18/10/2024

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Super resumo dos jogos do sábado na copa do mundo 2014; confira.

10 min read

Do Zigzagdoesporte por Carlos Machado.

superioridade absoluta: veja, em números, o massacre argentino.

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Messi sofreu na retranca iraniana
Messi sofreu na retranca iraniana

Talvez nenhuma partida desta Copa do Mundo tenha sido tão “unilateral” quanto Argentina x Irã. O time sul-americano, favorito, esbarrou durante 89 minutos na muralha iraniana, que veio a campo com a proposta clara de se defender. Mas a genialidade de Messi arruinou os planos do time asiático.

Se números e estatísticas resultassem diretamente em gols no futebol, a Argentina teria ganhado de goleada. Como pode ser visto no mapa de calor do time de Alejandro Sabella, os “Hermanos” dominaram o jogo, transformando-o em um embate de meio-campo apenas. O jogo se concentrou basicamente no meio e no setor de ataque argentino.

A Argentina tocou na bola 241 vezes no seu campo de ataque, enquanto o Irã só fez o mesmo 45 vezes. Para se ter uma ideia, Angel Di María pegou a bola 53 vezes no setor ofensivo de seu time, mais do que o elenco iraniano inteiro na partida.

REPRODUÇÃO/FOOTSTATS

Mapa de calor da Argentina contra o Irã: totalmente no campo de ataque
Mapa de calor da Argentina contra o Irã: totalmente no campo de ataque

Enquanto o Irã, que até chegou a criar muito perigo aos argentinos na segunda etapa, dando trabalho ao goleiro Romero, ficou praticamente o tempo todo se defendendo, conforme mostra o mapa de calor da seleção que saiu derrotada de campo neste sábado.

Ao todo, o Irã completou 114 passes na partida, menor número registrado por um time num jogo de Copa do Mundo nos últimos 50 anos.

Segundo dados da “Footstats”, a Argentina teve 71,4% de posse de bola na partida e acertou 464 passes, enquanto o Irã completou 90. O time sul-americano também chutou a gols mais do que o dobro de vezes de seus rivais: 19 a 8.

REPRODUÇÃO/FOOTSTATS

Mapa de calor do Irã contra a Argentina: totalmente na defesa
Mapa de calor do Irã contra a Argentina: totalmente na defesa

Com um toque na bola, Klose iguala Ronaldo e salva a Alemanha de vexame contra Gana.

A história das Copas do Mundo ganhou mais uma linha especial na tarde deste 21 de junho, no estádio Castelão. Miroslav Klose precisou de alguns minutos em campo e apenas um toque na bola para igualar Ronaldo Fenômeno como maior artilheiro da história dos Mundiais. O inesquecível gol, porém, não fez com que a Alemanha espantasse a sina de não conseguir embalar duas vitórias em começos de Copa. Os germânicos ficaram em um empate por 2 a 2 com Gana. Gotze marcou o outro gol germânico, e André Ayew e Asamoah Gyan balançaram a rede para os africanos.

O gol histórico de Klose saiu aos 26 minutos do segundo tempo. O atacante, que havia acabado de entrar no lugar de Gotze, aproveitou um desvio de Howedes após cobrança de escanteio e teve apenas o trabalho de empurrar a bola para a rede.

O alemão, porém, não foi o único a fazer história. Do outro lado, Asamoah Gyan também conseguiu um recorde: ao marcar o segundo gol de Gana na partida, ele alcançou a marca de 5 gols em Copas do Mundo, igualando o camaronês Roger Millar como o maior artilheiro africano na competição.

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Klose comemora o gol dando cambalhota
Klose comemora o gol dando cambalhota

O empate impede que a Alemanha quebre a sina que já dura desde a Copa de 1994. Em 20 anos, ou seis edições, a seleção germânica só conseguiu começar um Mundial com duas vitória seguidas uma vez, justamente quando jogava em casa, em 2006.

O resultado deste sábado ainda impede a classificação antecipada da Alemanha às oitavas de final. Agora com quatro pontos, o time germânico pode até perder a liderança do grupo se os Estados Unidos (3 pontos) ganharem de Portugal neste domingo. Já Gana conquista o seu primeiro ponto e espera o fim da segunda rodada para pegar a calculadora e ver o que precisa fazer para ainda se classificar.

A última rodada do grupo G acontece na próxima quinta-feira (26). Estados Unidos e Alemanha se enfrentam em Recife, enquanto Portugal e Gana medem forças em Brasília.

O jogo

A Alemanha começou controlando a bola e trocando passes, mas com dificuldades para achar espaço na defesa adversária. No contra-ataque, Gana criou a primeira grande chance do jogo. Aos 6 minutos, Asamoah inverteu o jogo com perfeição para Atsu, que chegou à linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro. Gyan se antecipou a Mertesacker, mas pegou embaixo da bola e acabou isolando.

