São dois os grandes pilares para a formação da equipe: aproveitar a base e não desperdiçar oportunidades no mercado.
O Grêmio usou 17 jogadores nos dois jogos da grande decisão. Quatro deles (Marcelo Grohe, Jaílson, Arthur e Rafael Thyere) foram revelados no clube e outros três (Bressan, Ramiro e Everton) chegaram muito cedo frutos de uma ‘parceria’ com o Juventude.
Luan é outro que chegou ainda para as categorias de base, vindo após passagens por clubes pequenos de São Paulo.
Outros cinco atletas chegaram de graça ao Grêmio, sem ter contratos renovados com as equipes anteriores: Edilson, Cortez, Barrios, Jael e Cícero.
Edilson, Cortez e Barrios viraram titulares absolutos, enquanto Jael e Cícero foram mais que decisivos no título. Os dois saíram do banco no primeiro jogo da decisão e foram os grandes responsáveis pelo gol da vitória magra que encaminhou a conquista – com passe do centroavante e bola na rede do meio-campista.
Dos quatro que sobraram, Pedro Geromel e Michel também tiveram custos praticamente zero.
O zagueiro primeiro chegou por empréstimo e depois foi contratado em definitivo junto ao Colônia (ALE), seu ex-clube, que o liberou em troca do ‘perdão’ de uma dívida que tinha com ele. Já o volante também chegou cedido pelo Novorizontino após boa temporada pelo Atlético-GO, com opção de compra no fim de 2017.
Só dois dos 17 da final, portanto, foram contratados desembolsando dinheiro. E ainda sim custaram pouco: cerca de R$ 9 milhões.
Kannemann foi comprado no ano passado por pouco mais de R$ 3 milhões junto ao Atlas, do México.
Já Fernandinho chegou do Al-Jazira-EAU em 2014 por 2 milhões de euros (cerca de R$ 6 milhões na cotação da época). Mesmo assim, ainda foi emprestado duas vezes (Hellas Verona-ITA e Flamengo) antes de conseguir ganhar seu espaço no clube.
Mais três nomes da conquista merecem destaque: os laterais Léo Moura e Marcelo Oliveira foram importantes no elenco mesmo também vindo de graça – aos 39 anos de idade, Léo Moura era até visto por muitos como ‘acabado’ para o futebol de alto rendimento, principalmente depois de um ano com passagem pelo modesto Metropolitano e com rebaixamento pelo Santa Cruz.
Já Pedro Rocha era titular absoluto da equipe e é outro que é fruto da categoria de base tricolor.
“Esse grupo é maravilhoso, sempre elogiei. Perdemos alguns jogadores, tivemos problemas de lesões… O Grêmio não fez grandes contratações. Foi um dos poucos grandes do Brasil que não investiu. E o grupo até se enfraqueceu durante a Libertadores. Mas não tem palavras. Independente de quem saiu, quem entrou deu conta do recado. A motivação desde janeiro foi a mesma. Falei na preleção que eles poderiam entrar no coração dos torcedores como imortais. E eles merecem”, elogiou Renato Gaúcho após o título.