Após Pan dos ‘sonhos’, Brasil nada em Kazan a fim de acordar para a realidade olímpica
3 min readGuilherme Nagamine e José Edgar de Matos, do ESPN.com.br.
Afinal, onde o Brasil pode chegar na natação olímpica no Rio 2016? Depois do expressivo número de 26 medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto – recorde histórco -, a equipe nacional, reforçada pela estrela Cesar Cielo, entra na água na madrugada deste domingo, a partir das 3h30 (de Brasília), no Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, na Rússia, a fim de realmente se testar naquela que é a última grande competição da modalidade antes dos Jogos na capital fluminense.
Embora se questione o nível dos adversários encontrados no evento do Canadá, a equipe brasileira desembarca na Rússia com grandes possibilidades de obter o melhor desempenho da história. A natação brasileira, atualmente, não se limita a Cesar Cielo, Felipe França e Thiago Pereira, e os tempos provam isso.
Enquanto uma nova geração surge entre os homens, com nomes como Leonardo de Deus, João de Lucca, Henrique Rodrigues e Matheus Santana, Etiene Medeiros terá em Kazan a chance de fazer história e se tornar a primeira medalhista de ouro da história feminina brasileira em um Mundial de piscina longa – a brasileira lidera o ranking dos 50m costas e chegará na Rússia embalada pelo ouro.
Diante de um cenário favorável contra adversários mais fortes, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos destaca a importância de Kazan no planejamento rumo ao Rio 2016. Ricardo de Moura, coordenador de natação da CBDA, aponta o Mundial deste ano como o grande teste para a entidade saber o que poderá alcançar nos Jogos do ano que vem no Rio de Janeiro.
“O Mundial é um importante ponto de avaliação e faz parte do contexto e do processo. Ao terminar Kazan faremos uma reunião de avaliação com todas as modalidades, para alinhamento do caminho a percorrer até 2016”, analisou o dirigente, em entrevista ao ESPN.com.br.
Além dos bons resultados nos últimos anos, o Brasil desembarcará em Kazan motivado pelo Pan-Americano. Em Toronto foram dez ouros e recordes pessoais batidos, como a de Joanna Maranhão, que registrou no Canadá a melhor marca da carreira nos 400m medley. Portanto, a confiança é alta pelo lado da delegação brasileira.
“Mais que as medalhas alcançadas, os resultados obtidos pelos nadadores brasileiros proporcionaram uma melhor classificação no ranking mundial. Com o desafio de seguir o Mundial, nosso objetivo é continuar evoluindo e buscar o maior numero possível de finais. Continuaremos assim, o caminho de preparação para os Jogos Olímpicos 2016”, acrescentou Ricardo de Moura.
Kazan será para o Brasil a realidade. Diante da equipe A dos Estados Unidos, de europeus, como os franceses – nas provas de velocidade -, e chineses, a natação do país poderá prever o que aprontará diante dos torcedores nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Para saber mais sobre a delegação brasileira em Kazan, leia logo abaixo o panorama da equipe feminina e da masculina, além do ranking de 2015 de cada prova que será disputada na Rússia.