Surfistas mães relatam a experiência da maternidade. Veja.
3 min read
Do Zigzagdoesporte.com.br por Livre Surf.
Atletas e mamães de primeira viagem, falam sobre a maternidade e o amor maior do mundo às vésperas do dia das Mães.
Além da paixão pelo mar, as surfistas Marina Werneck, Claudinha Gonçalves e Nicole Pacelli têm em comum o fato de terem se tornado mães em fevereiro de 2020 e, agora, vão passar o primeiro Dia das Mães em total sintonia com seus bebês.
Temporariamente trocaram pranchas, parafinas e ondas por fraldas, amamentação e algumas noites mal dormidas. Marina Werneck está encantada com Moana, Claudinha é mãe totalmente entregue à Clara e Nicole diz que faz todo o sentido ser mãe de Rudá.
O amor é total, mas as atletas não escondem também a vontade de voltar a surfar.
Foto: Arquivo pessoal.
A Embaixadora do surfe feminino pela WSL Latin America, a carioca radicada em Florianópolis (SC), Marina Werneck, já cruzou o mundo atrás das melhores ondas e conquistou vários títulos.
Começou a competir aos 12 anos, há oito é adepta ao free surf e chega aos 32 realizada como mãe e se adaptando à nova rotina.
“Nestes quase três meses de maternidade o aprendizado é gigante, um momento de total entrega e conexão com minha filha. É mágico, mas de grande responsabilidade”, afirma.
No domingo, 10, Marina terá um Dia das Mães mais que especial:
“Vamos passar pela primeira vez as quatro gerações juntas, minha mãe e avó estão em casa”.
A presença da mãe também foi crucial para a atleta quebrar um jejum de três meses sem praticar o esporte, pois surfou até os oito meses de gestação.
“Com o suporte da minha mãe peguei duas ondinhas na semana passada (em Santa Catarina, o surfe está liberado) e foi o melhor mar da minha vida e a melhor sensação. É um privilégio morar em frente ao mar e não vejo a hora de levar Moana para surfar comigo”, ressalta Marina.
Foto: Nicole Pacelli arquivo pessoal

Nicole Pacelli, 28 anos, surfista de ondas gigantes, Campeã Mundial ISA (International Surf Association) e Campeã Mundial de Stand Up.
“Minha vida mudou completamente e para melhor! Meu filho faz eu querer dar o melhor de mim todos os dias e viver o presente. Comecei a dar valor a coisas mais simples e básicas do dia a dia, a maternidade me trouxe isso”, comemora.
Apesar da dedicação integral a Rudá, quando o bebê completou um mês, ela conta que conseguiu surfar para matar a saudade do mar.
“O deixei com o pai e surfei por 30 minutos e foi ótimo, mas depois disso nunca mais, pois veio a pandemia. Quando tudo isso acabar pretendo voltar a surfar normalmente”, afirma Nicole, nascida em Maresias (São Sebastião/SP).
Ela considera uma das vantagens de ser profissional no SUP (Stand Up Paddle) o fato de não precisar encostar a barriga na prancha, por esse motivo surfou até 38 semanas de gestação.
Claudinha GonçalvesPaulista do Guarujá (SP), mas residindo na capital carioca, Claudinha Gonçalves, 35 anos, destaca ser este o momento mais desafiador e incrível de sua existência:
“Me sinto a mulher mais completa e forte do mundo. A maternidade é intensa, exaustiva e transformadora. É uma sensação de pertencimento e cumplicidade que jamais imaginei sentir”.
Atleta e produtora de conteúdo e de elenco do Canal Off, Claudinha também surfou até os oito meses de gestação e não vê a hora cair no mar.
“Surfar grávida foi umas das experiências mais emocionantes que vivi, um privilégio! Quando tudo isso passar pretendo revezar ondas e mamadas, porque o pediatra já liberou levar a Clarinha para a praia”, finaliza a surfista, que há um ano, está à frente de um projeto de clínicas de surfe feminino para encorajar e capacitar mulheres a praticar o esporte.
E a Livresurf parabeniza todas elas.