14/03/2025

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Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br

Maradona diz que Neymar é ‘fenômeno’, mas alerta sobre cai-cai: ‘Tem que mudar o chip na cabeça’.

Neymar segue sendo o centro das atenções na Rússia após suas últimas atuações com a camisa da seleção brasileira na Copa do Mundo. Desta vez, quem opinou sobre o camisa 10 foi outro que vestiu o mesmo número: Diego Armando Maradona.

Em entrevista ao jornal espanhol Marca, o ídolo argentino pregou cuidado ao ex-santista, uma vez que o árbitro de vídeo pode fazê-lo entrar em apuros caso ele siga se jogando nas partidas

“Cai-cai? Ele tem que saber que hoje, se você se joga, é cartão amarelo. E o VAR existe. Já aconteceu uma vez contra a Costa Rica. Nisso, ele tem que mudar um pouco o chip na cabeça dele”, comentou.

Maradona ainda aproveitou para encher Neymar de elogios e crê que o brasileiro está, realmente, entre os melhores jogadores do mundo na atualidade.

“Neymar também é um fenômeno. Ainda falta um pouco a ele, mas, sim, ele é. Se ele se recuperar de sua última lesão, podemos desfrutar melhor dele na Rússia”, completou El Pibe, rememorando seu infortúnio em partida do Paris Saint-Germain, contra o Olympique de Marselha, em fevereiro, que quase o tirou da Copa da Rússia.

Na última sexa-feira, em entrevista coletiva, quem reclamou do estilo de jogo do craque foi Andrés Guardado, capitão do México. De acordo com o meio-campista do Bétis, que será adversário da seleção brasileira nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), pelas oitavas de final, é papel dos árbitros coibirem suas ações em campo.

“Todos o conhecemos, não corresponde a mim nem a nós julgá-lo, mas sim aos árbitros e à Fifa, que agora com o VAR têm que ver seu estilo de jogo, saber controlá-lo”, afirmou.

“Sabemos que ele gosta de exagerar as faltas, se jogar muito. Aqueles que têm que dar um basta são os árbitros, não nós”, continuou Guardado.

 

a história da pressão invisível entre Messi e Ronaldo nas Copas.

Você fala de um e o outro vem à mente. Em uma era de “8 ou 80”, eles dividem ódios e amores, seguidores e haters. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Gostar de um cria, quase que obrigatoriamente, o dever de criticar o outro. O fato é que a dupla manda no futebol há uma década. Eles mexem com a cabeça dos fãs. E, quem sabe, um mexe muito com a cabeça do outro.

O histórico dos rivais mostra que, quase sempre, quem joga antes do adversário em Copas do Mundo leva a melhor. Não apenas individualmente, mas também no coletivo. Sabe o jargão esportivo “Ganhar o jogo de véspera”? Em Messi x Ronaldo, ele é quase lei. Em Messi x Ronaldo, até comemoração de gol vira provocação.

A pressão da véspera faz sentido? O jogo entre eles, mesmo subconsciente, invisível, também é mental?

2006 para esquecer

É a exceção que confirma a regra. A história dos rivais nas Copas começou em 2006, quando eles ainda não eram “o Messi” e “o Ronaldo” de hoje. A vantagem era do português, que já havia conquistado uma vaga como titular na seleção portuguesa comandada por Luis Felipe Scolari. Já o argentino ainda oscilava e não era unanimidade na equipe comandada por José Pékerman, ora titular, ora reserva.

Naquele Mundial, a Argentina caiu nas quartas de final, e Portugal foi 4º colocado, a melhor posição desde o 3º lugar na Copa-1966.

Na primeira fase, Ronaldo e Portugal foram melhores, mas a comparação se torna capenga. Por exemplo, a Argentina bateu Costa do Marfim, mas Messi. Portugal, com Ronaldo, estreou no dia seguinte vencendo Angola. Portugueses e argentinos jogaram no mesmo dia na terceira rodada e, dessa, vez, foi o então candidato a craque luso quem acabou fora da equipe.

