Brasileira luta neste sábado, em Las Vegas, no UFC 269 em mais uma defesa de cinturão. Confira os cards.
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Por Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br
Há mais de 7 anos Amanda Nunes só sai do octógono com o braço erguido. A brasileira defende mais uma vez o seu cinturão do peso galo feminino no UFC 269, em Las Vegas, contra a norte-americana Juliana Peña.
Nesses 7 anos de invencibilidade, Amanda Nunes venceu 12 lutas seguidas, sendo 8 por finalização. Seu reinado com os cinturões dos pesos galo e pena transformaram ela na maior na breve história do MMA feminino.
E nessas 12 vitórias, várias foram sobre outras lutadoras que são consideradas lendas do MMA também: Valentina Shevchenko (duas vezes), Ronda Rousey, Holly Holm e Cris Cyborg. Todas sucumbiram diante da “Leoa”.
Julianna Peña, de 32 anos, pode ser a lutadora a quebrar essa escrita. Mas seria uma surpresa e tanto, já que a norte-americana possui um cartel de 10 vitórias e 4 derrotas, tendo triunfado em apenas duas das suas últimas quatro lutas.
O retrospecto de conquistas da brasileira se torna ainda mais impressionante ao analisarmos o nível das adversárias derrotadas pela ‘Leoa’ dentro do octógono mais famoso do mundo.
Basta lembrar que a baiana possui vitórias sobre todas as atletas que em algum momento foram detentoras dos cinturões peso-galo e peso-pena do UFC, como: Cris ‘Cyborg’, Ronda Rousey, Miesha Tate, entre outras. Pela longa invencibilidade da campeã e por todas suas credenciais, que a colocam como a ‘GOAT’ (‘maior de todos os tempos’) do MMA feminino na visão de boa parte da comunidade das lutas, poucos acreditam em um possível triunfo da desafiante Julianna Peña neste sábado.
Além do momento vivido por Amanda, a análise sobre as habilidades técnicas e físicas das protagonistas do co-main event do UFC 269 também favorece amplamente a campeã. Maior e mais forte fisicamente, a ‘Leoa’ possui excelência em praticamente todas as áreas do MMA, destacando-se especialmente por seu poder de nocaute. Por sua vez, Peña tentará explorar a luta agarrada, sua especialidade, a fim de explorar talvez alguma brecha da brasileira com as costas no chão.
Para isso, no entanto, a americana de ascendência venezuelana precisará superar a excepcional base defensiva da baiana – que possui uma taxa de 84% de sucesso ao defender as tentativas quedas de suas oponentes – ou contar com um possível cansaço da campeã no decorrer da peleja para que erros possam ser cometidos por ela. Ainda que alcance uma posição de domínio na luta de solo, Peña – faixa-roxa de jiu-jitsu – terá que lidar com a qualidade da ‘Leoa’, que ostenta uma faixa-preta na arte suave.
UFC 269: Oliveira x Poirier
Sábado, 11 de dezembro, às 20h (horário de Brasília)
Card principal
Cinturão peso-leve: Charles do Bronx x Dustin Poirier
Cinturão peso-galo: Amanda Nunes x Julianna Peña
Peso meio-médio: Geoff Neal x Santiago Ponzinibbio
Peso-mosca: Kai Kara France x Cody Garbrandt
Peso-galo: Raulian Paiva x Sean O’Malley
Card preliminar
Peso-pena: Josh Emmett x Dan Ige
Peso-galo: Pedro Munhoz x Dominick Cruz
Peso-pesado: Augusto Sakai x Tai Tuivasa
Peso-médio: Jordan Wright x Bruno Silva
Peso-médio: André Muniz x Eryk Anders
Peso-mosca: Miranda Maverick x Erin Blanchfield
Peso-pena: Ryan Hall x Darrick Minner
Peso-galo: Randy Costa x Tony Kelley
Peso-mosca: Gillian Robertson x Priscila Cachoeira