18/10/2024

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Maior da história, Slater caminha para mudar o esporte e fazer surfe não ‘depender do swell’.

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Henrique Munhos, do ESPN.com.br

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Norte-americano criou piscina de ondas e já teve empresa comprada pela WSL
Norte-americano criou piscina de ondas e já teve empresa comprada pela WSL

Kelly Slater está longe dos líderes na classificação geral do Circuito Mundial de Surfe (WCT), ocupando a 26ª colocação. Nada disso, porém, apaga a história construída pelo norte-americano, campeão mundial 11 vezes.

Já no final da carreira, se engana quem pensa que Slater não contribuirá para o futuro da modalidade.

Após 10 anos de trabalho, o norte-americano anunciou a inauguração, em dezembro de 2015, de uma piscina de ondas artificiais. “Isso é algo que sonhava quando criança. Através da ciência e alta tecnologia, fomos capazes de projetar e construir o que alguns diziam ser impossível”, disse o surfista.

Desde o início de maio, Kelly Slater vem convidando surfistas do circuito mundial para testar as instalações da piscina, que está localizada em um canal da Califórnia. Gabriel Medina foi um dos sortudos e, nas redes sociais, disse que “parecia de mentira”.

O sucesso foi tão grande que a Liga Mundial de Surfe (WSL) comprou a KSWC (Kelly Slater Wave Company), tendo participação de forma majoritária na empresa. Segundo comunicado oficial, “a WSL ainda acrescenta que a tecnologia revolucionária da KSWC cria inúmeras possibilidades para o futuro do esporte”. Os valores do negócio não foram divulgados.

 

O “futuro do esporte” citado pela WSL pode começar no porto de San Diego, onde existe um projeto ambicioso para a construção de uma piscina de ondas, além de hotéis, um mercado de frutos do mar e uma casa de espetáculos. Ao custo de US$ 1,4 milhão (R$ 4,6 milhões), este complexo não ficaria pronto, contudo, antes de 2019.

Dessa forma, Slater também poderá contribuir para o desenvolvimento da modalidade não favorecida pelo chamado “swell”, que é a formação de ondas de grande proporção. Durante as competições, muitas vezes a falta de swell paralisa as baterias por dias. Inclusive, a última etapa do WCT, disputada em Fiji, ficou parada por nove dias seguidos por conta das más condições do mar.

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Medina leva a melhor sobre Mineirinho e está nas quartas do Mundial de surfe

Agora, em Jeffrey’s Bay, na África do Sul, onde está sendo realizada a sexta etapa, não ocorre disputas desde o último domingo pela falta de ondas. Nesta sexta-feira, haverá uma nova chamada para a realização das quartas de final, e Slater é um dos oito melhores, enfrentando o australiano Josh Kerr logo na primeira bateria.

Por fim, o surfe ainda pode ser uma das novidades nos Jogos Olímpicos 2020, em Tóquio, no Japão. A modalidade, assim como outras quatro, já foram aprovadas e agora serão votadas pela Assembleia Geral do COI (Comitê Olímpico Internacional), em agosto, logo após os Jogos Rio 2016. Se confirmado, cogita-se a utilização de piscinas artificiais, e o modelo que mais se aproxima é o criado por Slater, um craque dentro e fora das águas.

 

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