Brasil manda pressão para longe, atropela a Rússia e vai à semifinal do Mundial.
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Do Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br.
Não teve ‘grupo da morte’ suficiente para derrubar o Brasil no vôlei. Não teve pressão que abalasse o time de Bernardinho. Muito menos teve ‘fantasma’ para assombrar os atuais tricampeões do mundo. A seleção brasileira respondeu a todos os questionamentos dentro de quadra nesta quarta-feira, atropelou a Rússia por 3 sets a 0 (25-22, 25-20 e 25-21) e se garantiu na semifinal do Mundial masculino.
O Brasil acabou sendo a seleção mais prejudicada pelo regulamento do Mundial de vôlei. Mesmo sendo o único time invicto no Mundial, a seleção brasileira se deu mal em sorteio, teve que mudar de cidade e ainda caiu em um grupo da morte ao lado dos poloneses e da Rússia, ambos segundo colocados de suas chaves na segunda fase.
A situação se complicou de vez na terça. Muito pressionado pela torcida da casa, o Brasil acabou sucumbindo de virada diante da Polônia por 3 sets a 2. Mesmo com o pontinho conquistado, a seleção brasileira ganhou em suas costas a pressão de ter que vencer a Rússia para não ser eliminado precocemente da competição. Bem os russos, ‘fantasmas’ que tiraram o ouro olímpico em 2012 e outros títulos na sequência.
Com a pressão de vencer a qualquer custo, o Brasil não quis saber de riscos e mandou à quadra Murilo, que não enfrentou a Polônia por uma lesão. A troca deu certo, e o time esbanjou experiência logo no começo do jogo e não sentiu o peso da partida. Controlando bem a virada de bola, a equipe de Bernardinho manteve uma pequena vantagem durante todo o primeiro set. O único problema era defender o saque de Musserskiy, e os russos se aproveitaram dele para chegar ao empate por 20-20. Desta vez, porém, Bernardinho quebrou bem a sequência de saques, contou com bons saques de Lucarelli e fechou a parcial em 25-22.
O segundo set começou bem parecida, mas a Rússia resolveu dificultar o set bem antes. Desta vez com ótima passagem de Pavlov pelo saque, os russos reverteram a desvantagem de 10-6 e chegou a virar a partida para 12-11. Com mais um bom pedido de tempo de Bernardinho, porém, a seleção recolocou os ânimos no lugar, retomou a ponta e abriu mais uma vez uma larga vantagem para fechar a parcial em um confortável 25-20.
A terceira parcial foi diferente. Precisando de uma mudança, a Rússia entrou com tudo, contou com péssimas sequências de saque do Brasil e abriu vantagem pela primeira vez no jogo: 8-5. Mas os brasileiros contavam com a experiência para colocar mais uma vez a cabeça no lugar, acertar a mão no saque e buscar a virada e a vitória com um 25-21.
Lucarelli foi o grande pontuador brasileiro desta quarta, com 15 pontos. Mas o mais ovacionado na saída de quadra foi Murilo. Mesmo com ‘apenas’ seis pontos, ele recebeu todos os elogios possíveis dos companheiros pelo sacrifício em quadra.
“O Murilo é um dos pilares, uma peça diferenciada do nosso time. Com ele em quadra, as coisas ficam um pouco mais fácil”, disse Wallace em entrevista ao Sportv. “O principal não é nem só o passe na mão que ele ajudou a fazer. Ele rodou bola sem saltar. E é mais um motivo para a gente se motivar, se inspirar em um cara que se sacrificou. O mínimo que você pode fazer é dar 110%. São coisas assim que mostram o campeão que ele é”, completou o levantador e capitão Bruninho, também ao Sportv..
A vitória garante a classificação brasileira às semifinais do Mundial. O time de Bernardinho agora aguarda o confronto entre Polônia e Rússia (às 15h30 desta quinta-feira) para saber se passa em primeiro ou segundo lugar. Qualquer vitória russa garante a liderança brasileira.
Do outro lado, agora é a Rússia quem fica muito pressionada. Os atuais campeões olímpicos só podem pensar em uma vitória por 3 a 0 ou por 3 a 1 para não serem eliminados.
O rival brasileiro na próxima fase vem de uma chave que também está completamente indefinida. Depois de ser atropelada pela França na terça, a Alemanha se recuperou nesta quarta e passou fácil pelo Irã por 3 sets a 0 (25-15, 25-21 e 25-19). Alemães e franceses ficam com três pontos. Os germânicos encerram a participação, e os iranianos tentam igualar tudo diante da França nesta quinta, também às 15h30 (horário de Brasília).
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