Austrália e Nova Zelândia serão as sedes da Copa do Mundo Feminina de 2023. Fifa fechou questão.
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Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br por fifa.com

A Copa do Mundo Feminina será realizada na Oceania pela primeira vez na história. A Fifa anunciou nesta quinta-feira que Austrália e Nova Zelândia foram escolhidas como sedes do próximo mundial, em 2023, depois de um processo de escolha no qual o Brasil também chegou a participar. A decisão foi divulgada depois de votação entre os membros do conselho da entidade, que se reuniram através de videoconferência.
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Gianni Infantino e a secretária-geral Fatma Samoura posam com placa comemorativa — Foto: Divulgação/Fifa
– Não é apenas uma Copa do Mundo Feminina. É uma Copa do Mundo. Temos que nos dar conta disso. Mulheres são 50% da população mundial, talvez mais. O que acontece no campo ali é futebol, com atletas habilidosos – disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Na entrevista coletiva logo após a escolha, também realizada por videoconferência, Infantino citou que esteve recentemente na Oceania e viu a empolgação pelo esporte nos países. E que quer ver isso em 2023 – mas que a entidade trabalhará para popularizar o futebol feminino antes. Inclusive, o mandatário apontou que pode haver uma mudança no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo femininas: em vez da votação ficar restrita ao conselho da Fifa, ela seria realizada no congresso, com 211 eleitores participando.
– Não deveria haver diferença entre as votações para sede da Copa do Mundo dos homens e das mulheres. É algo que deveríamos considerar para o futuro. Eu estou feliz que o processo até a votação tenha sido feito de maneira profissional e transparente, de um jeito como nunca foi feito antes. – completou.
O placar da votação foi de 22 a 13 a favor da candidatura dos países da Oceania, dentro dos 35 participantes do conselho que participaram da eleição. Membros das principais confederações do mundo, Uefa (Europa) e Conmebol (América do Sul) votaram em bloco na candidatura colombiana, que foi a pior avaliada pelos especialistas no processo. Esta também foi a escolha do vice-presidente da CBF, Fernando Sarney.
As outras organizações – Concacaf (Américas Central e do Norte), CAF (África), AFC (Ásia) e OFC (Oceania) – preferiram Austrália e Nova Zelândia, assim como o presidente Gianni Infantino. Dois membros do conselho, Johanna Wood e Ramon Jesurun, não votaram por serem da Nova Zelândia e da Colômbia, respectivamente.
-Estamos extremamente felizes com a decisão. É um grande orgulho para nós. Estamos comprometidos a fazer um evento histórico em 2023. Queremos dizer que nos deram uma grande oportunidade e vamos fazer muito pelo futebol feminino – disse Johanna Wood, presidente da federação da Nova Zelândia
A candidatura mais bem avaliada foi a conjunta dos países da Oceania, que obteve a pontuação de 4,1, na escala de 1 a 5. O Japão obteve 3,9, e a Colômbia, 2,8. Os candidatos fizeram novas apresentações nesta quinta-feira, antes da votação pelos membros do Conselho da Fifa. O anúncio foi feito ao fim da eleição pelo presidente Gianni Infantino.
O processo de escolha da sede da próxima Copa do Mundo feminina foi marcado por idas e vindas e a desistência de candidaturas. O Brasil era um dos que pleiteava a organização do torneio, mas optou por sair da disputa depois de a CBF não conseguir garantias por parte do governo federal.
O Japão também resolveu retirar a candidatura de última hora, a três dias da decisão da Fifa, deixando a disputa apenas entre Colômbia e Austrália/Nova Zelândia. Isso ocorreu depois da avaliação das propostas por parte da Fifa.
Esta será a primeira Copa do Mundo Feminina a contar com 32 equipes na história. O torneio começou a ser realizado pela Fifa em 1991 e teve oito edições realizadas desde então – a última delas foi na França, no ano passado. Os Estados Unidos são os maiores vencedores, com quatro títulos, seguidos pela Alemanha, com duas conquistas, e Noruega e Japão, com um troféu cada.
O histórico de sedes da Copa do Mundo Feminina da Fifa:
- 1991 – China
- 1995 – Suécia
- 1999 – Estados Unidos
- 2003 – Estados Unidos
- 2007 – China
- 2011 – Alemanha
- 2015 – Canadá
- 2019 – França.