20/09/2024

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O Caso Sharapova e o doping; confira todos os detalhes.

5 min read

Do Zigzagdoesporte.com.br por Carlos Fiúza com espn.com.br.

Fabricante desmente Sharapova e diz que remédio não deve ser tomado por anos.

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Sharapova assume responsabilidade por doping: ‘Cometi um grande erro’

A empresa letã que fabrica o “meldonium”, substância que flagrou a tenista Maria Sharapova num exame antidoping no último Australian Open, desmentiu a russa nesta terça-feira.

Segundo a empresa, o tratamento com a substância deve ser feito de quatro a seis semana, não 10 anos – tempo que Sharapova alegou ter utilizado o remédio sob prescrição médica para evitar problemas cardíacos.

O remédio aumenta o fluxo sanguíneo. Desde o começo do ano a Wada (Agência Mundial Antidoping) baniu o “meldonium”, tornando-o proibido nos esportes mundo afora.

O “meldonium” ajuda na recuperação do atleta e vários esportistas já foram pegos desde que ele começou a ser proibido, em janeiro deste ano.

 

 Sharapova é abandonada por marcas e deve perder R$ 112 milhões por ano.

EFE/MIKE NELSON

Maria Sharapova Coletiva Doping 07/03/2016
Maria Sharapova durante a coletiva na qual anunciou o doping

Aos 29 anos, Maria Sharapova é a atleta que mais fatura no mundo, somando patrocínios pessoais e premiações do tênis. No entanto, após admitir, na última segunda-feira, que foi pega em um exame antidoping realizado durante o Australian Open deste ano, a russa pode ver seu faturamento recorde evaporar.

Nesta terça-feira, por exemplo, a Nike já anunciou que rompeu seu acordo de patrocínio com a ganhadora de cinco Grand Slams.

Ela tinha vínculo até 2018 com a fornecedora norte-americana, num contrato que valia cerca de US$ 8,7 (R$ 32,8 milhões) por ano, segundo aForbes – esse era o maior acordo existente entre a Nike e uma atleta.

Além disso, ela também foi abandonada pela fabricante de relógios TAG Heuer, com quem tinha contrato desde 2004, e pela fabricante de automóveis Porsche, que a ajudavam muito a faturar uma “bolada” por ano: só com patrocínios, ela ganhou 20,6 milhões de euros (R$ 85,7 milhões) entre junho de 2014 e 2015.

A própria Forbes calcula que Sharapova já ganhou US$ 200 milhões (R$ 756,3 milhões) ao longo da carreira com patrocínios, merchans e royalties. Não à toa, ela lidera a lista de atletas mais bem pagas do mundo por 11 anos seguidos.

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Sharapova assume responsabilidade por doping: ‘Cometi um grande erro’

Os próximos a romperem seus acordos com a russa devem ser a fabricante de cosméticos Avon, a operadora de cartões de crédito American Express e a água Evian, além das raquetes Head, todos apoiadores pessoais da jogadora de tênis.

Ela também pode perder o acordo com a Baron Chocolates, que pretendia fabricar um doce com seu nome para vender em vários países.

Outras fontes de renda da tenista que podem minguar são seus torneios de pré-temporada, que ela organiza em diferentes países – e, claro, ganha uma “bolada”. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ela sediou em Los Angeles, nos EUA, o “Maria Sharapova & Friends”. Agora, difícil saber se conseguirá apoiadores para organizar um novo evento do tipo.

Além disso, como deve enfrentar uma suspensão por doping, Sharapova perderá a oportunidade de ganhar os prêmios por participações em torneios, que lhe valem cerca de US$ 9,1 milhões (R$ 37,9 milhões) por ano em sua conta bancária.

Se ficar sem patrocínios e prize money, portanto, a atleta pode ver evaporar um faturamento total de US$ 29,7 milhões (R$ 112,3 milhões), disparado o maior do mundo para qualquer atleta – maior até mesmo que a de sua grande rival, a americana Serena Williams, que a derrotou diversas vezes em quadra nos últimos anos.

Ainda sem julgamento, Sharapova estará suspensa a partir do próximo sábado.

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Sharapova assume responsabilidade por doping: ‘Cometi um grande erro’

Ainda sem uma data de julgamento marcada, Maria Sharapova já sabe, ao menos, quais são os primeiros problemas que ela terá de enfrentar após revelar nesta segunda-feira que foi flagrada em um exame antidoping. Em contato com oESPN.com.br, a Federação Internacional de Tênis (ITF) explicou que a tenista russa está provisoriamente suspensa a partir do próximo sábado (12) e ficará afastada do esporte até segunda ordem.

Ainda segundo a entidade, Sharapova forneceu amostras para o Programa Antidoping de Tênis (TADP) no dia 26 de janeiro, durante sua participação no Australian Open, o único torneio no qual a russa se fez presente em 2016. A amostra foi analisada pela Wada (Agência Mundial Antidoping), onde foi flagrada substânciaMeldonium, usada para aumentar o fluxo sanguíneo e contida em um remédio que ela tomava havia dez anos.

Após ser constatado o uso da substância ilegal, Sharapova foi notificada na última quarta-feira (2) pela Wada e, ainda segundo a ITF, aceitou a acusação.

“Eu estava ficando doente com muita frequência. Eu tenho um histórico familiar de diabetes e isso foi uma das medicações que recebi para tratar”, explicou Sharapova, visivelmente abatida diante do ocorrido.

“Eu cometi um grande erro. Decepcionei meus fãs e o esporte. É meu corpo e sou responsável pelo que coloco e deixo colocarem em meu corpo”, assumiu a russa. “Não quero terminar a carreira assim. Quero voltar se eu tiver a chance”, completou.

Com o resultado positivo para a substância ilegal, a ex-líder do ranking ficará afastada até, provavelmente, ser julgada por uma comissão disciplinar.

 

Presidente de Federação Russa crê na presença de Sharapova na Rio 2016.

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Sharapova assume responsabilidade por doping: ‘Cometi um grande erro’

A notícia que chocou o tênis mundial nesta segunda-feira não abalou a Federação Russa de Tênis, pensando nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Em entrevista concedida pouco após Maria Sharapova confessar o resultado positivo de um exame antidoping realizado durante o Australian Open, Shamil Tarpishev, presidente da entidade, crê na presença da ex-número 1 do mundo nas quadras cariocas.

Em conversa à agência de notícias russa, Tarpishchev mostrou-se confiante sobre a punição à tenista, que está suspensa até ‘segunda ordem’ – julgamento, no caso – a partir do próximo sábado.

“Eu acho que isso não faz sentido (descartar Sharapova para a Rio 2016). Atletas possuem os seus fisioterapeutas para avisá-los. Eu acredito que Sharapova terá a chance de jogar na Rio 2016, mas vamos ver como as coisas irão se desenvolver”, declarou o dirigente.

Maria Sharapova, principal nome do esporte na Rússia, admitiu nesta segunda-feira o uso da substância Meldonium, usada para aumentar o fluxo sanguíneo e contida em um remédio que ela tomava havia dez anos.

A substância passou a constar como ilegal desde 1º de janeiro deste ano. Sharapova não sabia, manteve o remédio no dia a dia e acabou flagrada justamente no único torneio que participou em 2016, o primeiro Grand Slam do ano.

 

 

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