08/12/2025

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Thaisa vê Superliga enfraquecida e exalta vôlei europeu: ‘Melhor escolha’. Leia excelente entrevista com Thaisa.

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ESPN.com.br com Agência Gazeta Press.

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Thaisa está atuando no vôlei de Turquia, no Eczacibasi Vitra
Thaisa está atuando no vôlei de Turquia, no Eczacibasi Vitra

Bicampeã olímpica, Thaisa é uma das principais esperanças do vôlei brasileiro, principalmente após as aposentadorias da oposto Sheilla e a central Fabi. Após ter passado por alguns times do país, a atleta resolveu se arriscar em uma experiência nova em 2016: atuar no exterior. Atualmente, a central defende o Eczacibasi Vitra, time da Turquia e detentor do título do Campeonato Mundial de clubes.

Agora, ela tem propriedade para analisar as diferentes realidades no esporte e revela que a Superliga está em baixa se for comparada ao torneio nacional turco. “Aqui, o nível é altíssimo”, disse Thaisa, que acrescentou que o enfraquecimento da Superliga se deve principalmente pela saída de grandes atletas do país.

Diante deste cenário, Thaisa exaltou que está feliz na Turquia e não se arrepende de ter escolhido o Eczacibasi Vitra, mesmo com o rodízio de atletas que realiza o técnico Massimo Borbolini, algo incomum nas equipes brasileiras. Para a bicampeã olímpica, a medida não desanima as jogadoras e faz com que todas tenham chance na equipe.

Apesar de viver um bom momento e de sentir-se realizada na Turquia, Thaisa não deixou de comentar a dolorosa derrota sofrida pela Seleção Brasileira de vôlei nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Uma das equipes favoritas e lutando pelo tricampeonato, o time comandando por José Roberto Guimarães acabou eliminado nas quartas de final para a China. Por isso, a central lamentou o desempenho do Brasil, bem como uma lesão em sua panturrilha, que a afastou dos dois primeiros jogos da seleção no Rio 2016.

Leia abaixo a entrevista completa com a central Thaisa:

O vôlei turco é hoje uma dos mais fortes, tanto que o Eczacibasi é o atual campeão mundial. A que você atribui essa força?
Thaisa: Investimento. Eles têm excelente planejamento, contratam o que tem de melhor, mundialmente falando. Por isso o sucesso da liga.

Como você se sente em relação ao revezamento que o técnico Massimo Borbolini, do Eczacibasi, realiza? Acha que é justo? Isso pode desanimar as atletas?
Thaisa: Acho totalmente justo. É uma regra do campeonato. Todas assinamos contrato sabendo dessa regra, e acho super bacana, porque tem espaço para todas jogarem, tanto nós, estrangeiras, quanto as turcas. Nada mais justo que elas joguem o principal campeonato do seu país. Jamais nos desanima, pelo contrário. Acho que nos motiva a estarmos sempre treinando forte e a nos destacarmos para o momento que em que somos acionadas e ajudarmos o time.

O nível da Superliga feminina é parecido com o do vôlei europeu?
Thaisa: Não. A Superliga é uma ótima liga, mas aqui na Europa é um campeonato bem diferente e acredito que seja mais forte pela quantidade de jogadoras de altíssimo nível que tem. E a Superliga só vem se enfraquecendo no momento em que vem perdendo as suas jogadoras para o vôlei dos outros países. O que é triste, no meu ponto de vista.

Pensa em voltar ao Brasil? Se sim, tem um time pelo qual gostaria de atuar?
Thaisa: Claro que penso. Não seleciono times. Vou aonde tiver uma boa estrutura.

O que você achou da reeleição de Ary Graça como presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB)? Alguns atletas, como o Murilo, criticaram o resultado.
Thaisa: Não tenho nada contra ele e o parabenizo pela reeleição.

Como bicampeã olímpica, e já tendo vivido grandes emoções nos Jogos de Pequim e Londres, foi diferente atuar ao lado da torcida no Rio?
Thaisa: Claro. Cada campeonato é uma situação diferente, uma sensação diferente. Obviamente que o fato de contar com a torcida a nosso favor e no nosso país é muito melhor e mais motivante.

Como a derrota para a China foi sentida por você? Achou que foi justo?
Thaisa: Da pior maneira possível. Mas foi justo. Não jogamos o nosso melhor, erros de estratégias também atrapalharam, e elas aproveitaram isso.

Acredita que poderia ter sido mais utilizada e ajudado a seleção na Olimpíada? A sua lesão na panturrilha foi a principal responsável por isso ou foi escolha do técnico?
Thaisa: Bom, um dia antes de entrar na Vila Olímpica, tive um estiramento na panturrilha. Isso me atrapalhou, tive que ficar fora dos primeiros jogos e de alguns treinamentos. Mas, devido à minha boa musculatura, juntamente com o trabalho do fisioterapeuta da seleção, Alexandre, me recuperei rápido e voltei a treinar. Nos dois primeiros treinos, fiz meio treino, mas depois disso comecei a treinar normalmente, forte e na mesma intensidade de todas as outras jogadoras. A partir daí estava pronta para entrar em quadra novamente e, quando fui acionada pelo técnico, fiz a minha parte.

Sua intenção é voltar a atuar pelo Brasil ou cogita aposentadoria da equipe nacional?
Thaisa: Estou totalmente focada na minha equipe e determinada em vencer tudo o que disputarmos. Não estou pensando em seleção brasileira nesse momento. Estou muito feliz. Estar jogando na Turquia, viver essa experiência, foi a melhor escolha que eu poderia ter feito.

Qual sua principal meta profissional no momento?
Thaisa: Fazer história no voleibol turco, assim como fiz no voleibol brasileiro. Essa é a minha meta.

 

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