Por que o Palmeiras considera ter feito ‘negócio da China’ ao negociar zagueiro Juninho com o Bahia. Entenda o fato
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espn.com.br por Francisco De Laurentiis.
Na última quarta-feira, o Bahia anunciou a contratação em definitivo do zagueiro Juninho, do Palmeiras.
E, segundo fontes do clube alviverde ouvidas pela ESPN, a venda foi considera um verdadeiro “negócio da China”.
Isto porque, em 2017, o time paulista pagou cerca de R$ 10 milhões para comprar o atleta do Coritiba.
No Palestra Itália, porém, Juninho jamais rendeu o esperado, e o temor era o de que o Palmeiras “morresse” com um belo prejuízo, sem nunca conseguir negociar o defensor.
Em julho deste ano, porém, o clube palestrino emprestou o zagueiro ao Bahia na esperança que ele se valorizasse e atraísse a atenção. E deu certo.
Até o momento, o jogador já disputou 20 partidas (com 1 gol marcado) pelo time nordestino, e seu desempenho agradou muito à diretoria baiana.
Com isso, o clube de Salvador resolveu investir: gastou 1,3 milhão de euros (R$ 5,79 milhões) e comprou 50% dos direitos de Juninho, assinando com o atleta até 2022.
PALMEIRAS FICA SATISFEITO
O Palmeiras tinha 70% dos direitos de Juninho, enquanto um grupo de empresários tinha os 30% restantes.
Na negociação, o Bahia adquiriu os 30% dos agentes e 20% da agremiação paulista. E, pelo valor do time alviverde, a equipe tricolor pagou 1 milhão de euros (R$ 4,45 milhões).
Ou seja: vendendo apenas 20% de Juninho, o Palmeiras já quitou praticamente a metade do que investiu para comprá-lo do Coritiba.
Além disso, o time paulista ficou com 50% do atleta. Caso receba alguma proposta por ele, seja do Brasil ou do exterior, o clube tem “a caneta na mão”.
Ou seja: se chegar proposta por Juninho, o Bahia terá que comprar os 50% do Palmeiras ou o time paulista tem a opção de vendê-lo, já que segue sendo o “dono”.
Dessa forma, o Palmeiras considera que conseguirá lucrar com o defensor, diferentemente do que imaginava.
BAHIA DISSECA MODELO DO NEGÓCIO
Em nota, o Bahia informou que o pagamento ao Palmeiras por Juninho será feito ao longo dos próximos três anos.
Até a quitação total do valor, o jogador seguirá vinculado ao clube do Nordeste por empréstimo junto ao time paulista.
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Em 2022, quando o clube de Salvador já terá quitado a compra, o zagueiro terá uma cláusula que lhe permite renovar o contrato automaticamente com o Bahia.
Para isso, todavia, precisará jogar 60% dos jogos da temporada.