Sofi Tukker: dupla fará show no Brasil
Sofi Tukker: dupla fará show no Brasil

Aos 27 anos, Tucker Halpern virá ao Brasil pela primeira vez. O músico, ao lado de Sophie Hawley-Weld, irá fazer um show no Audio Club, em São Paulo. Juntos, eles formam a banda Sofi Tukker, que foi indicada ao último Grammy na categoria “Melhor Gravação de Dance Music” pelo single “Drinkee”, que é cantada em português e expõe a ligação da dupla com o país verde-amarelo no ritmo musical único e peculiar dos dois.

Mas, antes da indicação ao Grammy e das turnês mundiais no começo de carreira, Tucker Halpern quase fez uma carreira em uma esfera completamente diferente: o esporte.

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Tucker Halpern, nos tempos de NCAA
Tucker Halpern, nos tempos de NCAA

Tucker Halpern jogou por três anos na universidade de Brown, em Porvidence, no estado de Rhode Island. Com 2,03m, Halpern era um ala que se destacava pelos chutes de três pontos e chegou até a ser comparado com o italiano Danilo Gallinari, hoje no Denver Nuggets.

“Eu era mais ou menos como Gallinari, quando ele jogava nos Knicks. Eu era um ala alto que chutava muitas bolas de três pontos. Eu usava o número 33 por causa de Larry Bird, que foi em quem eu me inspirei”, disse Halpern, ao ESPN.com.br.

“Eu estava bem perto de jogar na NBA, estava ali na beira. Eu provavelmente jogaria na Europa, mas tinha uma chance de jogar na NBA”, analisou.

Mas em 2013, sua carreira no esporte universitário teve que chegar ao fim antes do previsto. Apesar de médias decentes de 10 pontos, 3,6 rebotes, 2,0 assistências e um roubo por partida, ele não conseguiu continuar no basquete devido a sua saúde.

Halpern foi diagnosticado duas vezes com o vírus Epstein-Barr, que causa fadiga e prejudica o sistema imunológico. Na primeira vez, em 2011, ele ficou cerca de nove meses na cama sem praticamente conseguir levantar e teve que fazer testes físicos em sete ocasiões até ser liberado pelo time, em 2013.

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Tucker Halpern tocava bateria na infância
Tucker Halpern tocava bateria na infância

Mas seu retorno foi breve, a doença voltou a dar as caras, ele teve problemas de resistências e dores nas costas, e os médicos não o liberaram mais para jogar basquete neste nível.

“É uma doença comum, mas meu sistema imunológico não conseguia lidar com isso”, contou o músico, à reportagem.

“Foi uma pena. Eu fiquei bem triste. Mas quando eu estava doente foi quando eu aprendi e me reerguer e por isso consigo fazer o que faço agora. Tudo acontece por um motivo”, completou.

Halpern chegou a realizar testes no Boston Celtics, inclusive com o brasileiro Fab Melo, falecido no último mês.

A desistência obrigatória do basquete abriu uma nova janela para o jovem, que decidiu se dedicar à música, algo que já admirava desde a infância.

“Quando eu era mais jovem eu tocava bateria em bandas de garagem, esse tipo de coisa. Mas não levava muito a sério porque nunca tive muito tempo para me dedicar. Era algo que queria ir atrás, mas nunca tive tempo. Aí quando fiquei doente eu pensei que poderia ir atrás, já que não teria mais o basquete. Aí eu comecei a aprender sobre música”, lembrou.

Tucker Halpern havia conhecido Sophie no último ano de faculdade. Ele se formou em história da arte e arquitetura e se juntou à amiga para começar a fazer um som. A coisa foi ficando séria e logo no primeiro álbum lançado pela dupla eles já tiveram um single indicado ao Grammy.

“Eu nunca pensei que faria música com apelo para esse tipo de coisa. Então foi um choque e é um sentimento incrível”, disse Sophie, que morou no Rio de Janeiro por 6 meses e aprendeu sobre a língua portuguesa que utiliza em suas músicas, ao ESPN.com.br.