Brasil dá show no começo, apaga no meio, sofre no fim… E vence a Sérvia.
4 min readThiago Arantes, de Granada (Espanha), para o ESPN.com.br.
Foram muitos Brasis em quadra contra a Sérvia, em Granada, pela Copa do Mundo de basquete. Teve, por 20 minutos, o Brasil que encantou com um basquete de alto nível, dos melhores de todo o torneio; teve o time que apagou e viu o rival marcar 20 pontos a mais em um quarto, o terceiro; teve a equipe que se recuperou e brigou até o fim por uma vitória que era fundamental.
O Mundial masculino de basquete, que acontece na Espanha até o dia 14 de setembro, tem transmissão dos canais ESPN e do WatchESPN; o ESPN.com.br também cobre o evento in loco.
Ao final de 40 minutos – 20 de show, 10 de desespero e outros 10 de superação – a seleção brasileira venceu a Sérvia por 81 a 73.
Com o resultado, a equipe de Rubén Magnano deu um passo fundamental para alcançar o segundo lugar na chave. Agora, com três vitórias e uma derrota, precisa apenas bater o fraco Egito, na quinta-feira, e torcer para que a Espanha continue sua sina de vitórias nos dois jogos finais.
O duelo de proporções épicas começou sem muita cara de que seria um dos jogos mais emocionantes do Mundial. No começo, parecia que seria fácil.
Logo nos primeiros minutos, a seleção brasileira parecia disposta a mostrar que a atuação apática na derrota para a Espanha foi uma exceção. Ligado desde o início – pela primeira vez na Copa do Mundo – a equipe de Rubén Magnano impressionava no ataque e na defesa.
Marquinhos, com duas bolas de três, fez os primeiros seis pontos da equipe. “A gente sabia que ia ser difícil, mas tivemos um primeiro tempo em que jogamos muita bola. Mas jogo é isso aí, lá e cá, melhoramos no último quarto e esse foi o diferencial do jogo”, disse o atleta após a partida, em entrevista ao Sportv.
Mas era a atuação coletiva que fazia a seleção dominar a partida. Até mesmo o aproveitamento de lances livres de Nenê, um dos pontos fracos, foi bom: o pivô acertou seus três arremessos da linha, e ainda deu dois tocos em seguidos ataques do rival. O primeiro quarto acabou com vantagem de 23 a 14.
A segunda parcial começou com os sérvios tentando se recuperar, sobretudo em jogadas do armador Milos Teodosic. Mas a defesa brasileira, bem postada, impediu que os europeus encostassem no placar.
O ala Alex era o destaque defensivo, com marcação intensa tanto no perímetro quanto no jogo interior. E jogadores que saíam do banco, como Guilherme Giovanonni e Raulzinho não deixaram o nível cair – os brasileiros chegaram a abrir 18 pontos de vantagem – ao final do quarto, ela era de 16: 48 a 32 para um Brasil até então brilhante.
Mas o brilho se foi no intervalo.
E a vantagem de 16 pontos, também. Com um terceiro quarto que foi seu pior momento em toda a Copa do Mundo, a seleção brasileira viu ruir tudo o que construiu em 20 minutos de ótima atuação.
A segurança de Marcelinho Huertas deu lugar aos erros. O substituto, Raulzinho, também não conseguia mudar o ritmo do jogo. As bolas não caíam. Os lances livres de Nenê, também não. E a defesa não funcionava – os sérvios souberam aproveitar e, na fase final do período, conseguiram assumir a frente no placar.
O quarto do pesadelo terminou com os sérvios marcando 20 pontos a mais que os brasileiros. 32 a 12. O placar mostrava 64 a 60.
O último período começou truncado e com muitos erros. Mas, quando alguém começou a acertar, foi a seleção brasileira: 10 pontos seguidos, sendo oito de Marquinhos, colocaram o Brasil de volta no comando do jogo, com 70 a 67.
Os sérvios ficaram seis minutos sem marcar um único ponto. Enquanto isso, Marquinhos – o melhor do Brasil no ataque – e Tiago Splitter, garantiram a vitória brasileira.