Neste período, o clube acumulou seis jogos sem vencer, vendeu três jogadores, testou formações diferentes e não repetiu escalação nem uma vez sequer. Para piorar, com a derrota para o Flamengo no último domingo, o São Paulo entrou na zona de rebaixamento pela primeira vez neste Brasileiro.

  • Derrotas e aproveitamento
  • O último triunfo do São Paulo foi na quinta rodada, contra o Vitória. O resultado deixou o time do Morumbi na sétima posição, com nove pontos e 60% de aproveitamento – três vitórias e duas derrotas, em cinco jogos.

    Se até aquele momento a equipe paulista havia somado mais da metade dos pontos disputados, a sequência trouxe um cenário totalmente diferente.

    Foram seis jogos: quatro derrotas (Corinthians, Atlético-PR, Flamengo e Atlético-MG) e dois empates (Sport e Fluminense). 18 pontos em jogo, dois somados e apenas 11% do total.  Este fraco desempenho permitiu que outros times ultrapassassem o São Paulo, que entrou no Z4.

    As aspas foram ditas por Vinícius Pinotti, diretor-executivo de futebol do São Paulo, para justificar as inúmeras saídas de jogadores do clube. No começo do ano, David Neres e Lyanco já tinham se transferido para a Europa, mas em junho o número de baixas triplicou.

    No segundo dia do mês, Luiz Araújo foi vendido ao Lille, da França, mas ainda teve tempo de entrar em campo na derrota para a Ponte Preta, dois dias depois.

    No mesmo dia, foi noticiada a venda de Thiago Mendes também para o time francês. Porém, o São Paulo e o jogador desmentiram a informação e afirmaram que o meia seguiria no Morumbi. A promessa não se concretizou e, na última semana, Thiago se transferiu para o Lille.

    Com as derrotas em sequência, a defesa são-paulina se tornou cada vez mais questionada e alguns jogadores não conseguiram se sustentar. Maicon, que antes era um ponto de confiança no elenco, se tornou alvo de críticas e foi vendido para o Galatasaray, da Turquia.

    Mas não para por aí. O atacante Chávez, que estava emprestado até o final de junho, foi liberado antes do fim do mês e retornou ao Boca Juniors, da Argentina. Sem falar em João Schmidt, que já havia acertado sua ida para a Atalanta, da Itália, e também deixou o Morumbi em junho.

    Além das vendas consumadas, o zagueiro Lucão não deve mais atuar pelo time tricolor. O atleta falhou no derrota para o Atlético-MG, foi vaiado e deixou o gramado dizendo que estava de saída do São Paulo. Desde então, o jogador está afastado do elenco.

    O desmanche do São Paulo não se resumiu apenas àqueles que entram em campo. Na última sexta-feira, o auxiliar de Rogério Ceni, o inglês Michael Beale, alegou problemas pessoais e pediu para deixar o time tricolor.

    Em certa ocasião, Pinotti afirmou: “A gente tem planejamento de reforçar o time, então chegarão mais do que sairão”. De fato, chegaram mais atletas neste mês de junho. O meia argentino Jonatan Goméz e o zagueiro equatoriano Arboleda desembarcaram em São Paulo.

    O atacante Maicosuel, o volante Petros, ex-Corinthians, e o atacante Denílson também foram adições da diretoria são-paulina ao plantel da equipe.

    O período contou com duas renovações de jogadores do São Paulo. Alvo do Ajax, o lateral Júnior Tavares acertou sua permanência até 2021. Já o zagueiro Lugano, depois de uma longa novela, fechou um novo contrato com duração até o fim de 2017.

  • Formações e Escalações
  • Em seis partidas, Rogério Ceni não repetiu a escalação nenhuma vez. Foram mudanças em todos os setores, com exceção do goleiro Renan Ribeiro. Ao todo, neste período, 21 jogadores diferentes foram titulares.

    Como se não bastassem as alterações, o treinador do time tricolor também mexeu no padrão tático da equipe. Alternando esquemas com dois ou três zagueiros, Rogério não conseguiu a melhor disposição para os jogadores são-paulinos em campo.