Lutador morreu de parada cardiorrespiratória causada pelas pancadas. Entenda a “fatalidade”.
2 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por UOL, em São Paulo.
Protagonista da tragédia da luta livre mexicana da última sexta, Pedro Aguayo Ramirez morreu de parada cardiorrespiratória, segundo o médico que o atendeu. Em uma entrevista reproduzida pelo site mexicano “Mediotiempo”, o responsável avaliou que o problema teria sido causado pelo trauma cervical que o lutador sofreu durante um combate em Tijuana, no México.
As cenas da morte rodaram o mundo e chocaram por vários motivos. Ramirez, que era conhecido como “El Hijo del Perro”, levou uma sequência de golpes de Rey Mysterio na “lucha libre”, a modalidade de combates ensaiados que é tradicional no México. Depois de um chute duplo no rosto, o lutador leva uma “tesoura” no pescoço e cai para fora do ringue. Por fim, leva um novo chute duplo no rosto antes de cair desmaiado sobre as cordas do ringue.
O caráter de encenação da luta livre atrasou o atendimento de Ramirez, já que lutadores e juízes demoraram a perceber a gravidade de seu estado. Levado a um hospital próximo, ele foi declarado morto cerca de uma hora depois, após seguidas tentativas de reanimação.
“Foi uma parada cardiorrespiratória. O golpe pode ter desencadeado isso”, disse Ernesto Franco, médico que atendeu Ramirez, ressaltando que ele não morreu no ringue, ao contrário do que se chegou a especular. “Os sinais vitais e os reflexos estavam muito reduzidos, mas ainda existiam”, disse Franco.
Funeral
Ramirez foi enterrado neste domingo em Guadalajara com a presença do pai, Pedro Ramirez, que também foi um ícone da luta livre e emprestava o apelido ao filho nos ringues. A cerimônia reuniu nomes relevantes do esporte e teve alguma atenção da imprensa e do público local.
Todas as despesas do funeral foram pagas pela The Crash, que promoveu a luta fatídica e agora está sendo investigada pelo Ministério Público do México. “Somos uma empresa séria que sempre deu a cara para o que se precisa pagar. Estão cobertos os custos do funeral. Em nenhum momento viramos a cara e não vamos fazê-lo até que as pessoas se despeçam como ele merece”, disse Ignacio Delgado, presidente da entidade, ao Mediotiempo.com.