximos dias com o armador Nezinho e o pivô Rafael Mineiro. Os dois foram diagnosticados com a doença na sexta-feira. Antes, dois garotos das divisões de base também haviam sido picados pelo mosquito transmissor Aedes aegypti. Isso mesmo com a diretoria fornecendo repelentes aos atletas e alertando sobre o perigo. O Ginásio Vô Lucatto também foi dedetizado pela prefeitura da cidade.

“Estamos fornecendo repelentes e alertando sobre o surto que atinge nosso município. Alguns atletas também têm tomado complexo B, que ajuda a prevenir. Mas, infelizmente,tivemos atletas pegando dengue. A situação é crítica e precisamos tomar cuidado”, disse Renato Lamas, supervisor do Limeira.

Desde o início do ano, já foram registrados 3.763 casos de dengue em Limeira e sete mortes podem ter ocorrido em decorrência da doença. A prefeitura tem demonstrado muita preocupação e criou uma página especial em seu site com diversas recomendações e lançou até o slogan “vamos juntos vencer esta guerra”.

Na vizinha Rio Claro, localizada a apenas 24 quilômetros de distância, seis jogadores do time local foram afetados pela doença e dois ainda estão em fase final de recuperação: o pivô Lucas Tischer e o ala Rafael.

“É um surto mesmo, pois cada um mora em um lugar diferente da cidade. Não existe um local específico que seja o foco. Não temos muito o que fazer a não ser fornecer repelente para os atletas usarem nos treinos e quando estão em casa. Alguns também aderiram à pulseira (de citronela). É uma epidemia”, disse o supervisor da equipe Marcelo Tamião.

Na última atualização feita pela Prefeitura de Rio Claro, na sexta-feira passada, eram 2.331 os casos de dengue já notificados.

“Jogamos contra Brasília (no dia 27 de fevereiro) e eles já vieram prevenidos”, completou Tamião.

Em números gerais, a situação da cidade de Sorocaba é ainda mais preocupante. De acordo com a secretaria de saúde do município, 12.780 pessoas já foram diagnosticadas com dengue. No time da Liga Sorocaba, porém, a única acometida pela doença foi a supervisora Anne Travassos.

“Graças a Deus ainda não tivemos nenhum outro problema aqui. Temos feito campanhas no Facebook (com a hashtag #‎LSBcontraDengue?) e colocamos faixas em nosso ginásio alertando a população sobre os cuidados a serem tomados. Além disso, fizemos parceria com farmácias aqui para fornecermos repelentes aos atletas”, disse Rinaldo Rodrigues, técnico e presidente da Liga Sorocabana.

Apesar da epidemia de dengue nestes três municípios, a Liga Nacional de Basquete (entidade que organiza o NBB) ainda não fez nenhuma alteração no local das partidas, nem fez recomendações especiais aos times que vão atuar nestas cidades.

“Até o momento nenhuma medida especial precisou ser tomada. Sabemos de casos pontuais em equipes, mas isso ainda não tem afetado o desenvolvimento do campeonato. Mas estamos atentos à situação”, explicou Paulo Bassul, gerente-técnico da LNB.

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