13/12/2024

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Magnano ‘estranha’ pedidos de dispensa de Larry Taylor e Hettsheimer da Copa América.

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Do Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br com agência Gazeta Press.

GETTY IMAGES

Basquete Magnano Brasil Sérvia Mundial
Treinador tem dúvidas sobre as desculpas apresentadas pelos atletas

O técnico Rubén Magnano recebeu com surpresa os pedidos de dispensa do armador Larry Taylor e do pivô Rafael Hettsheimer da seleção brasileira que vai à Copa América de basquete. O treinador estranhou as justificativas apresentadas pelos jogadores, campeões dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 em julho.

Os dois têm sido figuras importantes nas convocações de Magnano nos últimos anos. O técnico argentino defendeu a naturalização do armador norte-americano, que não tinha chances na equipe de seu país e disputou pelo Brasil os Jogos Olímpicos de Londres 2012 e o Mundial da Espanha 2014. Já Hettsheimeir se destacou no Pré-Olímpico de Mar del Plata 2011 e só não participou das Olimpíadas da capital inglesa por lesão.

“Fiquei muito surpreso. Muito, muito surpreso”, revelou Magnano ao comentar os pedidos de dispensa. A Copa América do México, disputada entre 31 de agosto e 12 de setembro, é o Pré-Olímpico continental do basquete masculino. O Brasil, no entanto, como país-sede em 2016, vai ao torneio sem precisar brigar pela classificação, já que a Federação Internacional de Basquete (Fiba) confirmou a vaga direta da seleção nos Jogos do Rio.

A dispensa de Larry foi a que mais gerou estranheza. O armador, nascido em Chicago e naturalizado brasileiro com apoio do técnico, alegou uma lesão na mão direita, sofrida durante o Pan de Toronto, para justificar sua ausência.

Segundo Magnano, Larry foi avaliado por um médico especialista em mãos, que lhe recomendou apenas alguns dias de descanso e repouso. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) diz também ter colocado sua estrutura à disposição do atleta, que mesmo assim optou por se tratar no Mogi das Cruzes/Helbor, sua nova equipe desde junho.

“O médico falou de quatro a cinco dias de repouso e recuperação, o que tranquilamente poderíamos ter dado. Mas ele preferiu ir embora para se recuperar em Mogi. Tenho minhas dúvidas. Realmente tenho muitas dúvidas dessa situação”, afirmou o técnico argentino.

Em nota, a diretoria do Mogi informou que pediu para Larry ficar no clube porque queria acompanhar de perto a recuperação do atleta, um dos principais de seu elenco. “O clube tentou resolver da maneira mais transparente possível para que ele se tratasse diariamente na clínica própria, com o médico e o fisioterapeuta da equipe, para que a situação fosse acompanhada de perto.”

Já Hettsheimeir pediu dispensas alegando razões pessoais. De acordo com o técnico Rubén Magnano, ele afirmou que não poderia integrar o grupo da Copa América porque faria um teste para atuar na NBA, porém não respondeu aos questionamentos do treinador sobre a data e local da prova. O experiente Guilherme Giovannoni foi convocado em seu lugar.

“Com o Rafael, ainda estou esperando uma resposta, uma ligação, sobre a situação. Ele disse que faria um teste na NBA, mas ainda não deu respostas porque perguntei ‘quando é essa prova? Onde é essa prova?’ para tentar coordenar a possibilidade de ele voltar e jogar a Copa América. Ainda não respondeu, então tivemos que chamar outro jogador.”

O pivô defende o Paschoalotto/Bauru, equipe que em setembro disputa o título da Copa Intercontinental contra o Real Madrid, em São Paulo, e participará da pré-temporada da NBA, enfrentando o New York Knicks e o Washington Wizards, do brasileiro Nenê, nos Estados Unidos em outubro.

Por meio da assessoria de imprensa do Bauru, Rafael se disse concentrado nos objetivos do time. “Já conversei com o técnico Rubén Magnano e expliquei minha situação. A dispensa foi por motivos pessoais e já acertei isso com ele. Atualmente estou trabalhando e focado com a minha equipe. Temos importantes competições pela frente, como a reta final do Campeonato Paulista, o Mundial contra o Real Madrid e os amistosos nos Estados Unidos”, declarou.

A Copa América é a última grande competição da seleção brasileira em sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, em que buscará quebrar um jejum de medalhas de 52 anos. O país foi bronze em Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964.

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