Dá para dizer que é uma Copa a ser ignorada: não há critério a ser seguido. A conclusão é: como eles ainda não tinham a expressão da última década, não havia pressão de um sobre o outro.

 

Uruguai x Portugal: por que jogo das oitavas tem tudo para ser a grande carnificina da Copa do Mundo.

Francisco De Laurentiis e Mark Ogden, de Sochi (RUS).

Uruguai x Portugal, neste sábado, às 15h (de Brasília), pelas oitavas de final da Copa do Mundo 2018, dificilmente será uma partida pacífica. Na verdade, esse confronto tem grandes chances de ser a maior “carnificina” do Mundial da Rússia.

Na verdade, uma Copa não é uma Copa sem pelo menos um jogo cheio de pancadaria entre dois times que não cedem nem um centímetro do campo. E esse duelo América do Sul x Europa é o grande concorrente a se encaixar na descrição.

Talvez seja injusto prever tudo isso, mas vamos considerar as personalidades envolvidas no confronto no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi.

O brasileiro naturalizado português Pepe e os uruguaios Luis Suárez e Diego Godín ganharam com méritos suas reputações de jogarem sempre no limite da lealdade.

E até mesmo Cristiano Ronaldo pode ter momentos de descontrole se a ocasião pede, como o craque mostrou na partida contra o Irã, quando deu sorte de levar apenas cartão amarelo após acertar uma cotovelada em um rival.

E os dois países já protagonizaram grandes “carnificinas” em Mundiais passados.

Na Copa de1986, por exemplo, Ernie Walker, secretário-geral de Associação de Futebol da Escócia, disse uma forte frase após a seleção escocesa, então comandada por Alex Ferguson (que viria a se tornar a grande lenda do Manchester United anos depois), ser eliminada na primeira fase da competição com um violento empate por 0 a 0 com o Uruguai.

“Hoje nós nos colocamos frente a frente no campo de futebol com um time composto de trapaceiros e covardes. Tivemos que jogar contra a escória do futebol mundial”, disparou.

Na partida em questão, o zagueiro uruguaio José Batista foi expulso com apenas 39 (sim, trinta e nove!) segundos de jogo, após uma falta brutal, punida com o vermelho direto pelo árbitro francês Joël Quiniou antes mesmo do cronômetro completar sua primeira volta.

Mesmo com a expulsão relâmpago, porém, a Celeste segurou o 0 a 0 e foi para as oitavas, mandando a Escócia e seus gentlemen para casa – ao fim do dia, o sentimento uruguai foi de devem cumprido e danem-se as consequências.

A história foi parecida há quatro anos, quando o Uruguai eliminou a Itália na fase de grupos, em Natal, no famoso jogo em que o atacante Luis Suárez mordeu o ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini.

E tudo isso quatro anos depois de Suárez fazer uma “defesa” na semifinal contra Gana, na Copa do Mundo da África do Sul, impedindo o gol que teria levado as “Estrelas Negras” para a semifinal – o Uruguai acabou se classificando nos pênaltis.

E assim como os uruguaios, os portugueses estão mais do que preparados para lutar duro (e, por vezes, de maneira suja), para conseguir um resultado.

No Mundial de 2006, os lusos de Luiz Felipe Scolari derrotaram a Holanda por 1 a 0 no jogo que ficou conhecido como “A Batalha de Nuremberg”, avançando às quartas de final.

A partida comandada pelo árbitro russo Valentin Ivanov teve recorde de cartões da história das Copas: quatro vermelhos (Deco e Costinha por Portugal e Boulahrouz e Van Bronckhorst pela Holanda) e 16 amarelos.

Já no jogo das quartas, contra a Inglaterra, quem se esquece da piscadela de Cristiano Ronaldo após convencer o árbitro a expulsar o atacante Wayne Rooney, seu então companheiro no United, por um pisão em Ricardo Carvalho?

O árbitro nem precisava do incentivo extra, mas CR7 fez questão de insistir…

Historicamente, as duas nações tiveram que batalhar para obter aceitação e respeito de nações maiores e de maior sucesso na Europa e na América do Sul. Então, jogar a ferro e fogo tornou-se também uma necessidade ao longo dos anos.

