26/07/2024

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Principais agentes são ‘donos’ de destaques da Copinha

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Bola no travessão. Na volta, chute forte e seco para aumentar a vantagem. Pouco depois, mais uma vez o lance se repete, porém, o complemento para as redes é diferente: um voleio à meia altura. Para fechar o placar, contra-ataque em velocidade e chute colocado para tirar do goleiro depois de receber sozinho.

Na goleada de 5 a 0 do Atlético-MG sobre o Flamengo-SP, na última quinta-feira, o garoto Carlos mostrou todo o seu senso de oportunismo.

Marcou três vezes, assegurou a classificação do time alvinegro para as quartas de final e ainda alcançou a vice-artilharia da Copa São Paulo, com sete gols. Aos 18 anos, é um dos destaques do torneio até aqui. E uma mostra de como os empresários chegam cada vez mais cedo aos jovens jogadores. Desde a última temporada, ele tem a sua carreira comandada por Giuliano Bertolucci.

Em contato com o ESPN.com.br, o maior agente brasileiro hoje confirmou a informação.

A promessa comparada a Bernard e que, em agosto, fez a sua estreia entre os profissionais, não está sozinha. Um breve levantamento com as principais revelações desta edição da Copinha deixa claro que exemplos como o de Gustavo ‘Adebayor’, sensação do Taboão da Serra que balançou as redes nove vezes, se tornaram raros. O artilheiro do torneio ainda carrega contrato de amador e deverá ficar livre ao fim da competição.

Uma chance de ouro para os empresários e todos os seus repertórios de mimos na busca por novas descobertas.

Nem sempre funciona como esperado. O atacante Andrigo, do Inter, conta desde cedo com o apoio da DIS, mas ainda desperta desconfiança após se submeter a uma cirurgia no joelho. O braço esportivo do grupo Sonda não costuma economizar na tentativa de fortalecer a relação de fidelidade com seus talentos. Outra promessa gaúcha, o meio-campo do Grêmio, Lincoln, recebeu R$ 400 mil aos 13 anos apenas para se manter vinculado ao grupo, por exemplo.

Detalhe: ele deverá disputar a Copa São Paulo somente a partir de 2015.

Gerson, do Fluminense, já esteve na mira até mesmo do Barcelona e é ligado à Traffic. A empresa é dona do Desportivo Brasil, eliminado precocemente e com mais de dez atletas emprestados a outros clubes para o campeonato.

Não fica nisso: Douglas Baggio, do Flamengo, passou a ser agenciado por Carlos Leite no ano passado, após negociação polêmica. No ataque do Corinthians, Léo é empresariado por Robson Ferreira e o novo xodó Malcon trabalha com Fernando Garcia e Guilherme Miranda, ex-DIS. O santista Diego Cardoso tem a carreira administrada pela Think Ball enquanto que o são-paulino Gabriel Boschilia foi parar nas mãos de Hugo Ardison depois de saída controversa do Guarani.

Os dirigentes da base não aprovam a estratégia de agentes e fundos de investimentos e temem, sobretudo, por um possível deslumbramento das promessas. Ao que parece, um caminho sem volta para todos.

 

Fonte: Espn

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