‘Celeiro’ de craques, Brasil recebe a elite da base do surfe no Pro Júnior em Peruíbe.
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Aline Saraiva, para o ESPN.com.br
Dois campeonatos mundiais seguidos: 2014, com Gabriel Medina, e 2015, com Adriano de Souza. Dez surfistas na categoria mais importante do surfe mundial. Medina batalhando pelo bi este ano. Não há como negar que o Brasil faz parte da elite do esporte. E a previsão para os próximos anos é que o país continue bem representado.
Atualmente, são três brasileiros entre os dez melhores no WQS, categoria de acesso ao Circuito Mundial. Ian Gouveia, filho de Fabio Gouveia, Bino Lopes e Jesse Mendes estão na disputa pelas 10 vagas na elite em 2017.
Além disso, mais “brazucas” têm se destacado nas categorias de base. Com as três primeiras posições do Pro Jr, para atletas de até 18 anos, disputado no Peru, Wesley Dantas, irmão de Wiggolly, que está no WCT, Matheus Herdy e Kim Matheus já estão garantidos na disputa do Mundial, que acontecerá na Austrália, em janeiro.
Das 17 edições mundiais que já foram disputadas nessa categoria, o Brasil foi campeão em sete: Pedro Henrique (que hoje compete por Portugal, em 2000), Adriano de Souza (2003, o atual campeão da WSL), Pablo Paulino (2004 e 2007), Caio Ibelli (2011) e Gabriel Medina (2013), além de ter o atual campeão mundial, Lucas Silveira.
Apesar do sucesso no exterior, os atletas têm poucas chances de competir em praias brasileiras, pela falta de torneios.
E foi esse cenário que motivou o ex-atleta Thiago Polegar e a surfista profissional Larissa Florêncio a organizar o Nossolar Construtora Backfish Pro Júnior, que será disputado na Praia do Guaraú, em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, nos dias 15 e 16 de outubro, e valerá pelo título brasileiro da categoria. O evento contará os atletas que disputarão o mundial e também com Victor Bernardo, atual 42º no ranking da WQS, e Samuel Pupo, irmão de Miguel Pupo, que disputa o WCT.
Ao todo, serão 96 competidores de vários estados disputando a premiação de R$ 15 mil, com R$ 4 mil para o vencedor, além de uma moto, pranchas e skates. A formação de novos valores para o time brasileiro no Circuito Mundial é uma das grandes metas do torneio.
“Quase não estamos tendo campeonatos, então eu vejo a necessidade de motivar a molecada a entrar no mundo do surfe. Quero proporcionar pra galera um caminho bacana para a competição. Uma das motivações foi essa. A outra motivação foi o desafio de fazer um evento de alto nível. Já organizei eventos municipais e estaduais, mas esse é diferente, ganhou uma proporção muito maior do que a gente colocou no papel”, disse Thiago Polegar, que também comemora o apoio que está recebendo.
“Muita gente agradece e parabeniza. O retorno está sendo 100% porque o pessoal está reconhecendo o nosso esforço em fazer isso. É muito legal ver como um evento pode mobilizar uma cidade. Peruíbe está comprometida com o Pro Jr”.
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