Os alemães responderam no toque de bola, mas ainda faltava calibrar o último passe. Aos 10, uma boa jogada pela direita resultou em um cruzamento rasteiro. Muller dominou no meio de todo mundo e descolou um passe de calcanhar magistral para Kroos, que chegou chutando, mas foi travado na hora certa pela zaga.

Sempre com mais eficácia, Gana respondeu logo na sequência. Após boa troca de passes pela direita, Atsu recebeu na entrada da área, limpou o marcador e soltou a bomba, mas Neuer se esticou para fazer ótima defesa.

A Alemanha chegava com perigo sempre pelo lado direito. Aos 20 minutos, Ozil achou espaço e cruzou rasteiro para Muller, mas Boye afastou na hora certa. Aos 29, quase o replay da jogada. Gotze aproveitou vacilo de Asamoah, achou o espaço e colocou a bola rasteira em direção a Muller. De novo, Boye apareceu com precisão para afastar.

A outra grande chance do primeiro tempo foi de novo de Gana. Aos 32, a zaga alemã se complicou para afastar o perigo, e a bola se ofereceu para Muntari. O meio-campista não hesitou, encheu o pé de primeira e pegou na veia. A bola só não entrou porque Neuer apareceu para fazer ótima defesa.

O susto da primeira etapa fez os alemães voltarem para o segundo tempo mais ligados. E o resultado veio logo aos 5 minutos. Muller achou espaço pela ponta direita e descolou um cruzamento perfeito. No meio de dois zagueiros, Gotze subiu livre para cabecear. A bola ainda pegou na coxa dele antes de matar completamente o goleiro ganês.

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Gyan se igualou como maior artilheiro africano
Gyan se igualou como maior artilheiro africano

O problema é que o gol só incendiou ainda mais o jogo. Gana partiu com tudo para o ataque e empatou três minutos depois. Afful achou espaço pela direita e cruzou na área. André Ayew subiu mais que toda a zaga alemã e mandou no cantinho, sem chances para Neuer.

Mas o empate não deixou os ganeses contentes. Aos 18, Muntari roubou a bola de Lahm e deu uma linda enfiada para Asamoah Gyan, que saiu na cara de Neuer e encheu o pé para estufar a rede.

A atmosfera da festa africana já ia tomando conta do estádio quando Low resolveu colocar Klose em campo. E o predestinado atacante precisou de um só toque na bola. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Howedes desviou de cabeça e Klose apareceu na segunda trave para empurrar para a rede. Era o gol de empate. Era o 15º gol dele em Copas do Mundo, igualando Ronaldo Fenômeno como o maior artilheiro de Mundiais.

O gol deixou a partida completamente aberta, com chances tanto da Alemanha quanto de Gana, nos contra-ataques. Mas faltou pontaria e calibragem no passe final de ambos os lados. O jogo ainda terminou com uma cena preocupante para os alemães. Após cobrança de escanteio, Muller se chocou com um zagueiro ganês e caiu em campo sangrando bastante. Pode até ser problema para Joachim Low.

FICHA TÉCNICA:
ALEMANHA 2 X 2 GANA

Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 21 de junho de 2014, sábado
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Assistentes: Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse (ambos do Brasil)
Cartão amarelo: Muntari (GANA)
Gols:
ALEMANHA: Gotze, aos seis, e Klose, aos 26 minutos do segundo tempo
GANA: André Ayew, aos dez, e Gyan, aos 18 minutos do segundo tempo

ALEMANHA: Neuer; Howedes, Hummels, Mertesacker e Boateng (Mustafi); Khedira (Schweinsteiger), Lahm, Toni Kroos e Ozil; Gotze (Klose) e Muller
Técnico: Joachim Low

GANA: Dauda; Asamoah, Mensah, Boye e Afful; Muntari, Rabiu (Agyemang-Badu), Kevin-Prince Boateng (Jordan Ayew) Atsu (Mubarak) e André Ayew; Gyan
Técnico: James Appiah

 

Dzeko tem gol mal anulado, Bósnia perde para a Nigéria e está eliminada.

“Depois da Argentina, somos os melhores da chave”, disse o técnico Safet Susic na coletiva para a partida. Talvez no papel. Definitivamente, não foi a estreia sonhada pela Bósnia em Copas do Mundo. Após abrir a sua participação perdendo para os argentinos, a equipe precisava vencer a Nigéria neste sábado, na Arena Pantanal, em Cuiabá, para se manter na briga pela classificação.

No fim das contas, faltou uma dose de sorte e também de futebol: com um gol marcado por Edin Dzeko mal anulado ainda no primeiro tempo, os bósnios foram derrotados pelos nigerianos por 1 a 0, acabaram eliminados e se tornaram a primeira seleção estreante desde 1982 a não passar de fase.

Não será possível atingir, assim, o objetivo traçado por Susic de chegar pelo menos às oitavas de final.

