COB faz rateio da Lei Piva para 2015. Parte maior ficará com próprio comitê.
2 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por UOL, de Brasília.
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AFP PHOTO SEBASTIEN FEVAL
Carlos Arthur Nuzman é presidente do COB, que ficará com R$ 89 milhões em 2015
Ficará mais dinheiro da Lei Piva nos cofres do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em 2015 do que será distribuído às 29 confederações de esportes olímpicos de inverno e de verão. É o que divulgou a entidade no final da tarde desta segunda-feira (01/12), em comunicado à imprensa.
A entidade estima que será contemplada com aproximadamente R$ 202,3 milhões do prêmio das Loterias, via lei Piva. Desde 2001, 2% do prêmio das loterias federais é destinado ao Comitê Olímpico Brasileiro (1,7%) e Comitê Paraolímpico Brasileiro (0,3%).
Pouco mais de R$ 30 milhões arrecadados no próximo ano serão destinados ao desporto escolar e universitário, previstos por lei. E as confederações terão de repartir R$ 82,3 milhões. Enquanto isso, o COB reterá R$ 89,6 milhões.
Dentro valor distribuído às modalidades, atletismo, desportos aquáticos, judô, vela e vôlei receberão o teto de R$ 3,9 milhões para todo o ano. “O comitê levou em conta todas as fontes de receita de cada confederação no planejamento anual da modalidade, tais como patrocínios, convênios com o Ministério do Esporte, Plano Brasil Medalhas e projetos através da Lei de Incentivo ao Esporte, entre outros”, justificou a entidade em nota.
O COB administrará diretamente R$ 54,3 milhões, que , segundo o comunicado à imprensa, serão investidos “em atividades operacionais, administrativas, projetos orientados especificamente para treinamento e preparação de atletas e equipes e no Instituto Olímpico Brasileiro”. O comitê informou que aplicará outros R$ 35,3 milhões para atender “a projetos alinhados ao planejamento estratégico de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016.” Totalizando a porção de R$ 89,6 milhões.
É o COB o responsável pela equipe de atletas que representará o Brasil nos Jogos-2016. Em outras palavras, o comitê que determinará o destino destes R$ 35,3 milhões, atuando diretamente na preparação dos atletas para 2016. Uma característica também das confederações.
Com esta medida, a entidade toma uma atitude diferente da que vinha tendo em anos anteriores. Ela abre mão de repassar verba ao fundo de reserva – uma espécie de poupança para emergências ou até mesmo manutenção da entidade e repasse às confederações caso a lei venha a ser extinta, entre outros fins.