E o jogo deste sábado carrega um fator extra: como os dois times já estão bem envelhecidos, pode ser a última chance de buscar a glória mundial para atletas como Luis Suárez, Godín, Pepe, Quarema e Cavani, que dificilmente estarão no Catar em 2022 – Cristiano Ronaldo, este Peter Pan do futebol, até tem boa chance de estar por lá aos 37 anos.

Questionados sobre a possibidade de um jogo violento e até certo ponto tedioso, sem grandes chances de gol para os dois lados, o técnico Óscar Tabárez, do Uruguai, e o volante Adrien Silva, de Portugal, deram suas opiniões.

“Não sei como vai ser a partida, se será tediosa… Se for tediosa e ganharmos, para mim está bom. Vou comemorar igual”, disparou Tabárez.

“Não acredito em um jogo agressivo ou duro, no sentido rim da palavra. Acredito, sim, num grande embate entre duas grandes seleções e dois bons times”, opinou Adrien.

A única certeza, porém, é que nenhum dos dois times irá ceder um milímetro sequer de terreno em Sochi até o apito final do árbitro mexicano Cesar Ramos.

Talvez não seja um jogo bonito, mas certamente será interessante.

E talvez devesse ser censurado para os menores de 18 anos…

 

México leva vantagem ‘maquiada’ sobre Brasil em mata-matas; entenda.

Antônio Strini, de Sochi (RUS).

Brasil e México vão se enfrentar pela 41ª vez na história na próxima segunda-feira, em Samara, às 15h (de Brasília), no primeiro encontro entre as seleções no mata-mata de uma Copa do Mundo.

A vantagem brasileira é grande no principal torneio do futebol: quatro jogos, três vitórias e um empate – todos os jogos, no entanto, foram na fase de grupos.

Os dois países já se encontraram por cinco vezes em confrontos eliminatórios, e daí quem está melhor é o México: três vitórias, duas derrotas – isso sem levar em conta, por exemplo, a final dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

Aqui, porém, é preciso relativizar a vantagem norte-americana. Nas três vitórias mexicanas, o Brasil não estava com seu principais jogadores.

Em janeiro de 1996, na final da Copa Ouro, o México ganhou por 2 a 0 da seleção brasileira pré-olímpica, que disputaria os Jogos em Atlanta (EUA). O time canarinho comandado por Zagallo foi a campo com: Dida; Zé Maria, Carlinhos, Narciso e André; Flávio Conceição, Amaral (Beto) e Arílson (Zé Elias); Jamelli (Leandro), Caio e Sávio.

Em julho de 1999, na semifinal da Copa América no Paraguai, o Brasil completo – que seria campeão – ganhou por 2 a 0, gols de Amoroso e Rivaldo.

Um mês depois, as duas seleções se reencontraram na decisão da Copa Ouro na capital mexicana, e o jogo foi pra lá de empolgante: 4 a 3 para os donos da casa. A seleção canarinho, no entanto, também estava com poucas peças que ganharam a Copa América: Dida; Vampeta, João Carlos, Odvan e Serginho; Flavio Conceição, Emerson, Beto (Roni) e Zé Roberto (Warley); Alex e Ronaldinho.

Em 2003, em outra final da Copa Ouro, o México venceu na prorrogação por 1 a 0, gol de Daniel Osorno. Naquela competição, o Brasil estava com outro time pré-olímpico, mas que daria vexame ao não se classificar para os Jogos de 2004 em Atenas: Gomes; Elano, Alex, Edu Dracena e Wendell; Paulo Almeida (Dagoberto), Dudu Cearense, Daniel Carvalho e Diego (Nilmar); Robinho e Marcel (Adailton). O técnico era Ricardo Gomes.

O último duelo em mata-mata aconteceu há quase 14 anos, no Peru, pelas quartas de final da Copa América. A seleção pentacampeã mundial não tomou conhecimento e goleou por 4 a 0, gols de Alex, Adriano (duas vezes) e Ricardo Oliveira.

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