Com maior qualidade no passe, a Bósnia girava a bola de um lado para o outro, porém, não conseguia agredir a meta defendida por Vincent Enyeama. A Nigéria, por sua vez, encaixava contra-ataques a todo o momento e poderia ter construído uma vantagem ainda maior.

Em uma dessas saídas rápidas, Emenike foi até a linha de fundo, bateu a marcação de Spahic com um drible da vaca e cruzou para Peter Odemwingie, sozinho dentro da área, apenas empurrar para a rede aos 29 minutos da etapa inicial. Dzeko e companhia reclamaram falta no lance, mas a arbitragem não quis saber.

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Jogadores da Nigéria comemoram gol de Odemwingie que abriu o placar
Jogadores da Nigéria comemoram gol de Odemwingie que abriu o placar

O gol coroou a volta de Odemwingie ao grupo nigeriano.

O meia-atacante, que esteve presente nas campanhas da Olimpíada de 2008 e do Mundial de 2010, teve problemas de relacionamento com o técnico Stephen Keshi e seu antecessor Samson Siasia e foi obrigado a negociar o seu retorno para a seleção nos mínimos detalhes. Dono de um forte temperamento, ele provocava polêmica por criticar também seus colegas abertamente.

Não será o caso hoje. Ao lado de Ahmed Musa e Emmanuel Emenike, o meia-atacante concentrou as principais ações nigerianas. Logo aos três minutos, Musa bateu escanteio, a bola sobrou e, no rebote, Ogenyi Onazi pegou torto e mandou para fora.

A marcação adiantada funcionava: em saída equivocada de Miralem Pjanic na sequência, Musa interceptou, partiu para cima da marcação e, quando se preparava para invadir a área, foi derrubado por Medunjanin no primeiro cartão amarelo do confronto.

A Bósnia vacilava e permitia que a Nigéria colocasse velocidade em campo.

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Odemwingie e Lulic disputam bola na partida entre Bósnia e Nigéria
Odemwingie e Lulic disputam bola na partida

Aos 21 minutos, a troca de passes dos europeus, enfim, deu resultado. Misimovic carregou até a entrada da área e entregou com classe para Dzeko bater na saída de Enyeama e abrir o placar na Arena Pantanal. O juiz marcou impedimento e anulou o lance para protesto do centroavante, que se encontrava em posição legal.

A estrela do Manchester City teve outra bela chance em seguida, mas dessa vez Enyeama fez excelente defesa.

A revolta dos bósnios ficou ainda maior aos 29, após Emenike bater a marcação em velocidade, deixar Spahic no chão e cruzar para Odemwingie dar a vitória para a equipe.
A reclamação de falta no começo da jogada foi geral.

Emenike e Onazi ainda tiveram chances de ampliar antes da ida para o intervalo.

Na volta dos vestiários, a dinâmica no gramado praticamente não se alterou: a Nigéria seguiu levando mais perigo em suas escapadas em contra-ataque, enquanto que a Bósnia enfrentava dificuldades para aproveitar a presença de Dzeko na frente e tirar proveito da frágil retaguarda dos africanos.

O centroavante teve uma oportunidade de deixar tudo igual nos acréscimos, mas cabeceou no meio do gol e facilitou para Enyeama. Ele ainda acertou a trave no último lance da partida. Fim do sonho para os bósnios.

Com o resultado, a Bósnia segura a lanterninha do grupo F com nenhum ponto marcado e apenas cumpre tabela na última rodada, contra Irã, na próxima quarta-feira, às 13h (de Brasília).

A Nigéria, por outro lado, chega a quatro, assume isolodamente a segunda colocação e enfrenta a Argentina, seis, na definição de seu futuro no mesmo dia – após vencer os iranianos mais cedo, os sul-americanos cogitam poupar Lionel Messi e companhia para o encontro.

FICHA TÉCNICA:
NIGÉRIA 1 X 0 BÓSNIA E HERZEGOVINA

Local: Arena Pantanal, em Cuiabá (MT)
Data: 21 de junho de 2014, sábado
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Peter Leary (Nova Zelândia)
Assistentes: Jan Hendrik Hintz e Mark Rule (ambos da Nova Zelândia)
Cartão amarelo: Medunjanin (Bósnia e Herzegovina); Mikel (Nigéria)
Gol: 
NIGÉRIA: Odemwingie, aos 28 minutos do primeiro tempo

NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Yobo, Omerou e Oshaniwa; Onazi e Mikel; Babatunde, Odemwingie, Musa (Ameobi) e Emenike (Uzoenyi)
Técnico: Stephen Keshi

BÓSNIA E HERZEGOVINA: Begovic; Mujdza, Sunjic, Spahic e Medunjanin (Susic); Besic, Pjanic; Hajrovic (Ibisevic), Misimovic e Lulic (Salihovic); Dzeko
Técnico: Safet Susic

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