Que tiki-taka que nada; no Brasileiro, posse de bola é caminho para a derrota.
2 min readPaulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
Guardiola, e o seu amor pela posse de bola, seria um alienígena se trabalhasse no Campeonato Brasileiro. Com dados do TrueMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN, o blog levantou o índice de posse de bola dos 20 clubes que disputam a competição em 2017 nas vitórias e nas derrotas. E o resultado é uma condenação categórica à estratégia de ficar com o controle da bola.
Das 20 equipes, 17 têm melhores resultados quando ficam menos com a bola no pé. O Grêmio têm marca idêntica tanto nas vitórias quanto nas derrotas e só o Bahia tem um índice maior nos triunfos do que nos fracassos. O Corinthians ainda não perdeu, mas nas três vezes que empatou teve 61,4% de posse de bola, contra apenas 50,1% nas 11 vitórias que acumula.
Em alguns clubes a diferença é enorme. O São Paulo venceu apenas três jogos, todos ainda com Rogério Ceni no comando. E nessas partidas teve apenas 46,6% da posse da bola. Já nas oito derrotas, o domínio da pelota do time dispara para 56,6%.
O Palmeiras de Cuca é outro que é muito mais eficiente quando fica menos com a bola: 53,6% nas vitórias e 58,7% nas derrotas.
No caso de 15 clubes, as derrotas aconteceram com média de posse de bola acima dos 50%. E no caso das vitórias, só quatro ultrapassaram esse patamar.
Compara o índice de posse de bola de cada time
Time Nas vitórias Nas derrotas
Flamengo 56,2% 60,6%
Palmeiras 53,6% 58,7%
Grêmio 51,7% 51,,7
Corinthians 50,1% –
Sport 50,0% 56,0%
Coritiba 47,5% 51,5%
Bahia 47,5% 46,7%
Vasco 47,2% 49,2%
Cruzeiro 47,0% 50,2%
Santos 46,9% 55,4%
São Paulo 46,7% 56,6%
Fluminense 46,2% 51,8%
Atlético-MG 46,2% 61,9%
Chape 45,7% 56,1%
Ponte Preta 45,6% 54,6%
Vitória 44,5% 51,9%
Botafogo 43,3% 47,7%
Atlético-GO 41,2% 44,0%
Atlético-PR 37,7% 55,6%
Avaí 30,5% 50,5%